Pela internet, em sites, redes sociais e blogues, e também nas ruas e nas salas de aula, acompanho o crescimento de dois tipos de comentários. O primeiro tipo é o da revolta (mais do que justa) contra a corrupção que assistimos em todas as esferas da sociedade, do Estado e de outras instituições (inclusas aí as empresas, igrejas, ONGs e demais organizações humanas). O segundo tipo, equivocado em minha opinião, é o comentário de que, para acabar com a corrupção, precisamos de uma ditadura. Há mesmo os que dizem, abertamente, que o melhor período do Brasil foi o da ditadura militar de 64 à 84. Posso entender este tipo de raciocínio e de sentimento, mas de forma alguma posso concordar com ele. Entendo porque, na exasperação, no cansaço e na desilusão que sentimos ao ver tanta desonestidade, tanto desvio de conduta, tanto dinheiro público sendo roubado e tantos contratos e concursos sendo fraudados, temos a necessidade de “firmeza”, de punição para os responsáveis, de algum poder que realmente coloque as coisas em ordem. Como a democracia garante o amplo direito à defesa e como nossas leis têm “brechas” que permitem que os corruptos saiam impunes, perdemos a confiança nas leis e no sistema democrático, e acabamos ansiando por um governo duro, que controle severamente o país. Daí os comentários por uma ditadura ou pela volta da ditadura militar.
No entanto, este desejo de autoridade, que acaba se tornando desejo de autoritarismo, é um engano cruel. Ocorre que toda ditadura é, por si só, corrupta. Da mesma maneira que a corrupção nos “retira” dinheiro e direitos, desviando nossos impostos e nos negando serviços e justiça, a ditadura também retira as mesmas coisas, negando, inclusive, direitos básicos como o da liberdade de expressão e o direito à própria vida. Poder falar, se expressar, pensar e questionar é um direito fundamental do ser humano e é o primeiro a ser “suspenso” por uma ditadura, roubando-nos então de algo fundamental. E não fica somente neste aspecto a corrupção das ditaduras. Ela desvia e se utiliza dos bens públicos da mesma forma que os corruptos o fazem. Não afirmo isto por ideologia, mas por conhecimento histórico.
Analise qualquer ditadura da História. Veja o nazismo, o stalinismo, Estado Novo de Getúlio Vargas e mesmo o regime militar de 1964. Em todos, sem exceção, veremos o favorecimento ilícito, o roubo, o confisco e o direcionamento do esforço coletivo para o bem de poucos. A grande diferença é que nas ditaduras estas informações não são divulgadas, mas censuradas, escondidas e aquele que as divulga corre o risco de prisão e de morte. No fundo, temos a impressão de que a corrupção aumenta na democracia porque podemos acessar as informações sobre ela e podemos acompanhar os seus efeitos. Nas ditaduras ela existe também, mais forte ainda, mas nós simplesmente não sabemos, não ouvimos críticas ou as conhecemos pela mídia.
Por outro lado, toda ditadura busca exatamente criar uma imagem de “pureza”, de correção, de ordem. Alguém, certa vez, afirmou que “a maior proeza do demônio é nos fazer acreditar que ele não existe”. Com a ditadura ocorre algo similar, sua maior proeza é nos fazer crer que ela é pura, ordeira, correta, quando é exatamente o contrário. Foi assim, por exemplo, que Hitler e os nazistas conquistaram a Alemanha. Seu discurso afirmava que o sistema democrático era corrupto e que o nazismo significava a correção e a pureza, até a “racial”. E não foi isto. O nazismo não só matou milhões de pessoas e destruiu parte do mundo, como também roubou do mundo todo, inclusive dos alemães. Claro que a democracia não é perfeita, até porque ela é um processo, e não um fato acabado. Um processo de acerto e erro, de busca pelo aprimoramento. A democracia nos permite a mudança de leis e regras, coisa que a ditadura não permite. Permite também a crítica e o conhecimento. Você não precisa e não deve tolerar a corrupção e o desvio. Deve combatê-los de todas as formas éticas possíveis. Mas para realizar este combate, precisa de direitos, meios e informações. Precisa de tudo que uma ditadura não lhe dá.
