Há poucos dias, circulou por uma rede social, um post publicado por alguém que não conheço, provavelmente por algum aluno da EEP (tanto que o adicionei como “amigo” por curiosidade). O post alertava para o fato de que a FUMEP haveria recebido neste ano, 21 milhões e oitocentos mil reais, aproximadamente. E que esta quantia seria apenas de repasse da Prefeitura, sem contar o que os alunos pagam. O post fazia um cálculo de 2500 alunos pagantes a R$ 800,00 em média cada um, e assim a receita total da FUMEP seria de 45 milhões e oitocentos mil reais.
É citado como fonte, o próprio site da prefeitura na página que demonstra os orçamentos iniciais. Confesso que fiquei surpreso e envergonhado. Surpreso porque em dezesseis anos como professor da FUMEP, nunca soube o quanto arrecadávamos. Envergonhado porque nunca havia procurado a informação nos sites oficiais da prefeitura. Procurei sim na secretaria, na direção e nas coordenações e nunca tive resposta. E, no entanto, a informação estava na internet bem debaixo de meu nariz.
Enfim, vivendo e aprendendo. Só que tentei investigar se a informação é verdadeira e tive uma resposta. Ela é verdadeira EM PARTE. Segundo um colega meu, que prefere não se identificar por trabalhar na FUMEP, a verba que aparece no site não se trata de REPASSE da prefeitura, dinheiro a mais que o poder público injetaria na Fundação, mas sim da RECEITA própria, vinda de mensalidades pagas pelos alunos.
Ou seja, o dado está incorreto já que não há repasse, mas é correto no que diz respeito a arrecadação de mensalidades. Segundo minha fonte, isso não contempla outras verbas federais ou estaduais que porventura sejam enviadas a Fundação para construção de prédios, laboratórios ou outros projetos. Também não dá conta do fundo de reserva que a FUMEP é obrigada a manter. Meu colega não me soube dizer quanto há de fundo de reserva e tampouco quanto de repasse de outras instâncias do poder público existem. Talvez ele não saiba mesmo ou talvez ache que não deve dizer, mas isso não importa.
O que interessa é que a partir do fato vinculado e das informações recebidas, vários pontos vêm à discussão. O primeiro deles é que agora fica absolutamente claro o que tenho dito à muito tempo. A FUMEP é uma INSTITUIÇÃO PÚBLICA e prova disso é que suas receitas são declaradas pela Prefeitura Municipal no site oficial.
O segundo ponto é o de que mesmo que não tenhamos toda a verba que foi divulgada na rede social, temos sim um belo orçamento. Tomei a iniciativa de copiar todas as arrecadações declaradas nos últimos oito anos e as coloquei numa tabela, que insiro abaixo:
Arrecadação Anual Prevista | Valor em Reais |
2005 | R$ 15.375.566,00 |
2006 | R$ 16.298.100,00 |
2007 | R$ 17.275.986,00 |
2008 | R$ 17.967.300,00 |
2009 | R$ 19.788.000,00 |
2010 | R$ 23.562.000,00 |
2011 | R$ 21.816.270,00 |
Valor Total | R$ 132.083.222,00 |
Fonte: http://www.financas.piracicaba.sp.gov.br/fileupload//prefeitura/orcamento_inicial_2005_2011.pdf
O terceiro ponto é que os dados significam uma coisa boa e uma ruim. Se olharmos atentamente, veremos que é uma boa arrecadação. Melhor ainda, é crescente. A coisa boa é o fato de que estamos, ao que parece, com excelente saúde financeira. A ruim é que não sabemos no que é aplicada esta verba toda, que é bem significativa, principalmente no valor total.
O quarto ponto é o de que, se somos uma Instituição de Ensino Superior Pública, temos que ter mais transparência no destino destas verbas todas. Se a FUMEP tivesse um dono, um proprietário particular, então o quanto ele arrecada e o quanto gasta seria algo particular. Mas não é. Logo penso que temos o direito e até o dever de sabermos mais sobre este orçamento e, mais ainda, de OPINAR sobre como está sendo investido e aplicado.
Será que toda esta verba se destina somente a pagamentos? No que ela tem sido investida a mais? Melhor ainda, quanto custou cada investimento? Note-se que NÃO ESTOU AFIRMANDO QUE HÁ USO INADEQUADO OU ILÍCITO da receita, mas sim que TEMOS O DIREITO E O DEVER DE CONHECER QUANTO E COMO É GASTO UMA VEZ QUE SOMOS CIDADÃOS E A FUMEP É NOSSO PATRIMÔNIO.
