Uma das melhores coisas de conviver com crianças é presenciar as “joias da infância”. Você sabe do que estou falando. São aquelas atitudes, aquelas frases, aqueles pensamentos e raciocínios que as crianças pequenas começam a proferir e manifestar. Algumas são engraçadas, dotadas de uma lógica própria ou de uma apropriação das frases e pensamentos dos adultos. Outras são curiosas, principalmente porque demonstram o amadurecimento, o crescimento infantil que as vezes nos parece tão rápido. Outras ainda são surpreendentes. São aquelas que, apesar de vindas de bocas tão novas, transmitem uma sabedoria que nos falta.
Talvez ter sabedoria signifique, em parte, ser um pouco criança. Signifique não esquecer o assombro e a simplicidade infantis diante do mundo. Já não foi dito que é preciso ter um coração de criança para entrar no Reino dos Céus?
O problema é que a gente esquece. São tantas coisas no dia a dia que as “joias”, tão fugazes, que ouvimos e vemos, acabam se perdendo no emaranhado de nossas preocupações. Eu mesmo já ouvi e esqueci várias. Pena…
Outro dia li numa rede social os relatos de duas amigas minhas, que não se conhecem, mas que postaram no mesmo dia, exemplos de “joias” ditas pelas suas filhas pequenas. Gostei e resolvi convidá-las para escrever mais destas joias no Blog.
A primeira colaboração já veio. São os relatos de minha amiga Ana Camilla Negri sobre as falas de sua filha, Ana Clara. De quebra, veio com uma tirinha.
Espero que gostem do frescor destas “joias” e que outras mães e pais enviem também as suas. Afinal, escrevemos para não esquecer…
Abraços.
Histórias de Ana Clara
Diálogo no carro:
Ana Clara: _ “Mãe, pq tenho que ir à escola hoje… Queria ver o desenho até o final…”
Eu: _”Pq precisa estudar, aprender muitas coisas… Quando você for adulta terá que trabalhar em algum lugar legal!”
Ana Clara: _”Ah mãe, quando eu crescer vou trabalhar na RiHappy! Lá é muito legal… E já sei muitas coisas sobre brinquedos!”
Eu: o.0 ………..
Numa manhã de sol, Ana Clara chega gritando:
_ “Mãããããe, mãããããe!!!!
_ Que foi, filha?
_ Saiu o braço da minha boneca!!!!!
_ Nossa, Clara! Como você conseguiu fazer isso?
E a resposta na ponta da língua:
_ Ai mãe! É a boneca, que deve ser da China…
Um dia desses, em casa:
_ Mãe, posso abrir esse pacote de batatinha?
_ Claro que não, filha. Você acabou de almoçar!!!! Não é fome, é gula por besteira!
_ Ai mãe… Você não sabe quando eu tô com fome! Eu que sei! Você não manda no meu cérebro…
Outro dia, em casa:
_ Clara, mamãe comprou o dvd de um filme que eu assistia quando era bem criança… “Annie”, um musical sobre uma menininha órfã!!!! Uma graça!
… um tempo depois…Mãe e filha assistindo ao filme:
_ Está gostando, Clara?
E Clara:
_ Ah, mãe… A menininha não faz nada! Só canta, canta, canta! Chata, né?
…
E Clara foi brincar…
Ana Camilla Negri é Professora Universitária, e mãe da Ana Clara…
Evandro Hion Novello
12 de novembro de 2012
Gênio !
Acho que uma das coisas que mais valeu a pena na minha graduação em Pedagogia eram estes instantes descontraídos.
Obrigado por resgatar as memorias … e compartilhar outras !
Hannah Verheul
13 de novembro de 2012
adoraveis e surpreendentes todas essas joias da infancia!!!
blogdoamstalden
13 de novembro de 2012
Hannah, vc. teve uma idéia melhor para o título. Joias da infância. Vou mudar. E aguardo as histórias de Juju. Bjs.
Ana Camilla Negri
13 de novembro de 2012
hahaha! Não venlo escrever as histórias de Ana Clara… Todos os dias temos coisas novas! Fico imaginando ela mocinha, lendo suas próprias histórias de criança! Obrigada!
blogdoamstalden
13 de novembro de 2012
Vai ser tão legal ela ler quando crescer. Vc não acha?
Eli
13 de novembro de 2012
amei os comentários da Ana Clara, amo esta pestinha…um dia numa festa ela virou médica e consoltou todo mundo, todos tomaram injeção e sairam com curativo de post it…
blogdoamstalden
13 de novembro de 2012
Esta de curativos de post it foi demais. Figurinha rara, hein?
Ana Camilla Negri
13 de novembro de 2012
Eu lembro desse dia, Eli… Hahaha! A tirinha é do amigo ilustrador RENATO FABREGAT!
blogdoamstalden
13 de novembro de 2012
Ops, obrigado. Vou colocar o nome. Desculpe-me e peça desculpas ao Renato, por favor. Abraço.
Ivana Maria
13 de novembro de 2012
Conheço muito bem a personagem! Sou a avó da Clarinha! Tem muitas mais! Dá para escrever um livro!
blogdoamstalden
13 de novembro de 2012
Então manda mais, Ivana. Abraço.