PS: se você realmente acredita que em ditaduras não existe corrupção, dê uma olhada nestes links que me foram sugeridos por Richard Faulhaber, e a quem agradeço sinceramente.
http://jornalggn.com.br/blog/luisnassif/corrupcao-e-a-ditadura-militar
http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=1267
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=2766
Blog do Amstalden 
Evandro Mangueira
12 de março de 2014
Amstalden, a ditadura não tem nada de bonito, pelo contrário! A democracia é boa, mas precisa ser melhorada urgentemente, a garantia de ampla defesa é necessária, mas a fragilidade do sistema judiciário é evidente. Estamos em um nó social, que não sei nem opinar quais as soluções!
blogdoamstalden
12 de março de 2014
A solução, Evandro, é lenta. É o aprendizado coletivo da responsabilidade, inclusive em relação às leis. É por isto que a democracia é difícil, porque envolve uma mudança cultural. Nosso país tem a herança da casa grande, da delegação da responsabilidade ao outro, ao de condição mais elevada que é também o opressor. É por isto que as manifestações foram boas, porque ajudaram a agitar a cultura de submissão. As leis, por sua vez, serão mudadas conforme mudarmos a cultura.
Gleison
12 de março de 2014
Fico triste e indignado ao ver pessoas utilizando a liberdade de opinião e expressão, conquista da abertura democrática, para pedir a volta de um regime onde não se podia expressar a opinião.
E o pior ainda é a maneira como se debate o tema, de maneira superficial, sem qualquer embasamento ou mínimo de informação, justamente numa época em que se tem acesso a tanta informação disponível.
blogdoamstalden
12 de março de 2014
É a contradição, né Gleison? Usa de um direito para pedir o fim do mesmo…
Marlene
12 de março de 2014
Perfeito!
blogdoamstalden
12 de março de 2014
Obrigado Marlene.
andregorga
12 de março de 2014
Luis, uma colaboração. Também achei ótimo o texto do Marcelo Rubens paiva no site do Estadão. Um resumo perfeito.
Segue o link: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,no-tempo-da-ditadura,1138522,0.htm
blogdoamstalden
12 de março de 2014
Valeu André.
Antônio Cláudio Fischer
12 de março de 2014
Professor, muito bem, temos que fazer essa reflexão chegar ao maior número possível de leitores. Não sei se o senhor concorda comigo ou se estou pensando besteira, mas, se tivéssemos no curriculum escolar novamente Educação Moral e Cívica, Organização Social e Política do Brasil e parece-me que havia uma outra que nos dava noção do que é ser brasileiro, talvez colaborasse com essa turma propenso a ditadura militar a entender o que é democracia. Também penso que falta o cidadão brasileiro, ser cidadão. Respeitar as vagas do deficiente, do idoso, filas em banco, guardar o carrinho do supermercado e não deixa-lo atras do carro dos outros, não passar sinal vermelho, não estacionar em lugar proibido nem por um segundo, exigir nota fiscal de tudo que compra, etc. Preocupar-se em votar em quem realmente faz as leis – senadores, deputados e vereadores, enfim não adianta punir os corruptos e deixar os corruptores aptos a corromper os substitutos dos corruptos substituídos.
blogdoamstalden
12 de março de 2014
Concordo plenamente Fischer, com a segunda parte. Nós somos corruptos no dia a dia. Dei até uma entrevista na EPTV sobre isto mês passado. Agora educação moral e cívica foi imposição dos militares. Antes o que levava a reflexão eram as disciplinas de sociologia e filosofia. Agora elas voltaram, mas o problema é como são dadas em uma escola pública cheia de problemas.
Wilson Macchi
12 de março de 2014
Concordo em parte. Na minha visão, uma parcela a sociedade clama por governo militar, que muitas vezes se confunde com ditadura. A história de 64 precisa ser melhor interpretada. Vivíamos uma época de guerra fria e a movimentos guerrilheiros era uma realidade. O governo militar teve suas falhas mas cumpriu seu dever de evitar uma convulsão social maior. É lógico que para acadêmicos essa situação era desfavorável, pois contrariou vários pensadores de ideologia sedutora e colocou em cheque o utópico império de salas de aula. Hoje o que vemos não é apenas uma sociedade corrupta, mas também alienada e acéfala como no livro Admirável Mundo Novo, o que ao meu ver foi fruto de uma suposta liberdade libertina, que em salas de aula tem definição de democracia.
