Não sou poeta, mas de vez em quando, algo “parecido” com poesia flui para minhas mãos. Este texto foi assim. Fluiu quando obsevava os gatinhos brincando. Os mesmos sobre os quais escrevi outro dia, o Raj, a Jaya e a Satya. Aqui “brinco” novamente com os significados de seus nomes e suas atitudes. Peço desculpas aos leitores pela pretensão em publicar este arremedo de poema, mas “fluiu” também para a tela do computador.
Raj, Jaya e Satya (Poema)
Eu sou forte.
O maior de todos.
Poderosas são minhas patas.
Para defender a Vitória e a Verdade.
Um tanto desconfiado e prudente, eu sou.
Como, afinal, um líder deve ser.
Mas conheço as virtudes do amor e do carinho.
E zelo por aqueles que estão comigo.
Eu sou Raj, o Rei.
A mais ousada, testo os limites.
Cada canto, cada espaço,
eu exploro e avalio.
Os novos caminhos, sempre busco.
E não tenho medo de lutar.
Ainda que seja com o Rei.
Ainda que seja com a Verdade.
Afinal eu os provoco.
Para que eles me persigam.
Eu sou Jaya, a Vitória.
Pequena e frágil
As vezes me escondo tão bem…
Mas não te enganes com minha aparência.
Grandes são meus saltos e a minha resistência.
Um pouco insistente, eu sou.
Como afinal deve ser a Verdade.
E sou sempre a primeira a chegar perto de ti.
As vezes luto com o Rei e com a Vitória.
As vezes só os observo do alto.
Para que eles nunca me percam de vista.
Eu sou Satya, a Verdade.
Para Mari Hosaki Tokeshi
Que desde pequenina, já ama os gatos.
Jean-Louis Buffet
1 de agosto de 2012
Luís, percebe-se que você gosta mesmo de gatos, diria até que sente uma certa admiração por eles, será porque vê algo de sagrado na natureza deles? Abraço.
blogdoamstalden
2 de agosto de 2012
Jean. Admiro sim. São animais com um comportamento todo especial, menos eufóricos no comportamento mais muito carinhosos. Os daqui não saem de perto de mim. Além disso são animais muito elegantes e de movimentos muito precisos. Gosto de admirar suas peripécias, seus botes e pulos, além do equilíbrio. Admiro, portanto. Mas não vejo nada de sagrado na natureza deles que não esteja na natureza de outros seres vivos. O que lamento é o tanto de pessoas que não entende o comportamento deles e os agride e/ou os cria distantemente. O gato, assim como o cão, percebe a distância e se afasta também. Daí o mito de que gatos não gostam do “dono”, mas da casa. Eu tive gatos a vida toda, e cães também. E sei que isso é bobagem. Eles gostam de nós sim, mas se expressam de formas diferentes. Abraço meu Amigo.
fabiocasemiro
1 de agosto de 2012
Silvio Floreal, escritor brasileiro dos primeiros decênios do XX fazia textos em tríptico. Parece (prometo conferir) que João do Rio (pseudônimo de Paulo Barreto) – do mesmo período – também fazia textos assim.
Os trípticos eram aquelas imagens sagradas (muito populares na renascença flamenga, como em Dornicke, por exemplo) bastante utilizadas para o culto em casa… penso eu: são parentes das santas que migram de casa em casa, como nas novenas que ainda temos hoje.
Veja, Luís: em tríptico, os seus poemas. Religiosos e místicos, dançando em sua forma, como num pórtico (e pensemos ainda mais nas “coincidências” do 3!)…
Não só arriscou bem nos poemas, como fez questão de roubar para eles, formas tão interessantes (e hoje, inusitadas) de composição.
Como Harold Bloom diria: O poeta empresta, o grande poeta rouba!!
Cuidado amigo Luís! O Sr. começa a se tornar um ótimo poeta.
(Isso costuma ser ótimo para o amor e péssimo para o financeiro!)
hahahahah…]
Abs,
Fábio H
blogdoamstalden
2 de agosto de 2012
Meu Amigo. Vindo de você, que de fato É um poeta, eu fico muito lisongeado. Não sabia que o que escrevi era um tríptico. Está vendo como NÃO sou poeta nem literato? Mas adorei saber do estilo. Se você puder, mande para mim as informações sobre os autores. Em relação ao que escrevo de “poemeus”, é muito pouco e depende do momento. As vezes gosto, as vezes não. De qualquer modo é pouco. Este aí, como eu disse, “fluiu” em poucos minutos. Acho que escrever é um pouco disto, quase um transe, não?
