Muitas vezes desanimamos por ver tanta coisa errada no nosso país. Mas isso não pode nos fazer desistir. Se desistimos então nada muda, nada acontece. Já falei sobre isso no artigo “Profecia e Corrupção”. No mesmo artigo argumentei que a internet é um poderoso instrumento de participação democrática. Instrumento que me permitiu, inclusive, questionar o voto de um deputado federal da região a respeito do Código Florestal (veja “O Deputado e a Floresta”). Foi esta mesma net que pressionou e deu sustentação ao veto de diversos artigos do Código que acaba de ser feito pela Presidente Dilma. Ao contrário do movimento do “Fora Collor”, fizemos mais manifestações pelas redes sociais, pelo correio eletrônico e outras mídias do que nas ruas. Uma coisa não substitui a outra, mas pode melhorar a ação. Vamos agir mais, vamos participar mais e vamos vencer mais.
Abraços a todos.
BETO
28 de maio de 2012
Poderíamos agir mais tb localmente, pois aqui em Piracicaba hj parece q corrupção só existe em Brasília, Campinas e LImeira. Aqui estamos vivendo no paraíso na questão da moral e ética na política. A figura do prefeito hj se tornou pra muitos ilibada e com uma câmara de vereadores 100 % aliada, não há investigações, poucos questionamentos e ainda uma certa cumplicidade da imprensa piracicabana p/ ñ constranger o prefeito.
blogdoamstalden
4 de junho de 2012
Beto, de fato vc. tem razão. Não dá para achar que as coisas acontecem somente no Distrito Federal. É preciso estar atento aqui também. Obrigado pelo comentário. Participe sempre e esteja a vontade para enviar um artigo. Abraços.
Luiz Fernando Borges
7 de junho de 2012
Caro professor,
Foi com grande satisfação que descobri este seu blog!
Bem, tenho que concordar com o professor que a internet seja uma arma poderosa para a concretização de uma democracia substancial, na medida em que as pessoas conseguem rapidamente se manifestarem para uma grande quantidade de pessoas.
Mas a internet é apenas um instrumento, um mecanismo.
É só tomar como exemplo como os egípcios, que derrubaram acabaram de derrubar um presidente que não representava efetivamente a maior parte do povo.
Eles utilizaram a internet como meio de se comunicarem, mas foram às ruas e lá ficaram por semanas, enfrentando o gás lacrimogênio e porrete dos policiais.
Só foi através dessa mobilização, repito, nas ruas, que conseguiram seus objetivos.
Poderia citar outros exemplos, como aqui em Fpolis, que em 2005 também se comunicaram pela internet, mas tiveram que sair às ruas com mais de 10 mil e fechar uma das pontes de acesso à ilha, para que a tarifa do ônibus não aumentasse.
A internet ajuda, mas não substitui a boa e velha manifestação que fecha ruas e avenidas.
Isso, para mim, que é uma efetiva participação democrática.
Grande abraço!
blogdoamstalden
9 de junho de 2012
Olá Xará.
Bom receber sua colaboração. Penso que sim, que a net é mais um instrumento. Ela não pode substituir outras ações reais, tais como manifestações e eu diria até mais, coisas como boicotes a empresas e governos. Penso que a net só facilita, permite a organização inicial e também a divulgação rápida das informações. Daí meu elogio a esse recurso. Quando minha geração participou do movimento da Diretas Já, tínhamos dificuldade de saber de todas as manifestações que ocorriam. A Globo não informou nada até o movimento ter crescido demais. Daí então aderiu e de uma certa forma deu apoio não as Diretas, mas a eleição indireta de Tancredo que nunca foi alguém que realmente prometia um rompimento maior com os militares. Hoje, com a web, temos uma dependência menor das grandes mídias (que geralmente tem interesses próprios) e podemos divulgar nós mesmos imagens do que acontece. Pense, Xará, em milhares de pessoas que portam telefones celulares com câmera fotográfica. Elas podem registrar milhares de imagens de eventos, manifestações e irregularidades e distribuir on line rapidamente. Claro que isso também pode ser manipulado, mas vejo aí uma verdadeira revoluç~~ao nas comunicações. Em 1984 eu teria delirado se tivesse estes recursos.
Abraço meu amigo, e continue comentando.