As estimativas falam em uma cifra de 12 a 20 mil pessoas nas ruas em Piracicaba – SP, na noite de 20 de junho de 2013. Eu era uma delas.
Cheguei ao Terminal Central de Ônibus as 16:50 hrs. Antes disso havia me encontrado com um grupo de alunos da EEP, mas como eles ainda esperavam algumas faixas e, confesso, eu estava ansioso, acabei caminhando sozinho até o ponto de início do protesto. No caminho, um grupo de garotas saídas de uma escola técnica. Todas jovens e de origem visivelmente humilde. Estavam animadas e levavam um abaixo assinado contra o aumento dos ônibus.
Na “contramão” uma senhora passa por mim resmungando que depois de um dia de trabalho tinha que tomar o ônibus em outro lugar. Posso entender. Para ela que talvez já tenha visto outras manifestações e, quem sabe, até participado de alguma, nada vai mudar e interessa mais chegar logo em casa e descansar, já que ninguém sente o cansaço dela. E ela pode ter razão. Pode ser que nada mude mesmo, mas pode ser que mude… Quem sabe?
Perto do Terminal, na verdade atrás dele, encontro alguns ex alunos da GM. Policiais da Guarda Municipal de Piracicaba para quem eu leciono Cidadania, Ética e Direitos Humanos desde 2008. Cumprimentam-me alegres e eu brinco, pergunto se vão me bater mais tarde. Em referência ao meu artigo anterior (Porque vou para as ruas nesta quinta feira) um deles devolve a brincadeira: ”mas o senhor disse que se a gente jogar gás, não vai ficar chateado”. Outro me diz: “professor, lembra eles aí que a gente tem direito 30% de abono de periculosidade e a prefeitura não nos paga”.
Na praça do terminal, pessoas chegando e outras já gritando e levantando cartazes. Começam outros encontros. Alunos, alunas, amigos, conhecidos. Um grupo de alunos tem um cartaz e canetas. Peço um e uma delas escreve a frase que dito (minha letra é horrível), “Por 30% de periculosidade para a GM”. Não, não foi “puxasaquismo”, foi coerência. Eles têm este direito e lhes é negado. E é o meu dinheiro de impostos que esta sendo usado para construção de passarelas inúteis sobre o Rio Piracicaba. Se quero segurança, se quero uma polícia cidadã e não uma polícia opressora, eles tem que ser pagos de maneira justa. Assim, eu que não levara cartazes por não saber o que das muitas coisas que gostaria iria escrever, acabei com este nas mãos.
A minha volta estava a beleza. Jovens, muitos jovens. Alguns quase crianças, outros com skates e tatuagens. Jovens da periferia, de classe média e até alguns bem melhor vestidos. Mas a beleza não estava na sua juventude e sim na sua alegria. Eles nunca haviam visto uma manifestação destas. Não imaginavam viver isso. Estavam em festa, eufóricos. Gritavam que o “Brasil Acordou” e que o poder é do povo. Nos cartazes, não a PEC 37, não a corrupção, não ao aumento de tarifas dos ônibus (que aqui é mais cara do que em São Paulo) e outras, muitas outras palavras de ordem. Não vi nenhuma com a qual não concordasse.
O deslocamento começa e eu, distraído, acabo separado da multidão por uma grade de aço que tenho que pular, para a alegria da garotada que gritava “vem pra cá, tio” ou “não vai cair, tio”.
Seguimos a avenida Armando Salles até a ponte do Mirante. Só então eu começo a tomar consciência do enorme número de pessoas. Não consigo ver nem o início e nem o final. Ao longo da avenida, carros ficam ilhados entre a multidão, mas não há agressões. Muitos buzinam em apoio, outros fotografam e alguns acenam e sorriem. Da parte dos manifestantes a mesma coisa. Pelo menos no trecho que estive, ninguém ofendeu os motoristas ou tocou nos carros. Acima um helicóptero da polícia militar estrondeia e a volta as palavras de ordem se alternam. Alguns xingam o prefeito, mas a maioria grita pelo rebaixamento da tarifa de ônibus ou canta coisas como “sou brasileiro com muito orgulho…”. Claro, alguns brincam. Ao meu lado, em um determinado momento, uma garota pré adolescente grita “Ferrato (o prefeito), quero um Nike!” e depois ri. Mas tenho certeza de que ela quer mesmo um Nike. O condicionamento da sociedade de hiper consumo não vai sumir assim tão fácil.