blogdoamstalden
12 de março de 2014
Wilson, eu não compartilho de suas opiniões. Não se pode separar governo militar de ditadura. Porque foi uma ditadura. A suspensão dos direitos constitucionais não configurou uma ditadura? Também não acredito que em 1964 estávamos a beira de um caos, assim como não acredito que estamos agora. De tudo que estudei sobre o período, e estudei bastante, interpreto como um momento de demandas reprimidas, como agora. João Goulart nunca foi comunista. Era populista e tentava, numa jogada geopolítica, se desvencilhar da dependência dos EUA se aproximando da URSS, China e Cuba. Isto estava dentro da política dos “não alinhados”. Um dado: não havia guerrilha antes do golpe. Só houve depois, em resistência a ele. E a primeira foi de militares caçados. A da Serra do Caparaó. Quanto a Admirável Mundo Novo, é o contrário, Wilson. O livro é considerado uma crítica à sociedade de classes, de consumismo, de desigualdade. Já sobre “império utópico nas salas de aula”, bem, haviam, assim como há hoje, os ingênuos e muito militantes. Mas vc. já leu a obra de Celso Furtado, por exemplo, que foi banido? Ou a de Sérgio Buarque de Holanda? Caio Prado Jr? Não tem nada de utópico ou comunista lá. Tem de lucidez. A verdade é que o golpe já era um plano dos militares, incentivado pelos americanos, desde 1945, no pós guerra. A ideia era evitar a perda da influência geopolítica americana na América Latina. Eles tentaram a primeira vez levando Getúlio ao suicídio. E conseguiram em 64. Os militares, pelo menos os de baixa patente, foram usados pelos EUA e sua divisão do mundo. Agradeço por participar e enriquecer o debate.
Edu Pedrasse
12 de março de 2014
Vejam essas barbaridades que estão acontencendo
http://jornalggn.com.br/noticia/a-convocacao-para-a-segunda-edicao-da-marcha-da-familia
http://www.jornalggn.com.br/noticia/em-artigo-general-pede-apoio-civil-a-uma-intervencao-militar
Eduardo Stella
12 de março de 2014
A liberdade de expressão é tão boa que permite até que peçam pelo fim dela!
Eduardo Stella
12 de março de 2014
Trazendo mais pimenta para o debate: https://www.youtube.com/watch?v=wzGbm5zN_sM
Klaudiney
12 de março de 2014
Vamos la, ha uma diferença grande entre ditadura e regime militar, toda forma de ditadura não é boa nem beneficia de fato a sociedade, mas uma democracia também não pode ser confundido com VALE TUDO, há uma distorção do sentido de democracia com o pensamento e o comportamento social onde não há regras entre uma minoria e uma maioria, a democracia me permite concordar e discordar e logo depois mudar de ideia, pois o homem pensa reflete volta corrige-se ou fecha os olhos e se fecha dentro de seu orgulho em não ceder. A democracia onde o voto de cabresto é uma moeda de troca, e que muda de nome a cada geração, dentadura, muletas bolsa disso bolsa daquilo, ou ainda o uso da mídia que contribui usando suas concessões, para beneficiar este ou aquele candidato. Penso que nenhum regime é absoluto e eficiente mas convenhamos que ambos deve ter limites e equilíbrio, Toda sociedade deve ter ordem e progresso, notamos que na bandeira do Brasil a palavra ordem vem em primeiro lugar,, A sociedade atual no Brasil esta criando uma geração que assumira o país em breve e os sinais não são bons, como professor de geografia na rede publica afirmo com segurança que o quadro é grave e preocupante, em tempos modernos a geração que se aproxima tem a qualidade inferior no conhecimento da historia humana e social menor que na década de 70, Uma multidão de jovens formados, diplomados que não sabem ler nem escrever, apenas consumir o que lhe aparece na frente, Infelizmente o tecido social esta rasgado e sem valores reais, a ausência e omissão do braço do estado o qual é pago para assim agir não exerce seu papel, deixando a sociedade órfão e criando assim um estado de barbaria como o que temos visto.
Mais uma vez digo que a democracia me permite concordar ou discordar, embora deva respeitar e também ser respeitado, mas afirmo com todas as letras e cores, é preciso que se faça alguma coisa , o qual não compete a mim dizer qual, mas sim acata-la, uma sociedade somente se arguira quando ela tiver um objetivo, uma meta, equilíbrio limites e doutrina, pois se cada um continuar a puxar cada um de uma lado ambos sucumbirão.
