Responsabilidade. Por Sara Ceribeli

Posted on 19 de março de 2013 por

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Responsabilidade: s.f. Dever de arcar com o próprio comportamento ou com as ações de outrem.
Natureza ou condição do que é responsável.
Jurídico. Obrigação jurídica concluída a partir do desrespeito de algum direito, por uma ação contrária ao ordenamento jurídico.
Competência para se comportar de maneira sensata ou responsável. (Etm. responsável + idade)
Iniciar uma pequena reflexão á partir deste termo diz muito sobre o que se espera da união entre teoria e ação prática, entre a junção da ética com o comprometimento aos objetivos exigidos para se alcançar uma meta definida, seja esta de ordem individual ou coletiva. Contudo, a alienação da concretude material em que vivemos efetivamente distorce a polaridade teoria/prática; ética/comprometimento e traveste o sentido da responsabilidade em barganha comercial minoritária, perverte os ideais á qual servia transformando-a em clichê comercial beneficiando o reino do lucrativo leilão que perpassa a realidade valorizando o que se possui, se têm, se mantêm em condições adversas ao custo do sacrifício de outrem.
Indignação, cansaço, temor, discórdia, discrepância e divergências enfurecem um coletivo social que toma para a si a palavra de ordem e exige mudanças, exige a retomada de direitos esmigalhados que a história nos brindou por meio do sangue, da luta, do jogo de poder e do anonimato daqueles que nos doaram as tuas conquistas simplesmente porque agiram/viveram/ atuaram em pró de uma realidade diferente ainda que a vida lhes fosse curta suficiente para usufruir efetivamente dos frutos do próprio trabalho.
Entretanto, os obscuros caminhos da História teimam em comprovar que a apatia social reina apesar dos valiosos tributos em sangue cobrados, a apatia social retoma novamente teu posto ao flertar com pensamentos reacionários imbuídos de pseudo-democracia em tom salvador, em tom diplomático-moderador de quem age cautelosamente em função do bem maior. E aí encontramos o perigo de fato! Nos deparamos novamente com o perigo do comodismo e da crítica estéril ao confiar que poderão fazer por nós aquilo que não fazemos, que poderão nos dar exemplo daquilo que nem mesmo nos tornamos e nos cobramos a ser; não com grandes atitudes mas sobretudo nas pequenas pois, bem diz o ditado “o diabo mora nos detalhes” e nos detalhes e nas formas que observamos a nossa própria traição moral/individual/social e coletiva! […]
Sara Ceribeli é formada em Relações Internacionais e ativista de movimentos sociais.