Quando há seis ou sete anos resolvemos formar um grupo para fazer alguma coisa, nem imaginávamos chegar aonde chegamos. Começamos por discutir os problemas sociais que nos angustiavam, mas não sabíamos que coisa fazer para apontar e nos envolver nas soluções.
Nossa principal fonte de inspiração e fio condutor foi a Palavra de Deus. Metade do tempo das reuniões era – ainda é – dedicado à leitura e reflexão de trechos da Bíblia. Tirávamos dela – e ainda tiramos – lições para nossas vidas. E assim fomos percebendo que a primeira coisa a ser modificada era nosso modo de ver as coisas, e a partir disso, nosso modo de pensar, sentir e nos comportar. As discussões eram intensas, profundas, por vezes amargas e doloridas, mas nunca infrutíferas. “A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a Palavra e a compreende. Esse com certeza produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta por um”. (Mt 13, 23).
Por isso, ao mesmo tempo em que a Palavra de Deus questionava nossas vidas – e continua questionando – sentíamos necessidade de agir, pois nos transformamos transformando. Na outra metade da reunião era disso que tratávamos. Passamos a estudar a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município e outras leis. Ficava cada vez mais claro que a causa maior das mazelas que afligem a sociedade está no mundo da política. São políticos os que administram os bens públicos. Se forem bem intencionados temos uma sociedade mais próxima do equilíbrio, da equidade e da paz. Caso contrário, a miséria, a exploração, a exclusão e a desigualdade, que geram a violência e o medo tomam conta de tudo.
Batizamo-nos como Grupo Cidadania. Optamos, então, por conhecer o poder maior de uma democracia que é o Legislativo. Revezávamos nas seções camarárias. Ficamos assustados com o que vimos. A Câmara de Vereadores parecia uma igreja dominada em sua maioria por uma espécie de seita cultuadora do prefeito e admiradora de suas obras. Sem ressalvas, tudo era aprovado; até o Orçamento. Fomos percebendo que aquilo era um teatro. A sagrada Casa de Leis estava comprometida.
Estávamos pelo ano de 2007. Decidimos que um dos nossos teria que entrar naquele meio. Sondamos vários partidos e escolhemos o Partido Verde porque na ocasião respondia aos nossos anseios. Paulo Camolesi foi o escolhido. Seu passado limpo e seu compromisso com as causas sociais pesaram na balança. Nosso sonho era fazer um MANDATO COLETIVO, isto é um mandato do grupo, assessorando-ocontinuamente na elaboração de projetos, nas votações e na fiscalização ao Executivo. Pretendíamos também criar grupos semelhantes em outras regiões com o mesmo objetivo até que a Câmara seja recuperada por cidadãos interessados no bem comum.
Nas eleições de 2008 saímos com a cara e a coragem. Conseguimos 1.750 votos. Ficamos muito animados. Nos anos seguintes o grupo se envolveu num trabalho de conscientização cidadã junto aos alunos do segundo grau da Escola Eduir Benedicto Scarpari, no bairro Alvorada. Os resultados foram positivamente surpreendentes.
Em 2012 voltamos ao projeto original: eleger nosso candidato. E não é que conseguimos! Contando somente com ajuda dos amigos, sem negociatas e sem se aliar a padrinhos poderosos que se ofereceram, conseguimos 2.414 votos; o nosso foi o 14º candidato mais votado. Foi uma campanha limpa, feita por muitos pés, mãos, sonhos, corações e ajuda de Deus, cujo rastro víamos pelo caminho.
O Grupo Cidadania agradece a todos os que assumiram a proposta. Porém, o mais difícil está por vir e vamos precisar de todos para levar adiante nosso projeto e para que sejamos na Câmara a voz do povo, da Justiça e do Direito.
Antônio Carlos Danelon é Assistente Social
totodanelon@ig.com.br
Ninfa Sampronha Barreiros
24 de outubro de 2012
Para o Totó, digo como diz a rapaziada “Tamo Junto”, vamos levar adiante nosso projeto para que sejamos na Câmara e onde for preciso a voz do povo, da Justiça e do Direito. Bora pessoal, junte-se a nós. Eu tô nessa!
Antonio Sebastião Hilario
29 de outubro de 2012
É isso aí Totó nossa luta continua.
Aparicio F C Neto
30 de outubro de 2012
Parabéns a todos os integrantes do Grupo Cidadania, em especial ao Sr. Paulo Camolesi (ao qual também ajudei a eleger, fazendo muita campanha “boca a boca”) pela sua eleição. É uma esperança que renasce na nossa política, de termos homens sérios cuidando da “coisa pública”. Tenho certeza, que aos poucos, o eleitor está tomando consciência da importância de uma eleição e principalmente, o quanto ele, eleitor, é “penalizado” quando vota em candidatos que só estão interessados em tirar proveito próprio da “coisa pública”. Nestas eleições, inúmeros exemplos de políticos que fizeram “ma´” administração, foram preteridos pelo eleitor. Da mesma forma, aqueles que agiram em prol do munícipes, foram recompensados. Mas como seria então, a fórmula correta de termos em cargos públicos eletivos, apenas pessoas realmente interessadas no bem da população ? Talvez essa seja a pergunta que “atormenta” a grande maioria dos eleitores que tem o mesmo anseio. Certamente, não sou a pessoa mais indicada para resolver esse problema. Porém por acompanhar a política desde muito cedo, tenho formulado ao longo desses anos, algumas hipóteses. E uma das que mais tem-se revelado acertada, é aquele que diz que a melhor forma de mantermos em cargos públicos, pessoas honestas, direitas e interessada no bem comum, seja a da Fiscalização. Sim, a fiscalização dos atos administrativos e legislativos, de forma que a população possa acompanhar (sem partidarismos), o que realmente está sendo feito. Como foi relatado no texto acima, uma sessão na Câmara de Vereadores é algo totalmente “intangível”, até mesmo para aqueles que estão mais acostumados. Imaginem para o povo em geral, principalmente os mais humildes (os maiores interessados numa boa legislatura). Somente com uma população (eleitores) devidamente esclarecida sobre o que está sendo feito ou não, é que poderemos lançar “candidaturas honestas”, com a certeza de que haverá chance de vitória. É separando o “joio do trigo”, ou seja, mostrando a população que realmente está trabalhando em prol dela, é que conseguiremos realizar o objetivo desse formidável grupo, que é …” a Câmara seja recuperada por cidadãos interessados no bem comum.”… Mas um vez parabéns ao grupo e contem comigo para os próximos desafios.
Daisy Costa
30 de outubro de 2012
Fiz uma pequena campanha, com muito prazer, para o Paulo Camolesi. Parabéns pelo artigo, Totó! Cidadãos assim que precisamos e queremos ser!
Antonio Carlos
30 de outubro de 2012
Obrigado a todos os que acreditaram e acreditam na nossa proposta. Não vamos nos dispersar como dizia Tancredo.Vamos precisar de todos os que desejam um mundo melhor como vocês.