O Japão pequeno, sem espaço nem terras férteis, praticamente nenhum recurso natural devastado por duas guerras, neve , vulcões, tsunamis, vizinhos conflitantes, renasceu das cinzas em menos de 80 anos é um país melhor,
O que falta ao Brasil? E se falta onde encontramos?
Talvez esteja dentro de nós mesmo, talvez perdemos tempo demais falando e conjecturando, ou por fim talvez deturpamos os sentidos de se viver em sociedade e priorizamos as emoções e não as razões.
blogdoamstalden
13 de março de 2014
Klaudiney. Antes de mais nada, obrigado por comentar. Isto enriquece o Blog cuja proposta é debater. Mas, meu amigo, qual é a diferença entre regime militar e ditadura, na sua opinião? E nós não tivemos uma ditadura no regime militar aqui? A constituição não foi suspensa pelo AI-5? Por outro lado, democracia não significa ausência de regras. Ao contrário, significa o respeito a uma constituição que permite a participação popular. Se hoje temos leis equivocadas, e temos, penso que o processo para mudá-las é o da democracia consciente, que vem do debate. Um dos nossos problemas, meu amigo, é que não desenvolvemos uma cultura democrática e cidadã. Nossa herança autoritária é antiga, vem desde as senzalas, daí o fenômeno do voto de cabresto que vc. citou. Já a situação da nova geração, tanto em cultura quanto em respeito, é sim, lamentável. Mas isto é um fenômeno amplo que, a meu ver, não será corrigido por autoritarismo. A nós, Klaudiney, professores, cabe exatamente educar e fazer estes jovens pensarem e entenderem suas próprias responsabilidades. Isto é democracia. Mais uma vez, obrigado por comentar. Abraço.
Daisy Costa
12 de março de 2014
Eu também, fico pasma, ao ver pessoas que considero ‘lúcidas’ com um pézinho nessa época de um Brasil sombrio, às vêzes até se desculpam: “não que eu seja a favor da ditadura, mas…” ; aí vêm com informações obscuras, sem comprovação, apresentando como ‘vantajosas’ em relação à atualidade…
Com tais contradições ainda não me acostumei, mas adorei a síntese que o E.Stella citou:
‘A liberdade de expressão é tão boa que permite até que peçam pelo fim dela!’…
JRP
13 de março de 2014
Sei que meu comentário vai um pouco além, mas estou aqui para comentar. Ditadura é o que está tendo na Venezuela no governo socialista de Nicolas Maduro. Ditadura é na ilha do cadáver Fidel Castro, onde é impossível um cubano sair de Cuba sem o aval do governo, e as mulheres de lá se oferecem por um maço de cigarro ou um sanduíche. Ditadura aconteceu em terras soviéticas comunistas, pode incluir aí também a Coréia do Norte. Porque omitir esses fatos ? Porque a esquerda apoia ditaduras Cubanas e Venezuelanas ? Gostaria de entender isso.
blogdoamstalden
13 de março de 2014
Meu caro amigo João. Eu estou lhe devendo um longo texto, ou vários menores, sobre assuntos políticos. Perdoe-me se ainda não consegui escrever, mas você está ciente dos motivos. Porém, adianto algumas coisas. Ter um pensamento de “esquerda” é algo muito variado. Existem muitas correntes de esquerda, e com muitas eu não compartilho. Outras estão perdidas para seus próprios militantes. Confesso que as vezes acho que são poucos os que sabem realmente o que é ser de esquerda ou direita hoje. Mas, na minha concepção, a postura de esquerda significa, dentre outras coisas, a democracia plena, a participação e a cidadania conscientes, coisas das quais estamos muito longe, é verdade. Considero minha postura de esquerda a muito tempo. No entanto isto não significa um alinhamento automático a algum partido ou governo. Ao contrário, sempre me neguei a abdicar de meu pensamento crítico por qualquer partido ou grupo. Se vc. acompanha o Blog deve ter visto que questionei o próprio PT recentemente (e até agora não obtive resposta), Defendo a liberdade e a democracia plenas. Nunca defendi a antiga URSS, nem sou apologista de Cuba e muito menos da Coréia do Norte. Foram sim, ditaduras e ainda são. Cuba tem grandes avanços, mas só terá meu apoio na hora em que os irmãos Castro fizerem eleições livres. Educação para votar bem, parece que eles tem. Então, por que não fazer as eleições? Para mim, João, ditadura é ditadura e é ruim. Seja aqui, na Alemanha ou na China. Aliás, está aí um fenômeno curioso. A China é uma ditadura. Usa o nome “socialismo”, mas pratica o capitalismo selvagem. E quase não há críticas, no Brasil, aos chineses… Abraço meu amigo. E obrigado por participar.
