Sidarta Gautama, o verdadeiro nome do Buda, nasceu na Índia, próximo ao Nepal, no século VI antes de Cristo. Buda não é nome próprio, mas um termo que significa “Iluminado”, ou, “Aquele que atingiu a Iluminação – Bodhi”.
Filho de um pequeno rei indiano (hoje chamaríamos “marajá”) Sidarta foi educado para suceder o pai. Viveu uma infância e juventude entre palácios e jardins, sem conhecer desgraças, pobreza e sofrimento. Seu pai temia que a proximidade da religião o desviasse do caminho do reinado, por isso evitava também temas religioso
Sidarta casou-se com uma princesa muito bonita. E teve um filho belo e saudável. Tudo transcorria muito bem em sua vida. Seu pai, após o nascimento do neto , resolveu permitir que Sidarta conhecesse um pouco mais do reino que viria a ser seu. Para tanto, designou um auriga que acompanhou o príncipe em um passeio pela capital.
Teria sido durante essa passeio que o futuro Buda viu três coisas que o impressionaram muito: um velho, um enfermo e um cadáver. Claro, podemos questionar se, na verdade ele nunca havia visto nada disso. Mas a tradição diz que seu pai, o rei, se esforçara o máximo para impedir o contato do príncipe com tais tristezas. Assustado, Sidarta indagou ao auriga o que era aquilo que ele via. Seu companheiro respondeu que aquilo eram a Velhice, a Doença e a Morte, e que nenhum homem, nem mesmo o rei, nem mesmo ele, Sidarta, escapariam àqueles fenômenos.
O futuro mestre havia acabado de tomar contato com os três maiores males da humanidade. A velhice, a doença e a morte. Quando li essa história pela primeira vez, fiquei espantado. Por que a pobreza, a guerra, a injustiça não estavam entre os três maiores males? A resposta é simples. Estes são os três maiores porque deles nenhum homem escapa. Ou seja, podemos escapar da pobreza, da guerra, da violência, mas todos iremos experimentar a doença, a maioria irá experimentar a velhice, e todos iremos morrer um dia. Diante dessa realidade, que nos espanta até hoje, Sidarta ficou muito deprimido. Não conseguia mais se divertir no palácio, e tornou-se obcecado pelo futuro que nos espera. Perguntava-se para que tanto luxo, tanto prazer, se o fim era o sofrimento?

Imagem do Site do Centro Zen do Recife (http://centrozendorecife.blogspot.com.br/
Foi então que tomou uma decisão. Inconformado com a realidade que o esperava, resolveu abandonar o palácio de seu pai, sua esposa, filho e todos os bens. Durante a noite fugiu da capital do reino e foi para as florestas, procurar entre os sábios as explicações pelas quais seu coração ansiava. Renunciando a tudo, buscou a sabedoria e a explicação para o sofrimento. Tinha então, trinta anos, e esse foi o começo de sua jornada para tornar-se um Iluminado. Um Buda…
Valéria Pisauro
1 de junho de 2012
Maravilhoso! Lição de vida. Parabéns.
Daniel Rosenthal
2 de junho de 2012
Muito bom! Aguardo o Budismo III. Abraços
blogdoamstalden
4 de junho de 2012
Logo, logo, Daniel. E também terei em breve uma dica específica para você, meu amigo.
Tainá Moura
4 de junho de 2012
Muito Interessante!! Tbm quero ver a continuação!!
blogdoamstalden
9 de junho de 2012
Sai domingo, dia 10/06.
Bj.
Anna Flávia Silva
23 de junho de 2012
Ainda não tinha lido o post Luís. Muito bom!
Reginaldo
14 de outubro de 2013
Lerei todos os artigos sobre Budismo conforme me recomendou.