Você, para comprar o carro zero que atenda a sua necessidade, procura a marca, a concessionária da confiança, e espera em troca do dinheiro que vai investir, a sua satisfação.
Compra um carro com todos os itens indispensáveis de segurança e conforto e paga mais caro por isso, o que inclui pneus com roda de liga leve aro 16.
No ato da entrega das chaves o vendedor faz com o adquirente a costumeira conferência., abre o porta malas, mostra o estepe com roda comum, entrega uma bolsinha contendo o manual de instruções para uso adequado do veículo, e você assina um documento da conferência que fica na empresa, e sai todo feliz. É feita depois uma pesquisa pela montadora a respeito da satisfação com o veículo e com o atendimento da concessionária, bem como com relação às revisões.
No decorrer do uso, você tem a infelicidade de passar inesperadamente em buracos no asfalto, principalmente numa cidade ao desleixo da administração pública como Piracicaba, cidade conhecida por batedeira, liquidificador, tal a quantidade deles, lombadas fora da especificação estabelecida na forma da Lei nacional que as regulamenta, as calhas para escoamento de águas de chuva – diga-se, criminosas.
Aqui o filho de um agente do trânsito morreu numa lombada na frente do pai, que trabalhava para sinalizá-la logo após ser feita. Passou para ir ao trabalho não tinha nada. Quando passou de volta, no escurecer, estava lá a lombada ainda por ser sinalizada, que o arremessou contra uma árvore e morreu na frente do pai que ali, só ficou sabendo ser o próprio filho quando tirou o capacete.
Quanto aos buracos, nesta época de chuvas são muitos. Asfalto de má qualidade – aqui o asfalto ganho nas licitações, sempre foi da pior qualidade e mal feito. Novo, em meses fica deteriorado.
Provas? O leito e entorno da ponte José Luiz Guidotti, a emenda dos vãos da nova ponte inaugurada em 1º de agosto. É só andar pela cidade e ver o que de novo existe e o que de buracos e deformações tem, e por onde mais passar. Pior ainda se passa num deles e o pneu corta, faz bolha e coloca em risco a vida dos seus familiares e a sua própria, quando não estoura.
Sai à procura de pneu e não encontra em todas as lojas por causa da exclusividade da marca do carro. Entende? Coisa assim, como de monopólio. Daí o vendedor pega o estepe e vê que o aro é 15 e o pneu diferente do que aquele que o carro foi-lhe entregue. Inconcebível.
Você compra um carro com pneus de configuração de aro 16 – item de segurança máxima, e quando precisa lançar mão do estepe, o aro é 15 e o pneu menor e mais estreito.
Mesmo que seja para uso emergencial, o carro não vai ter a mesma estabilidade, o que coloca em risco a sua segurança. Se algo pior acontecer, vai se haver com a seguradora que certamente vai colocar empecilhos de toda ordem para impedir o pagamento do seguro porque na apuração, o veículo era usado com pneu fora da especificação.
O vendedor lhe diz: “vai ter que colocar dois pneus”. Eu quero só um porque vou usar o do estepe, assim fico com dois pneus novos na frente. Colocando dois, sobra um em ótimo estado que posso utilizá-lo como estepe depois. E colocando os dois de trás na frente, pode ser colocado um novo atrás e deixar o outro. “não dá, diz, porque o pneu é aro 16 e a roda do estepe é 15. De qualquer forma, sobra um pneu de aro 16 que não dá para ser usado e o estepe continua lá e o senhor perde um pneu, é.”
A mesma história é repetida na agência : “mas o senhor recebeu o manual e lá diz isso”. Sim, quando recebi o carro, quase um mês depois da compra e nela não me foi dito isso.
“ A Chevrolet também faz isso. Nos Estados Unidos da América a BMW nem estepe coloca no carro”. Olha: se um aqui faz isso e lá entregam sem, o problema é deles. E BMW é carro de magnata e eu não o sou.
Procurei uma concessionária confiável e quero a correspondência. O carro é um bem durável, na garantia. Outra, estamos no Brasil e não quero falar sobre os EUA.
“ O que senhor quer que eu faça?.”
Eu tenho um estepe no carro que eu não faço nada com ele. Está novo, zero. “É o fabricante que coloca”. Esse problema é entre esta loja e o fabricante.
O meu é com esta loja, quero que resolva. Comprei um carro com a configuração do pneu de aro 16 e recebi um estepe de 15 e não faço nada com ele. “Se eu der um pneu com aro 16 nem vai caber no espaço do estepe”. Problema entre a agência e a montadora. “Me dá um tempo para pensar e dou a resposta”.
Após ter comprado o carro, mais duas pessoas da minha família compraram carros até mais sofisticados, mais caros e com mais recursos. Não troco mais carro aqui e esse é mais um item de conferência na compra. Se for diferente, não compro.
Se recebo estepe com aro e pneu igual dos pneus do resto do carro como sempre foi, e se quiser jogá-lo no vaso sanitário, o problema é meu, mas eu quero igual, sem ser lesado por ninguém. Pago por isso.