E a sua resposta é um poema. Vamos publicá-lo como post?
Em relação ao bolso, meu amigo, sou sociólogo e professor. Não faço palestras de motivação, nem trabalho com propaganda. O bolso nunca foi mesmo o primeiro da lista. Assim, se a remota possibilidade de virar poeta me ocorresse, não seria nada de novo em termos financeiros. Abraço e aguardo sua nova colaboração.
fabiocasemiro
1 de agosto de 2012
Li denovo.
Nossa: como estão lindos, os teus poemas em tríptico.
Poema bom é assim (acho até que essa é minha definição de poema bom):
Quando o poema é bom, precisamos lê-los e relê-los e relê-los denovo.
Quando é bom o poema, queremos tê-los junto, queremos carregá-los na carteira,
na cafeteria.
Para que fecundem outros poemas em nosso coração.
Para que a carne da sua tinta se desbote no bolso da calça,
para que decalque no suor da mão,
indo ao centro do peito ele se torne outro poema em nossa boca,
e feito hálito,
deite na nudeza de uma desavisada folha de papel.
Poema bom é assim:
faz a gente ficar com inveja,
achando que a vida com verso vale mais apena…
(e que até comentário de blog…
… vibra a lira).
Obrigado pelos teus poemas
(bons poemas valem uma vida)
Abs,
H
Maria Cecilia Pizzinato
1 de agosto de 2012
Amstalden,
É muito bom saber que Raj, Jaya e Satya representam (em vida) o significado de seus nomes.
É assim, com esses exemplos, que podemos entender como um “Rei” deve defender sua “Vitória” sem desdenhar sua “Verdade”. Até porque ela (a Verdade) chega sempre na frente a fim de nortear os caminhos da “Vitória”.
Meu Deus!! Quanto esses animais nos ensinam. Pena que ainda alguns “humanos” não tenham evoluído o suficiente para entender estas lições.
Abrs.
M. Cecília Pizzinato
Ong Vira lata – Vira Vida
blogdoamstalden
2 de agosto de 2012
Maria Cecilia. Talvez sejam apenas meus olhos, mas o que descrevi foi o comportamento que percebo neles. Raj é mais cauteloso e forte, mas também carinhoso. Jaya não para um minuto e é ousada. Satya é a mais delicada e mia pedindo atenção. Eles lutam, mas Jaya e Raj se engalfinham mais. Satya gosta de observá-los de um ponto alto. Eu gostaria de ter mais espaço para eles brincarem. Vocês da ONG conhecem algum “parque de diversões para gatos”? Se conhecerem, avisem.. rsrsrs. Em tempo, as duas gatinhas tiveram rinotraqueíte e quase as perdemos. Mas estão muito, muito bem. Abraço.
Anônimo
2 de agosto de 2012
adorei H.
ju.
Anônimo
2 de agosto de 2012
adorei!!!…..vou ler para a Mari e mostrar as fotos dos gatinhos…..fofíssimos…abraço Célia
blogdoamstalden
2 de agosto de 2012
Obrigado Célia. A Mari ainda é pequena mas guarde para ela o poema. Abraço.
Evandro Mangueira
27 de junho de 2013
Lindo seus gatos, mas pela data do post, devem ter crescido bastante!
blogdoamstalden
27 de junho de 2013
Bom, o Raj está com 94 centímetros, 62 da ponta do focinho até o início do rabo e mais 32 até a ponta deste. E dez kgs. Cresceu um “pouquinho” né?
Miguel Angelo Pinguelli
15 de junho de 2015
Só quem tem um gato sabe como eles são especiais. Durante toda a minha vida, tive o prazer de tê-los aqui em casa. O Raj é Maine coon? Abraço!
blogdoamstalden
15 de junho de 2015
Olá Miguel. Obrigado pelo comentário. Não, o Raj é SRD mesmo. Ficou enorme, parece um Maine. Abs.