O quinto ponto que vem à tona: eu particularmente não acredito em gestão de entidades públicas de modo centralizado e fechado. Creio que a única maneira legítima de gerir o patrimônio público é de forma absolutamente democrática e transparente. Creio na participação, até porque ninguém, nenhum diretor, coordenador, professor, funcionário ou aluno sabe tudo. Sabemos um pouco cada um e na soma de nossos conhecimentos é que está a verdade. Se temos um bom orçamento, ótimo, se ele é bem usado, o que espero vir a saber, melhor, mas quais os caminhos para o futuro é algo que precisamos decidir ouvindo a todos.
Por exemplo, por que a EEP em particular não tem um programa de “Empresas Juniores”? Será que isso não interessa aos alunos que buscam experiência profissional e inserção no mercado de trabalho? Será que nossos alunos dos diversos cursos não poderiam atender projetos e necessidades de uma infinidade de empresas, grandes, pequenas e médias da região? Não temos professores capacitados para isso? Penso que temos tudo isso, mercado, interesse, alunos, professores e funcionários capacitados. Temos ainda a necessidade disso para inserir nossos estudantes no mundo do trabalho.
Outra coisa, por que, sendo a FUMEP pública, por que não temos mais parcerias com a prefeitura para a realização de projetos públicos? A FUMEP e particularmente a EEP que conheço bem, tem alunos capacitados para atuar em obras e até estabelecer parcerias para a criação de projetos de interesse social. Eu assisti a isso quando, ainda na gestão do PT, um grupo de alunos da Ciência da Computação fez um projeto de programa de computador para o SAMU a fim de coletar e organizar os dados de atendimento deste. A ideia era através do programa, estabelecer um mapa epidemiológico da cidade que seria útil na prevenção de epidemias e na saúde preventiva. O programa foi feito sem apoio de ninguém. Os alunos ganharam um prêmio na USP de melhor trabalho de iniciação científica, mas o SAMU não aceitou o programa. Até hoje não sei por quê. Mais ficou claro que temos condições de pesquisar e gerar soluções baratas e úteis à cidade e à região. Não o fazemos. Isso não nos interessa?
Acho que dado temos o direito e até o dever, como já disse antes, de participarmos da gestão e ajudarmos a definir o projeto de faculdade que queremos. Os donos de outras Instituições de Ensino Superior definem os seus caminhos. Mas os “donos” da FUMEP somos todos nós da comunidade acadêmica e da cidade. Logo quem decide somos nós. Isso tem acontecido? Não creio. Eu e outros professores já tivemos oportunidade de nos manifestarmos várias vezes quanto ao fato das votações na EEP não serem respeitadas. Veja por exemplo, neste Blog, o artigo “Carta Aberta à Comunidade Acadêmica da EEP”. Está na hora da FUMEP ser gerida como se deve, como uma instituição democrática, transparente e participativa, que contemple os interesses da sua Comunidade Acadêmica e da Cidade e da Região.
Este é um ano eleitoral. Ano em que os políticos tem que nos dar conta de suas atitudes e nos fazer suas propostas para obterem nossos votos. Assim encaminharei este artigo a todos os candidatos à prefeitura de Piracicaba e vou aguardar o que eles tem a dizer. Quero saber quem tem interesse nesta questão e qual é o interesse.
Também quero saber qual a real receita, qual o fundo de reserva, quais são os investimentos reais e seus custos e quantos professores e funcionários concursados temos. Vou atrás destas informações e vou cobrar os políticos para nos darem uma resposta a este respeito. Espero contar com o apoio de quem mais pensar que entidade pública deve ser transparente, democrática e participativa. Espero contar com o apoio dos alunos, professores e funcionários e de cidadãos e movimentos que tem real interesse coletivo na EEP e na cidade. .
Gabriel Rissi
27 de setembro de 2012
Excelente, Professor! Mais um ótimo artigo… Vamos em busca de nossos direitos!
Gustavo Savordelli
28 de setembro de 2012
Muito bom! Não somente o artigo, mas principalmente citado abaixo:
“Assim encaminharei este artigo a todos os candidatos à prefeitura de Piracicaba e vou aguardar o que eles tem a dizer.”
Aguardamos seu retorno…
João Humberto Venturini
28 de setembro de 2012
Já ouvi dizer tanta coisa da Fumep. Dizem q é o caixa 2 dos partidos q estão no poder e por isso ninguém mexe lá. Mas tudo no ouvi dizer, mas acho q a entidade precisa urgente de transparência.
