Ciência Jovem. Por Igor Ogashawara

Posted on 7 de maio de 2012 por

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Quando o professor Amstalden perguntou se eu gostaria de escrever para este blog, a primeira resposta que veio à minha cabeça foi um SIM! Mas logo em seguida veio uma pergunta: “o que eu vou escrever para se encaixar no conteúdo?”

Notei que apesar de recente, o blog aborda os mais diversos assuntos da atualidade que apesar de serem importantes, muitas vezes passam despercebidos por grande parcela da população. Percebi que aqui é também um espaço aberto para reflexões e questionamentos dos mais variados temas.

Ao analisar tudo isso passaram muitas ideias, muitos assuntos que eu poderia abordar, e todos se relacionavam a um: A CIÊNCIA JOVEM! Mas será que todos sabem o que é a ciência jovem? Por que este termo é tão mal divulgado? Por que muitos professores universitários nunca ouviram falar deste movimento? Será que é importante? É um movimento nacional?

Capítulo 1 – O que é essa tal de “ciência jovem”?

Antes de entrarmos direto no tema, convido a todos a pensarem no nosso sistema de educação, tanto o público como o privado.

No Brasil, e principalmente nas regiões Sul e Sudeste, professores, diretores e escolas, em sua grande maioria, não se preocupam com a formação da cultura cientifica em seu ambiente de trabalho, ficam apenas presos aos vestibulares, aos exames estaduais e federais de avaliação do ensino e atualmente ao ENEM, formando assim alunos que ser tornam “máquinas de resolver exercícios”. Não conseguem nem despertar o senso crítico em seus estudantes, deixando essa função para os professores do nível superior que na maioria das vezes não consegue fazê-lo.

Mas o por que pensar em tudo isso?

Porque é preciso repensar a maneira com que estamos educando os jovens, forçá-los a pensar e não apenas decorar, buscar despertar em cada um a curiosidade de investigar e procurar por soluções para os problemas de nosso cotidiano. E tudo isso é possível com o movimento crescente no Brasil, mas ainda muito pouco divulgado que é a ciência jovem, que teve seu ápice nos últimos 10 anos, principalmente devido a criação da FEBRACE (Feira Brasileira de Ciência e Engenharia).

O movimento que aqui eu chamo de “ciência jovem”, é a realização de projetos científicos pelos alunos de ensino fundamental e médio. Projetos científicos de qualidade, utilizando as regras estabelecidas na ABNT e com todo o formato da metodologia científica.

A ciência jovem incentiva esses estudantes a desenvolverem suas pesquisas, buscarem soluções cada vez mais criativas. Os jovens cientistas compreendem as etapas da metodologia, buscam rigor e exatidão nos seus resultados, desenvolvem o seu senso crítico e durante os eventos conseguem ter contato com os principais vários experts em sua determinada área.

Se quiserem saber mais sobre o mundo da ciência jovem, comentem no blog, e quem sabe temos um capítulo dois para continuar explicando e refletindo aonde o Brasil está neste mundo dos jovens cientistas!

Igor Ogashawara

Representante da International Conference of Young Scientists no Brasil

Mestrando em Sensoriamento Remoto no INPE

(Igor Ogashawara foi um dos meus melhores alunos na UNESP de Rio Claro, quando ministrei lá alguns cursos como professor conferencista em 2009 e 2010. Assim como a outros alunos e ex alunos, eu o convidei para escrever enventualmente neste Blog. O tema que ele trabalha, a necessidade de desenvolver uma atividade ciêntífica entre os jovens estudantes de ensino médio e de universidades é, ao meu ver, fundamental nesta época de mediocridade acadêmica. Espero que todos aproveitem, pensem, duvidem e existam… Luis Fernando)

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