“Muitas mães que trabalham no comércio não têm como buscar seus filhos antes das 18h. Sugerimos que o próximo prefeito estude uma maneira de deixar alguns monitores até mais tarde para ficar com essas crianças”. (Presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Piracicaba em reunião com o candidato a prefeito do PSDB. JP 08.08.12). Sugiro ao tal sindicado que, em vez de querer onerar ainda mais o município ampliando a jornada dos já sacrificados monitores, lute por condições mais humanas de trabalho dos comerciários. Se como sindicalista esse cidadão pensa assim imaginem se fosse patrão. Os comerciantes é que, se tivessem um pouco de humanidade e inteligência, deveriam dispensar mais cedo as mães que têm e as que não têm filhos nas creches. Em vez de menos, aposto que renderiam muito mais. A família vale mais que tudo no mundo.
PROPOSTA INDECENTE – Por Antônio Carlos Danelon
Posted on 27 de agosto de 2012 por blogdoamstalden
Posted in: Colaborações, Drops
Eduardo Stella
27 de agosto de 2012
O horário do comércio é desumano para comerciantes e comerciários!
Antonio
27 de agosto de 2012
Perdoem-me, discordo frontalmente do autor e do primeiro comentário.
A prefeitura deveria sim definir horários para que os monitores das creches permaneçam até um horário que permita os pais possam buscar seus filhos sem atropelos.
Quais as finalidades de uma creche?
Deixar os filhos bem assistidos enquanto ganham a vida é uma delas!
Uma divisão de horário resolveria este problema facilmente.
Uma turma poderia entrar mais tarde, cumprindo a mesma jornada dos demais, resolveria este problema.
Falo por experiência própria, por já ter sido funcionário público concursado e por lidar com alguma empresas públicas ou de econômia mixta; no Brasil, ainda que não adimitamos, cultiva-se a idéia de que o emprego público é o “encosto” para se dar bem com a tranquilidade de não ser demitido exceto por falta grave.
Em pouquíssimas pessoas reside a idéia de que o serviço público é um serviço à sociedade e não um belo e seguro cabide. Portanto se alguém opta pelo serviço público deveria ter a consciência que a sociedade depende do seu bom trabalho.
Se um médico reclama dos plantões ou dos horários matutinos em que visita seus pacientes hospitalizados no final da madrugada ou no início da manhã, que faça outra coisa.
O mesmo digo aos funcionários das creches.
Será que lhes falta consciencia do que representa deixar as crianças na creche e ir ao trabalho?
Este problema com as creches e horários, seria facilmente resolvido se definissem horários apropriados e que considerem fundamentalmente os clientes destas creches ou sejam, as crianças e seus pais.
Os funcionários poderiam decidir ou em falta de consenso, que seja estabelecido um rodízio.
Quanto ao horário do comércio, discordo também.
Os sindicatos dos comerciários vivem fazendo movimentos para diminuir o horário de traballho dos comerciários.
Pois bem façam uma pesquisa séria e descobrirão que em muitas cidades os comerciários aceitam trabalhar inclusive nos domingos e feriados.
Perguntem nas lojas de qualquer shopping, por funcionáios que estejam descontentes com seus horários.
Em muitas cidades, principalmente no interior, o maior ganho dos comerciários vem das vendas nos feriados, no horário noturno e nos finais de semana.
O que deveria ser discutido é a remuneração dos comerciários, um salário base melhor e melhores comissões de venda, pois as margens de lucro praticadas tanto pelos comerciantes quanto pelos fabricantes é absurdamente alta no Brasil.
Que paguem salários melhores para funcionários bem treinados e eficientes.
E o SESC, serve para que?
Por que o comércio que na prática financia o SESC não cobra cursos de treinamento que efetivamente desenvolva as habilidades do trabalhador.
O que deveria ser discutido é, ainda que o funcionário opte pelo trabalho à noite ou no final de semana, deveria haver um rodízio para que uma ou duas vezes por mês ele possa estar de folga no final de semana se desejar.
Os comerciários e os monitores de creches cumprem horários como qualquer outro trabalhador e se estão na atividade que escolheram que pensem nos seus clientes.
Antonio Carlos Danelon
29 de agosto de 2012
Agradeço por se dar ao trabalho de comentar a colocação que fiz e oferecer sua opinião para aprofundar o debate sobre um tema tão importante e delicado. Segundo sua visão de mundo as sugestões que você apresentou são pertinentes e interessantes. Porém, penso que a vida não é só trabalho e consumo. Exceto atividades indispensáveis, a noite foi feita para dormir como recomendam os médicos. O domingo existe para que a Terra tome um pouco de alento, para que a gente descanse e tenha um pouco de lazer; curta a família, os amigos e os vizinhos; e quem é religioso tem o direito de junto com sua comunidade prestar culto a Deus. O que faz o mundo melhor são as relações e não os altos salários ou o trabalho sem trégua. Contudo, o mais importante para mim é a criança. Quem tem filhos, mas terceiriza integralmente seus cuidados não deveria tê-los. Ninguém é obrigado a ter filhos. Mas se os tiver pelo menos na primeira infância seu cuidado tem que ser prioridade. Se “ganhar a vida” custa tanto sacrifício alguma coisa está errada. A família vem antes de tudo e a empresa deve adaptar-se a ela e não o contrário. Não sei se existe, mas deveria ser feita algum tipo de pesquisa com crianças, mais especificamente as entre 0 e três anos de idade que medisse o tipo de impacto que lhes causa a ausência prolongada dos pais todos os dias; a educação que o Estado lhes propicia e sua visão sobre tudo o mais que os adultos pensam e fazem por elas. Ou será que criança não tem que opinar em nada, não sente nada, e não pensa em nada?