Belo artigo.
Jorge Jr.
28 de setembro de 2012
Excelente!…É preciso transparência no destino da verba arrecadada, proveniente de nossas mensalidades. Devemos lembrar que a grande maioria dos alunos sofre muito para poder pagar pela sua graduação, as vezes até privando a família de coisas essenciais…
Camila
28 de setembro de 2012
Excelente artigo professor!! Como você mesmo disse, temos que correr atrás de nossos direitos! E conte com a gente para o que precisar!
Anônimo
28 de setembro de 2012
Muito bom professor.. também estou interessado em saber qual politico vai ter interesse..
Anônimo
28 de setembro de 2012
Muito bem colocado, onde está sendo gasto tudo isso???
Vinícius Bazanelli
28 de setembro de 2012
Excelente artigo! fico indignado com a situação que se encontra nossos professores, sera que todos são mesmo capacitados para dar certas matérias? Ao meu ver muitos estão apenas recebendo o seu salario no fim do mês e pouco estão preocupado com a forma do ensino que eles estão passando.
Conheço algumas faculdades tem professores novos, com idéias novas e querendo sempre atualizar o aluno, já na EEP parece que os anos não passaram. Estão sempre com a mesma visão.
Se ouve falar em cursos que vão acabar, cursos que outra hora eram fortemente reconhecido e que ganhavam prêmios e nome. Cade o incentivo ao ensino?
Falta professores preocupados com a qualidade de ensino que esta fundação esta fornecendo!
Valmir Rodrigues
28 de setembro de 2012
Parabens !! Luis Amstalden, como voce bem sabe sou candidato a Vereador nas eleições deste ano, e possuo projetos direcionados a Pequenas, Micros e Médias empresas com vistas a geração de emprego e renda, mas o projeto é bem mais abrangente FOMENTA a facilitação da inserção do jovem recem formado, no mercado de trabalho e mesmo instigar os mesmos a serem futuros empreendedores, como é realizado a muitos anos nos grandes centros de ensino Norte -Americanos e Europeus, e essa informação me deixa pasmo, pois não constatamos empresas Junior e nem mesmo Parceirias com empresas, desenvolvidas pela EEP.
Caso os alunos se interessem, posso apresentar esse projeto a eles, e mais ainda me ajudarem a tornar o projeto mais amplo.
Forte Abraço e sucesso de sempre
Valmir Rodrigues
Anônimo
28 de setembro de 2012
Parabens professor, é nossa obrigação fiscalizar a gestão publica. Mais esse dinheiro deve estar aplicado no mercado financeiro rendendo muito para poucos !!! na minha humilde opinião.
Jessica Annibal
28 de setembro de 2012
O artigo esta ótimo e muito bem desenvolvido Profº!
Com certeza gostaria de saber pra onde vai o nosso dinheiro, pois a estrutura oferecida para os alunos tem condições horríveis, as nossas salas de aula (EEP) têm varias falhas como, por exemplo, as portas em lugares errados, o palquinho onde o profº fica dando aula não em uma barreira do lado onde termina, cheiro de esgoto de ralos dentro da sala, acústica do corretor e as salas, os banheiros varias vezes não tinham sabonete para lavar as mãos, nós meninas não temos onde colocar nossas bolsas quando vamos ao banheiro (poderia ter um gancho para pendurar), e no calor aula de sábado naquele “forno”.
Conheço varias universidades que tem uma preocupação como um todo com as condições de um ambiente bom para estudar. Na questão de programas voltados para buscar experiência profissional, temos sim espaço e competência para desenvolver algo novo.
Acho que na EEP fica tudo meio “VAGO” ninguém busca algo novo, ela parou no tempo, com tanto meios de inovar e o uso da tecnologia hoje, nosso sistema de ensino às vezes deixa a desejar.
Espero realmente que algum candidato entre em contato com uma proposta e sua SOLUÇÃO.
Wagner Rodrigo
28 de setembro de 2012
Professor, muito bom ter o seu apoio…nao podemos aceitar o que é nos imposto de forma incorreta, isso é uma falta de respeito com a população e principalmente com nós alunos, que mantemos a facudade.
