Justiça foi feita! (todo piracicabano que se preze tem que ler). Por Eduardo Stella

Para que o povo entenda o caso e a gravidade dele, o vereador em questão é uma exceção dentro da casa de Leis pois segue o que o Mandato Coletivo decide. Portanto, mais democrático que isso é impossível. O mandato coletivo consiste em um grupo de cidadãos comuns – qualquer um pode participar – que deliberam quais atitudes o vereador deve tomar e esse apenas é o porta-voz desses cidadãos na Câmara.

O vereador Paulo é perseguido por conta dessa nova forma de fazer política e principalmente por ele ter sido o único que aceitou o projeto do Reaja Piracicaba de devolver a diferença salarial, colocando os demais pares em um desconforto político enorme. Não quero entrar no mérito se o vereador em destaque é melhor ou pior que os demais, mas ele é diferente na forma de fazer política.

A perseguição chegou a tal ponto ao vereador que num dia, sem mais nem menos, a presidência da casa alegando que o assessor (que não depende da política pra viver) havia escrito um artigo criticando a câmara e que a Casa perdeu a confiança e portanto iria exonerá-lo arbitrariamente.

Oras, expulsar alguém só por conta do contraditório? Isso não tem outro nome senão ditadura pura e simples. O vereador e assessor entraram com recurso na justiça contestando o ato e depois de vários meses a justiça deu o veredicto favorável a reintegração do Storel.

Nós, integrantes do Reaja Piracicaba sabemos muito bem como agem quando recebem críticas mais severas. Não suportam o contraditório e muito menos os valores democráticos. Tem em suas mentes que a democracia significa que eles são “otoridades” e os outros tem obrigação de reverenciá-los e pra fazer alguma crítica tem que pedir licença.

Na última terça-feira fomos agraciados com a notícia que a magistratura da fazenda deu provimento ao recurso e ordenou que o assessor seja reintegrado as suas funções e que o mesmo receba os proventos dos meses que ficou afastado. Nada mais justo, porém a única coisa que ainda discordo da sentença (mas respeito) é que o povo não deveria pagar os juros e multa fixados, pois é um erro de alguns. Na sentença proferida pela juíza ela ainda colocou que a demissão de caráter punitivo por conta de críticas é ferir DE MORTE os valores republicanos e democráticos.

Por isso, povo da minha cidade, eu convoco vocês para começar a participar mais ativamente da política e fiscalizar o trabalho dos vereadores, venham saber quem faz algo pelo bem COLETIVO da cidade e quem não faz, veja quem questiona, luta para melhorar a vivência pública e quem nada faz além do arroz com feijão da manutenção do status quo. Afinal, R$ 35 milhões de reais ao ano vai só pra essa casa (ainda que hajam raras e honrosas exceções – que anda fazendo o que além de belos cerimoniais?) … 500 mil só pra dar comida pra eles.

Termino esse texto deixando meus parabéns ao STOREL!