Se há uma unanimidade no Brasil é que somos todos ambientalistas. Seja você vascaíno, corintiano, palmeirense ou santista, católico ou evangélico, de esquerda ou direita, vai se declarar preocupado e provavelmente engajado na defesa do Meio ambiente. E eu sei bem disso porque meu doutorado foi exatamente sobre este tema.
Mas a verdade é que na maioria das vezes isso é puro discurso. Como já argumentei no artigo “Peixes Mortos”, na sociedade atual importa mais a aparência do que a essência, a realidade. Logo dizer-se “ambientalista” e parecer-se assim, é mais importante do que ser assim.
Claro que isso não é a única explicação sobre tamanha unanimidade. Tem também o fato de que alguns conceitos sobre a questão ambiental ainda são abertos, não estão claros. O desenvolvimento sustentável, por exemplo, é um deles. Não existe um consenso sobre o que seja a sustentabilidade. E a falta de consenso permite que, sob o mesmo conceito aberto, se alinhem ideias, comportamentos e objetivos totalmente incompatíveis entre si e com a preservação do Meio Ambiente.
Quero explorar este tema de forma mais intensa em um artigo, mas por enquanto passo a dica de uma observação do jornalista Leonardo Sakamoto que ironiza alguns destes comportamentos de pura maquiagem.
Vale a pena dar uma olhada:
Abraço.
Luis Fernando.
PS: no trecho acima, onde eu digo que alguém pode ser “de esquerda ou direita”, ignore. Acho que já faz tempo que ninguém sabe quem é de esquerda e direita neste país. E depois que o Lula apertou a mão do Maluf para eleger o Haddad, a “coisa” danou de vez…
Posted on 29 de junho de 2012 por blogdoamstalden
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