Renan do Nascimento
28 de setembro de 2012
sem palavrasss e meus parabenss
Anônimo
30 de setembro de 2012
A FUMEP deveria também, por ser uma instituição pública, ter mensalidades mais acessíveis,mais baratas, pois com os valores que estão, prejudica todo mundo que quer estudar, e outra, varias instituições usam nota de ENEM, para baratear mensalidades, e algumas faculdades particulares, tem o FIES e PROUNI, que quando o aluno se forma ele começa a pagar,quero que me responda porque a FUMEP não aceita isto?porque é publica e não pode dispor desses recursos?mas a gente paga ela como se fosse particular.,e deveriam também investir mais em recursos de tecnologia, para ter ideia a rede wireless lá esta horrível, só cai a conexão e pede para autenticar toda hora, e o acesso a sites bloqueados, deveriam ser bloqueados somente nos laboratórios, a rede WIFI deveria ser liberado, péssima administração em tudo
Danilo S. Schmidt
4 de outubro de 2012
Me desculpe amigo, mas o seu comentário perde a força no momento em que você se posta anônimo.
João Vitor
5 de outubro de 2012
Sou estudante de Engº Civil e uma aula pratica de materiais de construção civil não pode ser feita por falta de material. É inadimissível nós alunos pagarmos uma mensalidade de em média R$ 900,00 e não termos material para realizarmos nossas aulas praticas. Obs.: esta aula seria de Concretagem (penso que seja umas das mais importantes para o meu curso), e faltou cimento.
blogdoamstalden
5 de outubro de 2012
João, é por isso que queremos mais participação e transparência. Não estamos acusando ninguém de nada, mas nos interessa que coisas assim não aconteçam e que tenhamos mais e mais crescimento da Escola. Abraço. PS: entre na comunidade FUMEP democrática e transparente do Facebook.
Gustavo
6 de outubro de 2012
Devemos exigir uma modificação URGENTE na ESTRUTURA FÍSICA E PESSOAL DO XEROX.. É inaceitável que a FUMEP, com toda sua pujança e reconhecimento, não tenha um local para fotocópias de qualidade. Entra ano e sai ano, e a situação é a mesma.
Outra questão é quanto à bolsa de estudos. É uma burocracia descomunal para se ter direito a um desconto na mensalidade. Não querendo fazer comparações, mas a UNIMEP, por exemplo, oferece bolsas aos alunos com maior “facilidade”.
Não menos importante é a estrutura da cantina, que é criticada por muitos alunos da Fundação. È muito ruim!!!
Que ampliação da biblioteca e construção de laboratórios é de suma importância para os alunos, é inegável. O que não podemos admitir é que, com toda a arrecadação citada no artigo, a FUMEP não se atenta às questões por mim escritas.
Apesar de tudo, sou muito feliz por estudar na EEP!!
Anônimo
9 de outubro de 2012
Quem estuda na FUMEP, pode-se perceber que a estrutura física dela ta deixando a desejar, a gente paga quase R$800,00 de mensalidade e a gente não obtém o retorno disso, um exemplo disso é a falta de projetores para aulas, e quando tem o projetor a imagem está muito ruim por ser “jurássico” e/ou mto usado, a qualidade da lampada vai perdendo a força dela, ai não é possível enxergar claramente a imagem, mesmo sentando perto do projetor, outro ponto que pode-se observar é que a FUMEP não oferece bolsa de estudo a quem não tem condições, isto é, não oferece 100%, e também não oferecem algum tipo de concessão de bolsas do governo, PROUNI, ou FIES, e o aluno para pagar a mensalidade tem que trabalhar muito, e vai todo seu salario lá na faculdade, tirando o seu direito de usufruir seu salario em outros recursos pessoais.
Vale salientar também que a FUMEP, por ser uma instituição publica(ou privada), deveriam ter mensalidades mais acessíveis, para se ter ideia, a Anhanguera, tem mensalidades muito menores que a FUMEP,
Outro ponto também é a salas de aulas quentes no calor que estamos, num sábado a tarde por exemplo, tem que ligar todos os ventiladores da sala, enquanto estamos la esperando o professor, mas o professor desliga eles por ser muito barulhento, e nos fica lá passando calor com eles desligados,
Acho vergonhoso a FUMEP, pelo que ela arrecada mensalmente, não ter uma condição melhor de estrutura.
Anônimo
12 de outubro de 2012
A falta de estrutura é visível e lamentável, a qualidade do ensino de ALGUNS professores é indiscutível, mesmo com FALTA de recuso para os mesmos. Mas como toda essa verba é vergonhoso que nada seja feito para melhor as salas de aula, os laboratórios e os próprios prédios que a tão pouco tempo foram construídos e já estão “caindo”. Isso deixa um cheiro de “desvio de verba” no ar, princialmente pelo motivo das contas não serem bem explicitas ao povo no geral!