Assim que conseguir começo a escrever.
JRP
14 de março de 2014
Olá meu amigo Luis, obrigado pelo espaço, e por me responder, o que eu mais gosto de debater é com pessoas diferente dos pensamentos meus, se for debater com pessoas com o mesmo pensamento, iriamos ficar concordando um com o outro e não iriamos parar para pensar nos fatos históricos e acontecimentos. E vejo que este fórum é isto e aqui é realmente democrático e aberto, e agradeço por ser assim.
O que segue abaixo são apenas pensamentos meus, e o que eu acho sobre o tema, mas vou botar aqui o outro lado da história, após ler e analisar os fatos históricos e eu cheguei nessa conclusão.
Eu acho uma perversidade intelectual e moral é esquerdistas defendendo regimes genocidas, quantos esquerdistas que já conversei e são cegos à realidade. Você sabe separar muito bem esses casos, mas a cabeça da galerinha aí, dá até medo, idolatram Che Guevara, Fidel Castro (nunca foram santo esses dois carniceiros, mataram vários em suas revoluções e continuam justiçando os cubanos no el-paredón) e tem gente que admira essa gente, URSS, China ( um me disse que graças ao comunismo a China é o que é hoje essa potência ) eu não sei se ria ou chorava, aí pensei meu Deus do céu onde essa turma está com a cabeça, quem está dizendo essas coisas para vocês, vem para a realidade sai desse mundo vermelho da fantasia. Isso sem contar as vítimas feita ao longo dos anos pelo comunismo.
Segue a estatística do número de mortes:
20 milhões na União Soviética
65 milhões na República Popular da China
1 milhão no Vietname
2 milhões na Coreia do norte
2 milhões no Camboja
1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
150 mil na América Latina “””””Isto foi muito maior que a soma de todos os regimes militares na América do Sul, ou seja quem mais matou foi comunista e não militar””””.
1,7 milhões na África
1,5 milhões no Afeganistão
10 000 mortes “””””Resultantes das ações do movimento internacional comunista e de partidos comunistas fora do poder”””””
Eu na minha concepção hoje, jamais defenderia essa bandeira vermelha que é cor do sangue a foice com o martelo que corta a carne de suas vítimas. E hoje em dia eu luto contra essas doutrinas comunistas justamente pelo que fizeram. Pois muito ainda hoje em pleno século 21 ainda acham que isso é a solução para todos os problemas da humanidade. É de amargar.
Abraços amigo. Até mais.
JRP
14 de março de 2014
Enfim, como podemos ver onde há ditadura só deu em mortes. Jamais defenderei a ditadura, uma coisa foi a ditadura outra coisa foi o regime militar que querendo ou não o Brasil avançou muito foi nesta época. Mas uma coisa não podemos omitir aqui havia uma luta armada, muitos desses que se diziam do “povo” queriam tirar proveito da situação para implantar aqui um regime comunista ! Quantos desses guerrilheiros arruaceiros foram treinar guerrilha em Cuba e na URSS, foram para lá para chegar aqui e pregar boas novas, maravilhas e bonanças e palavras suaves ? Claro que não, foram para lá para poderem implantar aqui uma ditadura COMUNISTA ! É por isso que especifiquei no texto acima, que muitos desse que subiram e apareceram em nome do “povo” não foram nenhum santo de presépio, foram verdadeiros ditadores sanguinários. E alguns vão querer me linchar aqui, mas SALVE 31 de MARÇO de 1964, que os milicos tiraram do poder aquele corrupto e comunista do João Goulart. Mas os milicos também só fizeram merda, prometeram eleições em 6 meses e isso não aconteceu, na guerra ideológica foram mais que amadores, não fizeram uma propaganda anti-comunista, e ao invés disso ia prender comunista e matar no porão do DOI-CODI. Se esses milicos estão levando cuspida na cara hoje, muito mais que merecido. Não foram sequer estratégico no campo da ideologia, que era apenas informar a população dos perigos do comunismo. Fizeram as atrocidades, agora estão pagando por isso. Por isso aqui vai meu resumo final. Ditaduras só serviram para matar cidadãos. E guerrilheiros armados, revolucionários dito do povo também só serviram para matar cidadãos. Ou seja, não há santo em nenhum dos dois lados. Agora esse endeusamento da esquerda para essas figuras como Lamarca, Dilma, Castro, Guevara, Mariguella isso me assusta, enfim figuras que derramaram sangue.