Enfim, o problema foi solucionado de forma pouco recomendável com pneus usados e continuo com o estepe de aro 15, sem estar isento de pegar outro buraco e, a qualquer momento, ter outro pneu cortado e ficar novamente na mão.
Você por necessidade rodando com estepe diferente da configuração dos outros pneus, continua vulnerável a sofrer ou causar acidente, do qual a seguradora vai levantar os fatores que contribuíram para isso e, fatalmente, chegará na questão de que o veículo fôra utilizado com item em desacordo com a configuração do carro, e certamente dificultará o pagamento da cobertura do sinistro.
O alerta que faço, é que essa prática está virando normal entre as montadoras para fazer um lucro maior, até porque o preço do carro nunca diminui, muito pelo contrário. Ela é feita para aumentar o envio de divisas do Brasil para os países de origem: China, Alemanha, França, Coréia, Japão, etc.
Onde estão os responsáveis pelo respeito, fiscalização e cumprimento do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR? Ou os nossos legisladores protegem as montadoras e ferram o direito dos eleitores? Onde estamos.?
Isso é imoral, antiético no mínimo, um atentado contra a vida do cidadão e seus familiares e um estímulo para fraudes maiores e piores.
Daqui a pouco vamos receber carros com motores de plástico. Soube que os pneus de estepe agora serão entregues por montadoras coreanas para uso de até 100 km para serem descartados depois. E se tivermos necessidade, em viagens longas rodar com estepe por maior quilometragem?
Não pode ser verdade. Se for, ninguém está preocupado com a segurança e a vida do brasileiro, e os recalls, um engodo.
Em nome da segurança se fazem recalls de tantas coisas. E essa como fica?
Alô senhores responsáveis pelo Código de Defesa do Consumidor LEI Nº 8.078 DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
Agora sei que o meu deputado federal Antonio Carlos Mendes Thame faz parte de uma Organização Internacional contra a Corrupção e pela Transparência. E então deputado?
Como cidadão e seu eleitor, manifesto – e o senhor está por mim convocado para que coloque em votação na Câmara dos deputados a exigência de que os itens de segurança nos veículos jamais sejam piorados, e que essa distorção das montadoras seja de pronto corrigida e essa prática nunca permitida no Brasil.
Ou avançamos, ou entregamos e tornamos o país, estrangeiro.
Amadeu Provenzano Filho: Aposentado – Cidadão Prestante
Antonio
21 de fevereiro de 2013
Me perdoe pelas colocações que vou fazer porque possivelmente possa estar errado.
No post, é feita uma crítica às montadoras e seu modo de lucrar mas, pelo que está descrito, o problema não é com a montadora. Longe de mim colocar que estejam ou que ajam de forma correta, principalmente no que diz respeito à margem de lucro que aplicam sobre os veículos produzidos ou importados para venda no Brasil.
Neste caso específico me parece que o problema está na revenda e não com a montadora.
O veículo em questão é oferecido pela montadora com a opção pelos aros 15 ou 16?
Caso a resposta seja afirmativa, o problema está na agencia que lhe vendeu o veículo.
Explico, os veículos tem um preço base para o veículo comum e preços diferenciados quando são acrescentados acessórios ou são feitas modificações na configuração básica.
Claro, são feitos acréscimos correspondentes aos acessórios ou modificações e este será o preço para a revenda que a ele acrescenta seu lucro e repassa ao consumidor final, no caso quem publicou este post.
O que ocorre, em geral, é que a revenda oferece o veículo com as modificações solicitadas, acrescendo os valores ao preço de venda mas, pede à fábrica um veículo base que tem preço menor.
Recebe o veículo base e coloca em sua oficina os acessórios ou faz as modificações solicitadas e vendidas. Com isto aumenta sua margem de lucro sobre a venda pois os acessórios ou modificações custam à revenda, muito menos do que seria pago à montadora.
Caso a resposta seja negativa, a revenda novamente é responsável pelo problema pois a montadora não tendo no portifólio de fornecimento a possibilidade de troca do aro 15 para 16, assume o risco da modificação e para aumentar sua margem de lucro não substitue o estepe, mantendo aquele que foi recebido com o veículo.
Com resposta, afirmativa ou negativa, fica claro que as montadoras apesar de obterem lucros pornográficos sobre os veículos que comercializam neste caso estão isentas de críticas.
A responsabilidade é da revenda.
Roseli
12 de agosto de 2013
Boa tarde! Quais montadoras mais fazem isso? Os meu dois carros da Chevrolet estão com os estepes com configuração menor. Na Concessionária disseram que isto consta do manual da Montadora, mas ninguém alertou no momnento da venda. No Manual realmente consta que dependendo do veiculo eles podem alterar a configuração do estepe. Isso está certo? O Procon diz que não está certo, mas só fazem reclamação de pessoa física e os meus veículos são de empresa. Será que é por causa disso? Pois sabem que não podemos reclamar junto ao Procon, só
por meio judicial?