Atravessamos a ponte nova e subimos até a Igreja Matriz da Vila Rezende. Ali a primeira cena desagradável. Alguns jovens arrancam duas mudas de árvore e as carregam como estandartes. A passeata segue e dobra a rua de volta pela ponte antiga. O trajeto entre a o meio da ponte nova e o meio da ponte velha deve ter uns mil e quinhentos metros, e ainda havia gente cruzando a nova. Era o final da passeata que eu finalmente conseguia ver. Acabo por perto dos jovens que carregavam as mudas/estandartes e, num impulso de irritação, grito-lhes que joguem fora as mudas, que seríamos chamados de vândalos por aquilo. Falei e esperei algum xingamento, mas para minha surpresa, eles jogaram fora.
No final da ponte velha, minha primeira apreensão. Cruzam comigo alguns garotos e garotas. Bem novos, mas com os rostos cobertos por lenços e carregando dois pneus velhos, uma caixa de papelão e sacos de folhas secas. Tentei segui-los, mas desapareceram na rua que se afunila. Um carro de som começa a tocar Raul Seixas e, depois, outras musicas. A multidão delira e canta junto. Eu também delirei. Depois é o hino nacional, cuja parte que diz que “um filho teu não foge a luta” tinha o tom elevado. Nas ruas agora menores, os moradores saem para as calçadas. Fotografam, aplaudem e, em alguns prédios luzes se acendem e apagam em apoio.
Resolvo me adiantar. Quero ver o começo da passeata e, com isso, chego à Câmara dos Vereadores junto com outros manifestantes. Na frente do prédio a Guarda Municipal com escudos e cassetetes. Foi aí que começou a tensão. Pelo menos foi aí que começou para mim. Manifestantes mais jovens correm, pulam o jardim e se postam diante dos guardas. A maioria vestia bermudas, camisetas simples e muitos as tinham cobrindo o rosto. Vi perfeitamente quando duas bombas juninas foram atiradas da multidão contra os policiais.
Por efeito da adrenalina, cometi uma imprudência. Nem sei como, mas entrei no meio. Fiquei entre os manifestantes, de frente para eles e de costas para os policiais. Pedi calma e argumentei. Disse que estávamos “ganhando” e que se eles atirassem pedras e atacassem os policiais ou o prédio, nós “perderíamos”. Mas aqueles manifestantes queriam sim o confronto. Um deles, forte como um touro, de cabeça raspada e olhos alucinados, gritava comigo. Com o dedo em meu rosto, dizia que ele não tinha emprego e eu sim; que ele andava de ônibus e eu de carro. Ao seu lado, um homem também forte, mas já grisalho, colocava o dedo perto do capacete do policial e dizia que, se a polícia atirasse mais uma bomba, ira haver confusão. Eu disse a ele que não haviam sido os policiais, mas os manifestantes que atiraram as bombas. Ele se desconcertou, mas o “jovem touro” continuava a berrar comigo. Percebi então que ele achava que eu era um policial e gritei: “não sou ‘polícia’, estou com vocês, e se você for preso, sua situação vai piorar”. Um garoto magrinho, moreninho ao lado do “touro” disse: “Se o senhor não é polícia, está virado para o lado errado”. Respondi que não, que não estava e que não adiantava ser preso ou ferido. O garoto abaixou os olhos e concordou e o touro desviou também os dele. Mas atrás, outro magrinho, com o rosto coberto, empurrou um garoto contra mim, na típica manobra para começar uma briga alheia. Fui salvo por um grupo de manifestantes que, chegando, começou a gritar “sem violência”. Outro grupo surgiu, não sei de onde, e também se postou de costas para os policiais, de frente para os exaltados e desdobrou uma faixa. Nem consegui ler a faixa e não sei quem eram, mas sua presença e os gritos de “sem violência” esfriaram os ânimos. A passeata passava ao nosso lado, seguindo para a praça e o pessoal que estava atrás dos violentos começou a segui-la. O espaço foi-se abrindo e a situação relaxou um pouco, mas não sem antes um ovo atingir um policial.
