Não se trata de recorrer ao infalível almanaque capivarol como diria meu caro amigo Vardir, nem de exercer psicologia de boteco, de botequim e afins; tampouco desenvolvo qualquer tese séria sobre o tema. Nada disso. Só que me ocorreu a semelhança que vou narrar, como se fosse uma história. Fiz analogia lembrando-me dos reis e de imperadores antigos, ou mesmo de déspotas contemporâneos com o caso Bruno, o goleiro tão violento quando burro, aliás burríssimo.
Mas não se trata de ser ele apenas esses adjetivos colocados acima. Trata-se de uma síndrome configurada “do rei e de seu país, ou reino”. É isso o que afirmo mas apenas como exercício mental e imaginativo, nada abalizado nem cabal. Aqui abaixo vai toda a justificativa para tais idéias.
Por que ele mata uma mulher, ao invés de se curvar às evidências concretas e modernas dos direitos desta como mãe do filho natural do ex-goleiro? Mata ao invés de deixar a questão nas mãos de um advogado, com a incumbência de fazer o melhor acordo possível sobre pensão? Resposta: porque um rei não pode ser desafiado, humilhado e provocado por uma descartável amante com um filho bastardo. O rei é onipotente. Seguindo a linha de raciocínio, continuo. Por que, uma vez resolvido a matar a ex-amante, não teve a sagacidade nem a coragem de sozinho bolar um plano que pudesse, ao menos, apontar para morte acidental, qualquer que fosse (e aqui não falo de ética, de moral, mas da lógica). Um tipo de crime que acenasse para algo inconclusivo, sem cúmplices até, cabendo a ele Bruno, aí sim, talvez o benefício da dúvida? Por que envolver tanta gente? Resposta de novo: porque um rei tem um séquito, uma corte,tem lacaios, esposa e concubinas para fazerem para ele e por ele, o que lhes for mandado ou o que se mostrar necessário. Um soberano também tem carcereiros, torturadores e mesmo um carrasco oficial.
A morte da moça Eliza, se é que aconteceu como narrou o jovem menor de idade, foi uma execução pública, nos moldes de outra execução qualquer, inclusive com ritual, com cerimonial. Pessoas assistindo, as quais depois teriam se retirado no momento final, a pedido do carrasco. E o sítio era o território, a jurisdição de sua majestade, com um patíbulo colocado em alguma parte do mesmo.
Este rei acreditou na sua coroa e, portanto, na total impunidade. Como ele mesmo falou com a delegada do Deinter, por ocasião do seu primeiro depoimento, era o melhor goleiro do maior time de futebol e com torcida número um do mundo! Mas, e daí? Iludiu-se e foi traído por seus próprios delírios. Porém quantos outros déspotas e tiranos pequenos, médios e grandes espalhados por nosso país e pelo mundo não fazem o mesmo e mais, e pior, sem nenhum castigo nesta vida?
Eloah Margoni é Médica e Ambientalista
Daisy Costa
19 de novembro de 2012
Amar o poder…resume-se a vida desses infelizes…
Wagner Rodrigo
19 de novembro de 2012
mto bom, agora vamos ver se o rei consegue reinar sem dinheiro!
bianca
16 de junho de 2013
e legal gostei dessa historia isso e palhçada
kkkkkkk!!!