Silvania Elena Laudissi Bortolussi Rodrigues
13 de março de 2014
Gostaria muito de que o senhor comentasse sobre a Venezuela Niculas Maduro( Hugo Chaves)…..Se é esse o desejo, deste governo corrupto que está aí e não querem de forma alguma sair do poder , transformar-nos em bonecos de presépio…..
blogdoamstalden
13 de março de 2014
Silvania, eu não sou um estudioso da Venezuela, mas vou lhe dizer quais são minhas impressões. A Venezuela, assim como outros países da América Latina, sempre foi elitista e com péssima distribuição de renda. Isto abriu as portas para um fenômeno político como o do Chaves, alguém que não é socialista (aliás, cunha um termo próprio – Bolivariano) e, com a renda do petróleo, acaba por distribuir alguma renda, tornando-se assim, um herói. Eu não acho que o caminho deles seja sustentável politicamente e socialmente.Também não acho que seja formador de uma cidadania real, consciente. Acho que é uma versão do populismo. A pressão de países como os EUA, porém, mais a distribuição de renda e o trabalho de propaganda, ajudaram a popularidade de Chaves crescer, e agora Maduro herda isto. Não vejo muito futuro para eles, no entanto, a população é mais fiel do que parece. Um fenômeno parecido ao que ocorre em Cuba, onde Castro, por menos democrático que tenha sido, é considerado um herói por muitos. Eu conheci um professor cubano aqui. Tinha migrado e casado com uma brasileira. Perguntei sobre a situação lá e ele respondeu: “é terrível, falta tudo. Mas vou lhe pedir para não falar mal de Fidel. Eu gosto dele. Se não fosse por ele, eu estaria cortando cana ao invés de ser engenheiro”. É contraditório, mas é este o fenômeno. Na Venezuela, parece-me ser a mesma coisa. Quanto ao governo daqui, bem, falemos sério. Tem algum partido ou grupo que não tenha se envolvido em corrupção? O PSDB com os escândalos do metrô e tendo sido pioneiro no mensalão, também não deve? E pior, os mesmos corruptos da ditadura, Sarney, Maluf, Collor, ainda estão aí. Eu não apoio partido algum. Apoio uma revolução cultural, em direção a cidadania, a democracia consciente, à educação e ao progresso sustentável ambientalmente e socialmente. Não se trata de defender este ou aquele partido e muito menos de louvar ditaduras, mas de lutar por objetivos mais amplos. Espero ter conseguido responder. Agradeço pela participação. O Blog visa o debate e você ajudou. Abraço.
Carla Betta
13 de março de 2014
50 anos do Golpe Militar. Luto! E nada para comemorarmos!
“Embaixo e em cima da terra,
O ouro um dia vai secar.
Toda vez que um justo grita,
um carrasco o vem calar.
Quem não presta, fica vivo:
quem é bom, mandam matar.”
Cecília Meireles
Carla Betta
13 de março de 2014
“Brasil: nunca mais!” Não pode só ser o nome de um livro e/ou de uma pesquisa! Quem teve que se esconder, ainda menina, sem entender o porquê, quem acompanhou a saga para se provar o assassinato de Rubens Paiva, quem ouviu as notícias e soube posteriormente da história de Zuzu Angel e seu filho torturado e assassinado, notícias de tantas torturas e arbitrariedades tão injustas e desumanas só consegue/ só consigo, por ter vivido/sabido estes fatos e muito mais, me colocar emocionalmente contra a ditadura! Seja ela qual fôr! Dos militares, dos civis, de qualquer coisa que pretenda encerrar a liberdade de expressão e a discussão. É uma questão cultural, muito bem colocado, Amstalden e cultura se modifica com ação, com educação, com tempo e não com imposição. Impôr não catalisa a civilidade, mas a rebaixa à obediência por medo! Cultura se modifica com consciência e, principalmente, com educação e esclarecimento. A grande vitória da ditadura e dos governos subsequentes que apenas almejam o poder e a ignorância do povo afim de serem facilmente manipulados foi a má qualidade crescente da educação! Infelizmente, tiveram sucesso neste objetivo… E acredito que seja por não saberem dos fatos como realmente foram que certas pessoas deliram com uma ditadura salvadora-da-pátria que nos tire do afogamento neste mar de corrupção. É um delírio, mais nocivo que as alucinações causadas por drogas, pois a reabilitação de um país demora mais e custa mais, muito mais!