Comecei a sentir o cansaço da tensão e resolvi sair dali. Fui em direção à praça, mas já havia perdido o ânimo. Encontrei duas alunas felizes, eufóricas que me abraçaram e disseram que nunca haviam visto uma coisa tão bonita como aquela manifestação. Concordei e não tive coragem de dizer a elas que tomassem cuidado. Na praça, alguns corriam e ouvi de longe novamente os gritos de “sem violência” enquanto a passeata seguia em direção ao terminal. Desanimado e ainda tenso, resolvi voltar para casa. Aqui soube que no Terminal começou um confronto direto. Alguns amigos me relataram que “crianças” jogaram pedras na polícia. Soube que houve tiros de balas de borracha e depredações, inclusive em lojas. Depois do que vi na frente da Câmara, não fiquei espantado, fiquei triste. Não posso fazer uma análise racional agora. Estou escrevendo no calor dos acontecimentos. Não sei o que vai acontecer, mas não me sai da mente a imagem do jovem “touro” que me disse a verdade, que eu tinha emprego e carro e ele não. Não me sai da mente o moreninho magrinho que disse que eu estava voltado para o lado errado. Não me sai da mente, de um lado, a alegria de muitos que viam uma manifestação popular de peso pela primeira vez na sua vida e, de outro lado, a revolta dos jovens pobres buscando algo para descarregar sua fúria.

O cartaz que Gabriela Feliciano desenhou para mim e que carreguei. Foto de Juliana Machado Amstalden
um amigo
21 de junho de 2013
Olha meu caro. Venho por meio desta dizer que nao tenho nada contra nem a favor de passeatas e protestos. Pra mim quem nao deve nao esconde o rosto. Quem e homem e tem brio nao se esconde em meio a multidoes para fazer baderna. Assim como em torcidas organizadas que usam da massa para amedrontar. No meu entender quando acontece estes enfrentamentos por vandalos e baderneiros e muito facil para separa-los dos de bem, basta quem quer paz se afastar ou sentar no chao. Consequentemente quem continuar com a arruaca ficara em pe e sera facilmente identificado. E as pessoas como vc disse… Trabalharam o dia todo moram longe e nao podem ir embora pra casa descansar fazer janta pros filhos ou muitas vezes vao para um outro trabalho… Estas pessoas ficam sim com raiva ate e com todo direito. O que
Mariana Motta
21 de junho de 2013
Luis, fui sua aluna ano passado no poliedro daqui de pira, na turma med, gostei mto da manifestação, claro que de onde eu fiquei e o tempo que fiquei não vi todos esses problemas.
Recebi um link sobre ALGO ESTRANHO que algumas pessoas estão percebendo, ou criando, realmente não sei, é um texto longo e talvez fosse interessante ver essa mensagem, você, muuuuito mais entendido do que eu talvez possa esclarecer se realmente tem algo estranho ou se essa pessoa está muito errada. Se tiver algum interesse, e puder me ajudar a entender se realmente tem algo MAIS SERIO acontecendo, ou sua opinião sobre isso eu serei muito grata!! segue o link: https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a
Obrigada.
Um sonhador
21 de junho de 2013
Isso nunca vai sair da sua cabeça, é o empasse que desencadeia os problemas, os problemas de hoje são gerados nas diferenças, seja qualquer uma delas, claro que você por seu conhecimento abrangente tem vista da maioria delas e de como elas afetam o cotidiano e modo de pensar de cada um desses participantes do movimento.
espero que a revolta passe e que conseguiremos aquilo que é direito de todo cidadão, jovem, velho, aluno, professor, policial, povo brasileiro como um todo.
luto pelo fim da diferença, por uma politica mais limpa, transparência nos investimentos públicos, o basta a leis que praticamente são autorizações de roubo, e por educação, um jovem sem acesso a educação tem poucas outras maneiras de lutar, a não ser com o corpo e alma, esta cansada de apanhar, de quem sofreu a maior parte da vida e porque não toda ela, fantasiando oque a mídia maior nos oferece: futebol, bbb e novela.
Daisy Costa
21 de junho de 2013
Uma bela festa! Estamos acordando e encarando que as rédeas estão em nossas mãos! Quando o povo quer, faz acontecer, tudo conspira a favor da verdade.
Camilo Irineu Quartarollo
21 de junho de 2013
Não é por nada não, mas estão querendo
tirar o objetivo do protesto, dizer que é a favor da nação, contra isso e aquilo que também esta errado, mas o objetivo claro é contra as tarifas escorchantes daqui mesmo, ou 3,40, numa cidade como Piracicaba é normal?
um cidadão
21 de junho de 2013
Prezado… Se o “Touro” estava bravo por ele não ter nada… imagine eu que lutei desde pequeno, trabalhei desde os 12anos e pago impostos e não tenho direito a nenhuma bolsa do governo e muito menos serviços de qualidades?
Nem por isso desejo agredir um policial, pois ele esta lá fazendo sua função, se ele não protegesse o patrimônio público ele seria um péssimo funcionário…
Também não depredo e nem roubo nada, pois aprendi em casa (Família) a respeitar e sei o quanto é difícil comprar e consertar.
