Meus sessenta anos com os Titãs Por Luis Fernando Amstalden

Posted on 17 de setembro de 2024 por

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Agora eu cheguei a velhice, fase da vida em que somos tentados a abandonar sonhos e ideais. Somos tentados a nos adaptar a uma “realidade” pragmática, abandonando a indignação e a luta por um mundo melhor. Mas até agora, como diziam os Titãs, eu não me adaptei a esse mundo injusto e, enquanto estiver lúcido e vivo, não vou me adaptar.

“Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia

Eu não encho mais a casa de alegria.

Os anos se passaram enquanto eu dormia

E quem eu queria bem, me esquecia. “

Faz tempo  que não encho mais a casa de alegria.

E de fato, eu dormi e os anos se passaram enquanto dormia.

E tudo se transformou, bem diferente daquilo que o futuro prometia.

Enquanto eu dormia e muita gente me esquecia

Eu sonhava com o que, lá atrás, alguém dizia.

E falava de um mundo melhor, sem distopia.

Falava de justiça, paz e harmonia.

E que esse mundo seria

Fruto da humanidade que o construiria.

“será que eu ouvi o que ninguém dizia?

Será que eu falei o que ninguém ouvia?”

Mas a esse “mundo novo” de tanta melancolia.

De tanta destruição e egolatria.

“Eu não vou me adaptar

Eu não vou me adaptar”

“eu não tenho mais a cara que eu tinha

E essa cara no espelho não é minha”

Agora as rugas e a velhice já mudaram a cara do jovem que aprendia

Que a vida podia ser mais e maior do que a imperfeição que eu via.

Essa cara no espelho não tem mais a mesma energia.

E as vozes para o  futuro já não se ouvem como se ouvia.

Agora elas parecem loucura e utopia.

E os jovens parecem se conformar com a apatia.

Mas a esse mundo novo, cheio de melancolia.

“Eu não vou me adaptar

Eu não vou me adaptar”

E enquanto, nessa cara que não é mais a minha.

Houver ainda um pouco de energia.

Eu vou procurar lutar  como alguém lá atrás dizia:

Para que o mundo possa  ser mais belo, justo e cheio de harmonia.

Mesmo que eu tenha ouvido o que ninguém dizia.

Mesmo que eu tenha falado o que ninguém ouvia.

E no dia da minha morte eu terei a alegria.

De ter vivido com um sentido para minha vida,

Sem conformismo com um mundo sem justiça, beleza e harmonia

Dedico esse texto a todas as pessoas que me ensinaram e inspiraram e a todas as pessoas que me cumprimentaram pelo meu aniversário. E pelo desculpas aos Titãs pelo uso de sua letra. Mas não foi plágio e sim o encontro de uma grande sincronia entre o que eu sinto e o que eles cantam.Agora eu cheguei a velhice, fase da vida em que somos tentados a abandonar sonhos e ideais. Somos tentados a nos adaptar a uma “realidade” pragmática, abandonando a indignação e a luta por um mundo melhor. Mas até agora, como diziam os Titãs, eu não me adaptei a esse mundo injusto e, enquanto estiver lúcido e vivo, não vou me adaptar.

“Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia

Eu não encho mais a casa de alegria.

Os anos se passaram enquanto eu dormia

E quem eu queria bem, me esquecia. “

Faz tempo  que não encho mais a casa de alegria.

E de fato, eu dormi e os anos se passaram enquanto dormia.

E tudo se transformou, bem diferente daquilo que o futuro prometia.

Enquanto eu dormia e muita gente me esquecia

Eu sonhava com o que, lá atrás, alguém dizia.

E falava de um mundo melhor, sem distopia.

Falava de justiça, paz e harmonia.

E que esse mundo seria

Fruto da humanidade que o construiria.

“será que eu ouvi o que ninguém dizia?

Será que eu falei o que ninguém ouvia?”

Mas a esse “mundo novo” de tanta melancolia.

De tanta destruição e egolatria.

“Eu não vou me adaptar

Eu não vou me adaptar”

“eu não tenho mais a cara que eu tinha

E essa cara no espelho não é minha”

Agora as rugas e a velhice já mudaram a cara do jovem que aprendia

Que a vida podia ser mais e maior do que a imperfeição que eu via.

Essa cara no espelho não tem mais a mesma energia.

E as vozes para o  futuro já não se ouvem como se ouvia.

Agora elas parecem loucura e utopia.

E os jovens parecem se conformar com a apatia.

Mas a esse mundo novo, cheio de melancolia.

“Eu não vou me adaptar

Eu não vou me adaptar”

E enquanto, nessa cara que não é mais a minha.

Houver ainda um pouco de energia.

Eu vou procurar agir como alguém lá atrás dizia:

Que o mundo pode ser mais belo, justo e cheio de harmonia.

Mesmo que eu tenha ouvido o que ninguém dizia.

Mesmo que eu tenha falado o que ninguém ouvia.

E no dia da minha morte eu terei a alegria.

De ter vivido com um sentido para minha vida,

Sem conformismo com um mundo sem justiça, beleza e harmonia

Dedico esse texto a todas as pessoas que me ensinaram e inspiraram e a todas as pessoas que me cumprimentaram pelo meu aniversário. E pelo desculpas aos Titãs pelo uso de sua letra. Mas não foi plágio e sim o encontro de uma grande sincronia entre o que eu sinto e o que eles cantam.





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