Silvania Elena Laudissi Bortolussi Rodrigues
14 de março de 2014
Todos nós sabemos que somente as eleições podem e devem mudar a situação de um pais.O problema é que nossos políticos são pessoas corruptas, salvo algumas exceções.Como destinguir o joio do trigo….Para nos brasileiros é muito dificil pensar na ideologia dos partidos….sem separar o joio do trigo,pois esses animais estão infiltrados nos mesmos feito vermes…….Falo assim pois tamanha é minha repugna a esses indivíduos….
blogdoamstalden
20 de março de 2014
É um processo, Silvania, e eu acredito nele. Se vc. somar o tempo em que tivemos eleições livres e universais na História do Brasil, verá que dá uns 50 anos, nem isso. Pouco. Mas a sociedade evolui. As passeatas do ano passado são um exemplo. Foram desmobilizadas pela violência que, penso eu, partiu de infiltrados. Mas foram, também, um sinal de vida e progresso. Eu sou professor. Se acreditar que nada muda, mudo de profissão. Abs.
Synésio Barbosa de Mello
15 de março de 2014
Tudo o falado aqui deveria ser anexado à certidão de nascimento da cada brasileiro, inicial
mente, e depois internacionalizada a técnica, para que ao aprender ler todos tivéssemos estes pensamentos como informações “iniciais”.
blogdoamstalden
20 de março de 2014
Caro Synésio. Este foi um dos maiores elogios que já recebi por um texto. Muito obrigado. E obrigado por comentar. Abraço.
Ronaldo D`Almeida Santana
19 de fevereiro de 2015
Fico muito à vontade para comentar acerca do que muitos falam, atualmente, sobre a corrupção da presidente recém-eleita.Isto porque anulei meu voto no segundo truno das últimas eleiçoes, coisa que faço sempre que me deparo apenas com candidatos já comprometidos com a corrupção.
Já em 2010, não votei na Dilma, porque, além dela , antes,já ter alterado seu currículo lates, foi blindada no caso de corrupção em que resolveu-se inculpar apenas sua secretária, Erenice Guerra, que apenas resolvia as questões em que sua chefona estava à frente. Por que, já naquela oportunidade, o PSDB e o DEM não tomaram a frente das ações que afastassem o PT e o PMDB do poder? Essa, me parece, é uma pergunta fundamental.
O movimento de opinião que vemos hoje, lógicamente orquestrado pela direita, tem cheiro de golpe. É o velho golpismo das direitas brasileiras, que , quando perdem nas urnas, partem para argumentos falaciosos com objetivo de derrubar seu oponente. O que se vê é que o PSDB e o DEM, à frente de outros partidos, querem desalojar os que estão no poder, pra lá se estabelecerem. Eles não estão preocupados com a corrupção, até porque são tão corruptos quanto PT e o PMDB, mas conduzem a opinião do povo de forma a derrubar a presidente que foi eleita pelo voto da maioria, mas tem muitos pretensos homens cultos que ainda não percebeu esta realidade e continuam apenas sendo conduzidos pela grande imprensa.
Esses políticos e seus seguidores, contumazes em repetir a palavra democracia, mais uma vez, querem derrubar a democracia, querem derrubar aquela que foi eleita eplo voto da maioria. Isto aconteceu nas eleições de 1950, nas eleições de 1955, na posse de 1961 e no desenlace de 64. Bem, para sermos ainda mais claros, precisaríamos de mais algumas páginas,mas ficam aí algumas idéias para a nossa reflexão. Um abraço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
blogdoamstalden
23 de fevereiro de 2015
Olá Ronaldo. Seja bem vindo e muito obrigado pelos seus comentários. Vc. comentou também um artigo do Orlando Guimaro. Vou avisá-lo para responder. De minha parte, concordo com você em tudo. Abraço.