Dá desgosto olhar aquele monstrengo de ponte começando a se erguer sobre o pobre rio Piracicaba, que portentoso já foi. Hoje em dia é fantasma; coalhado de turistas ao redor, mas fantasma assim mesmo.
Um desengonço de ferro e concreto essa infeliz ponte, parecendo mesmo enorme edifício que lá não cabe, o qual apequena, avilta e ofende o rio, deprime e denigre nossa visão e o nobre destino que deveria ter o dinheiro público. Em tantos locais e setores outras formas havia de empregarem-se as verbas de modo mais útil! Como pode passar pelas cabeças de seres pensantes e realmente interessados na beleza e bem estar da cidade tal aberração? Mas passa, e mal pensantes são os idealizadores! Lá está ela, sendo construída pelos “donos da cidade”.
E a mata ciliar do outro lado? Por que sacrificá-la, fazê-la correr riscos? Ponte inconveniente além do mais, que propiciará a destruição do que deve ficar intocado e do que já é bem escasso: as árvores, aves, outros animais. Aliás, muito ao gosto da administração destruir árvores; haja vista a página de denúncias da Florespi sobre o tema .
E por falar em árvores, denuncio aqui o ódio e perseguição às seringueiras. Uma bela árvore foi envenenada na saída da cidade, no sentido da Klabin, antes do matadouro municipal; isso tem um ano aproximadamente. Escrevi à SEDEMA que garantiu que a estava monitorizando (grande coisa! não teria mais nada a acrescentar?), mas a mesma acabou derrubada, picotada, extinta. Lenha para olarias? quem sabe… mas ninguém sabe, ninguém viu. Local de sombra amena proporcionava aquela bela árvore. Agora assassinada sem que ninguém aponte os culpados ou os multe.
De momento, na saída para S. Pedro, na SP 304 próximo ao trevo de Santa Terezinha, duas belas árvores, seringueiras enormes foram queimadas. Fica tudo por isso mesmo. Quase sempre.
O piracicabano ao eleger por grande maioria o continuísmo, o cimentismo, o pontismo e rotatorismo, o sinaleirismo, o avenidismo e a falta de bom transportes coletivos, escolhendo, então, ausência de real preocupação com o social, com ambiente saudável, educação, e outros pontos que de fato fazem a qualidade de vida ser melhor de verdade e as pessoas mais felizes, mostra-se, vítima da propaganda ou não, com cabeça pior que de pamonha.
Antonio
16 de novembro de 2012
Prezada Eloah, o povo elege o continuismo porque é comprado a peso de ouro.
Por que você acha que obras como estas são feitas?
Já atentou para o valor deste e de outros contratos?
O deputado Bruno Covas, neto do desonesto Mário Covas deu uma entrevista em um segunda pela manhã em que informou ao repórter do estadão que no seu gabinete um empreiteiro aparecera para lhe entregar algo como R$ 50 mil reais.
Depois foi uma loucura de desmentidos, e……….como sempre, nada!
Quanto ao desonesto, penso que sim era ou foi pois um engenheiro não poderia ter feito a concessão rodoviária da forma como foi feita.
De graça não foi pois ao que sabemos, o Sr. Covas não era um boçal completo e acabado.
Seria mutio bom que fossem verificados os mantenedores da tal Fundação Mário Covas que ao que se sabe e conforme consta no site, tem entre seus curadores um homem que sofre de amnésia, o ex-secretário dos transportes, Michael Paul Zeitlin.
Antonio Carlos
19 de novembro de 2012
Aquelas torres de concreto vão ser uma passarela para gente ou elefantes? Coisa agressiva e imprópria para o lugar. Logo acima existe uma passarela de verdade. Graciosa, romântica, alegre, plenamente integrada ao ambiente, certamente mais barata apesar de esnobar engenharia. Está esquecida e mal cuidada, talvez para todos verem que de concreto é melhor. A grotesca obra será marco do momento em que a cidade se desviou do seu caminho e optou por um modelo de progresso ultrapassado, imposto por uma administração que, apesar da grande dívida social e ambiental que deixa, foi aprovada por 95% de alienados por opção. Em vez de mais uma ponte, essa gestão que finalmente se encerra, poderia dar uma grande festa para esse povo, cujo lazer é ver televisão e visitar o zoológico. Cidade boa é povo unido e amigo. O resto é papo furado.