Peço licença ao fundador e administrador do blog para que seja uma mulher a assinar a homenagem hoje.
Dia da Mulher? Eu quero mais, eu quero que seja o Dia da Mulher Porreta! Por isto, não provoque, é cor de rosa choque, como diria Rita Lee.
Nada de elogios caretas à maternidade, à sensibilidade, à intuição feminina. Ponto pacífico. Curvem-se, homens, nesses três quesitos ninguém nos supera. I’m sorry. I’m so sorry.
O dia da Chiquinha Gonzaga, da Rita Lee, da Leila Diniz, das mulheres brasileiras que arrebentaram paradigmas, ousaram, fundaram uma nova ordem, a desordem sexista. Escolhi dois vídeos das mulheres que balançaram meus questionamentos adolescentes.
Chiquinha Gonzaga, apresentada a mim em uma peça teatral do SESI-Avenida Paulista, cuja biografia e músicas me levaram à admiração e à paixão por esta mulher de uma coragem excepcional.
Em plena ditadura (a moçada não tem noção do que foi isto), em uma sociedade machista até embaixo d’água, Leila Diniz, belíssima, atriz, expôs o desejo sexual feminino em carne viva. “Transo com quem eu quiser, com quantos eu quiser e se não quiser, não transo”.
Fez topless, até hoje um escândalo, enquanto na Europa o topless é costume mais velho que o rascunho da Bíblia entre crianças, jovens e senhoras. Os falsos moralistas que pagam por e babam nas bundas, xerecas e peitos à vontade no Carnaval, a “tradicional família brasileira” torce o nariz e chama a polícia por conta de um topless na praia.
Leila Diniz, linda, grávida, solteira, liberou o barrigão, ícone a ser reverenciado pela vida que carrega, em mini-blusas, biquínis e até posando nua.
À Leila, minha homenagem, pois suas atitudes tão naturais desestruturando o status quo me debutaram como uma nova possibilidade de mulher.
Viva o Dia da Mulher Porreta!! (porque irreverente é pouco).
E deixo para vocês se deliciarem, um breve relato da vida de Chiquinha Gonzaga, uma eletrizante música de Rita Lee com imagens de Leila Diniz e também deixo-lhes o link de um artigo surpreendente da análise de um rabino sobre quem são os verdadeiros heróis da Pêssach (Páscoa judaica).
http://www.pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/1174372/jewish/Herosmo-em-Pssach.htm
Antonio Carlos Danelon - Totó
8 de março de 2015
Belo texto Carlos Betta Porreta.
Carla Betta
9 de março de 2015
Obrigada, Totó.
Maria Moraes
9 de março de 2015
Excelente homenagem, pois saiu da pieguice de sempre e senti-me lisonjeada por ter sido representada por mulheres que audaciosamente souberam como se impor perante a sociedade.
Desculpe a “ousadia”, mas cito também uma mulher que merece admiração que é a “Luz del Fuego”.
Abraços
Maria
Carla Betta
9 de março de 2015
Sei alguma coisa da “Luz del Fuego”, vou pesquisar mais.
Obrigada pela sua colaboração.