Um docente que havia assinado a “Carta Aberta à Comunidade Acadêmica da EEP”, solicitou por e-mail a retirada de sua assinatura no documento. Os motivos apresentados foram, em primeiro lugar, o fato de que o docente alega que não sabia que a Carta seria postada neste Blog e que por não haver sido consultado sobre isso, retirava suas assinatura. Em segundo lugar, alegou ainda que “não concorda com o fato de que o assunto seja discutido fora da EEP”
Mudar de idéia é um direito de todos. Aliás, um direito que, as vezes, é bastante saudável. E o docente tinha o direito de mudar de idéia e o tem ainda, assim como os demais.
No entanto o que me causa um certo espanto é, em primeiro lugar, o fato de que, quando se assina uma “Carta Pública” ela se destina ao “público”, ou seja, a todos. Ou, como diz o dicionário: “Levar ao conhecimento do público. Divulgar, propagar, tornar público; proclamar; vulgarizar, anunciar, proferir”. E para se tornar público alguma coisa é necessária uma mídia (um meio). Esta, por sua vez, pode ser papel, pode ser gravação de voz, imagem impressa ou televisionada ou pode ainda ser digital, como o Blog. Logo não compreendo como alguém assina um documento deste tipo e alega que “não sabia que seria postado no Blog”. Por acaso ele é diferente do papel em que foi impresso o texto e que os professores assinaram? Por acaso acredita que a “Carta Aberta” ficaria “fechada entre os professores”? Ou então não sabiam que a comunidade acadêmica envolve também os alunos e funcionários, que são os que acessaram o Blog e puderam ver a carta?
Em segundo lugar, a Carta afirma claramente que a EEP é uma INSTITUIÇÃO PÚBLICA e, sendo assim, ela pertence a todos os cidadãos, coisa que o texto, aliás, explica clara e didaticamente. Ora, se a EEP é pública, a discussão sobre a democracia dentro dela interessa a todos os cidadãos. Logo não cabe dizer que “não se concorda com o fato da discussão se estender para fora da Escola”. Ela deve se estender a todos os cidadãos por todos os meios disponíveis e necessários, inclusive os digitais, inclusive este e outros Blogs.
Com todo respeito ao colega que desistiu: é preciso ler melhor o texto que se assina para evitar situações desagradáveis como esta. Não se pode reclamar que os alunos não leem direito se não somos capazes de dar o exemplo nem num documento que assinamos.
Espero também, de forma muito sincera, que tais argumentos sejam os motivos reais da retirada de sua assinatura e não pressões inidôneas que, como já afirmei, são crime de assédio.
De resto, seu nome já foi deletado.
PS: Se você acessou o blog antes e leu este post, deve ter percebido que o texto mudou. Ocorre que recebi um mail dando conta de que uma desistência anterior havia sido equivocada.
Dai a mudança.
Júlio Menezes
22 de junho de 2012
Tornar público o problema da EEP e dos professores, simplesmente serve para fortalecer a luta pela democracia. Sou ex-aluno da EEP, pertenci ao DA, e presenciei muito esse tipo de prática antidemocrática dentro da EEP. Como cantava o saudoso Raul Seixas:”Sonho que se sonha só, é simplesmente um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. Por isso parabenizo todos os professores que assinaram e, os que por qualquer motivo não quiseram continuar na luta, quero dizer que seu manifesto já foi feito, então, não tem o que temer, porque todos já tiveram o conhecimento de sua indignação, por isso, corvadia é algo desnecessário. O que precisamos é ser ético conosco mesmo, e defender o que acreditamos. “Lutar sempre, cair as vezes, desistir jamais!!”. Quando entro numa prova de corrida de rua (algo que faço várias vezes no mês), as vezes as dores vem no meio do percurso, mas lembro que desistir da prova é pra sempre.
Júlio Menezes
Alício Camargo
23 de junho de 2012
Touché!
Bruna
23 de junho de 2012
Touché! [2]
Luciano Prado
27 de junho de 2012
Touché! [3]