Anônimo
5 de novembro de 2012
É a degradação da ideia de democracia…
(https://www.facebook.com/deustot)
Mayara
19 de dezembro de 2012
Muito boa a critica Professor, alias sua criticas e mensagem como sempre sempre são Senasacionais! (já li a tempos mais hoje vim comentar)
De fato não posso deixar de dar meu pitaco neste assunto, estudo na instituição a 1 ano (2 semestres) e vejo que a tal não favorece o aluno em termos financeiros de modo satisfatorio, falo isso porque já ouvi de vários alunos e eu também me enquadro Apenas um tipo de bolsa (carência)
E alguns poucos descontos com nomes de bolsas (bolsa irmão e bolsa de inclusão social BIS)
Entende eu que um bom ensino tem seu custo, mais e os alunos menos favorecidos que querem ter uma boa educação ficam restritos e de mão atadas pagando os valores impostos pela faculdade e por conta disso acabam se endividando com a mesma. Pergunto eu qual o porque da EEP não ter uma porcentagem de bolsas de “verdade” ou até mesmo o programa do governo FIES?
Se dentro da lei haver a possibilidade de fazer algo para conquistar esse direito quem sabe não poderei lutar por mim e pelos demais que também necessitam (e eu sei que não são poucos).
Os responsáveis pela instituição por vezes se importam tanto com um titulo de “isso ou aquilo” e acabam se esquecendo dos alunos que no fundo de toda essa briga pelo poder são a parte realmente importa, ou deveria ser a parte que mais se importassem.
Atenciosamente!
Mayara
19 de dezembro de 2012
Muito boa a critica Professor, alias suas criticas e mensagens como sempre são Sensacionais! (já li a tempos mais hoje vim comentar)
De fato não posso deixar de dar meu pitaco neste assunto, estudo na instituição a 1 ano (2 semestres) e vejo que a tal não favorece o aluno em termos financeiros de modo satisfatório, falo isso porque já ouvi de vários alunos e eu também me enquadro nisso tudo. Apenas um tipo de bolsa (carência),e alguns poucos descontos com nomes de bolsas (bolsa irmão e bolsa de inclusão social BIS), sem contar na burocracia para se ter um desconto na mensalidade. Entendo eu que um bom ensino tem seu custo, mais e os alunos menos favorecidos que querem ter uma boa educação ficam restritos e de mãos atadas pagando os valores impostos pela faculdade e por conta disso acabam se endividando com a mesma. Pergunto eu qual o porque da EEP não ter uma porcentagem de bolsas de “verdade” ou até mesmo o programa do governo (FIES), e quem sabe mais facilidade em conseguir bons descontos? Sem comparações, mais como disse nossa amigo Gustavo a Unimep oferece muitos meios para que os alunos possam conseguir bolsas e afins.
Se dentro da lei haver a possibilidade de fazer algo para conquistar esse direito quem sabe não poderei lutar por mim e pelos demais que também necessitam (e eu sei que não são poucos).
Não posso deixar de frisar que os responsáveis pela instituição por vezes se importam tanto com um titulo de ser“isso ou aquilo” e acabam se esquecendo dos alunos que no fundo de toda essa briga pelo poder são a parte que realmente importa, ou deveria ser a parte que mais se importassem.
Atenciosamente!
Corrigida.
blogdoamstalden
20 de dezembro de 2012
Mayara. Obrigado pelos comentários. Penso que a EEP tem potencial não somente para diminuir o custo para os alunos, mas também para oferecer um ensino de primeiríssima qualidade. No entanto o que percebo é uma grande falta de transparência e falta de participação da comunidade, que existe de fato mas não é levada em conta. Na minha visão a administração da escola é feita de acordo com as idéias de poucas pessoas, e isso eu não aceito, até porque é uma escola pública, como digo sempre. Atualmente eu vejo obras, assim como na cidade, mas não vejo melhoria efetiva nas condições de estudo e trabalho para a comunidade (professores, alunos e funcionários). A situação pode mudar, e muito, mas para isso é preciso o envolvimento da comunidade. Vamos nos organizar? Vamos criar de fato um movimento? Pacífico, respeitoso mas aberto e franco, sem mentira e sem concessão de bolsas “cala boca”. Você está disposta a ajudar? Então vamos a luta. Vamos nos organizar no início do semestre. Abraços. E um Feliz Natal.