Acredito que o protesto da maioria seja pela indignação pelos impostos, corrupções e pela péssima qualidade dos serviços essenciais ( segurança, educação, saúde, transporte…) ofertado.
Obs.: vários amigos deixaram de comparecer por medo das ações dos delinquentes.
Anônimo
21 de junho de 2013
Quero te disser que me emocionei com seu texto e acredito que estamos todos com a emoção a flor da pele por conta de ter perdido nosso ultimo gole de esperança,estamos todos com falta, ou de emprego,ou de saúde , ou de educação , ou pior de dignidade, então isso não é apenas prioridade dos rapazes que te abordaram, o povo esta nas ruas para desabafar uma falta imensa de TUDO , acredito que nem sabemos direito onde tudo isso vai dar ,mais temos que desabafarrrrr. Parabéns pelo texto e pela emoção
joelma
21 de junho de 2013
Valeu por lembrar da periculosidade para os Guardas Civis!!!!! tb fui sua aluma na GM em 2008 abraço
oswaldir junior
21 de junho de 2013
O câncer do Brasil ainda está longe de acabar. Mas pelo menos começou a ser combatido. Não é por 0,20 centavos, é muito mais, e isso me orgulha profundamente. O povo brasileiro acordou, e o início de uma revolução pacífica está pronta para começar.
Mas precisamos lembrar que apenas passeatas e principalmente a violência para revogar leis não vão mudar a história do nosso país. Lutamos para derrubar Collor por corrupção, ele caiu, mas a corrupção continuou. Isso porque o câncer não é apenas em uma ou duas pessoas, mas sim em um sistema inteiro pensado, votado e aprovado pelos parlamentares individualistas e egoístas que usam nosso voto para arrumar cargos para parentes e ganhar dinheiro fácil.
Preciso deixar claro, que não sou um advogado, ou alguém que entende das leis do congresso, sei muito pouco sobre politica, o que tenho são ideias que realmente nem sei se podem ser executadas.
Minha proposta.
Precisamos dar um golpe de popular de estado, e usar o próprio sistema a nosso favor.
Vamos organizar um partido popular, escolher os mais de 500 deputados, senadores, governadores e presidente, votar apenas neles. (de preferencia, não escolher nenhum que já foi eleito antes). A proposta do partido será em primeiro lugar, abdicar dos salários abusivos que os deputados ganham. Abdicar de todos os assessores e regalias desnecessárias que o governo permite, e fazer com que isso se torne lei para que nunca mais precisemos gastar nosso dinheiro com esse tipo de coisa. Com o povo no poder podemos revisar todos os custos, ver o quanto já fomos roubados, e mudar a história do nosso país de uma vez por todas.
Vamos usar esse movimento ao nosso favor. Temos um ano para nos organizar, até as eleições de 2014.
Não adianta cobrarmos de quem não fez nada por nós até hoje, pois eles vão continuar não fazendo. Nós precisamos subir ao poder e mudar tudo o que precisamos mudar.
Compartilhem.
Antonio Carlos Danelon
21 de junho de 2013
Participei dea passeata até a Praça. Foi emocionante. Poderia ter sido melhor aproveitada para conscientizar as pessoas, e assim teríamos mais que um desabafo. Preocupa-me a o foco maior da imprensa voltado para uma minoria de marginais e marginalizados que se aprevitaram da situação para roubar ou descarregar sua frustração. Eles não fazem História, por isso não merecem foco. Contudo são filhos da nação e seu gesto também diz algo que precisa ser ouvido. São produtos do nosso sistema social. Porém vandalismo maior fizeram os vereadores que aumentaram seus salários de forma acintosa. Por que fecharam a Câmara se quem não deve não teme?Onde estavam os poderosos Joãos Manoéis, os sarcásticos Longattos, os zés luizes, as mácias, os aryzinhos, os capitãos, os andrés bandeiras, etc. cheios de expulsar gente das seções e chamar quem protesta de baderneiros e drogados? Estavam escondidos. Se nossas instituições precisarem do patriotismo dessa gente, estemos perdidos porque eles pensam neles. Em vez de atenderem o povo deram no pé. Coisa de covarde. Os filhos deles estavam nas manifestações? Vandalismo fez o ‘maior prefeito de Piracaba’, que no apagar das luzes de seu draconiano mandato, deixou de presente uma aumeto de passagem ilegal e injusto. Esse foi seu pé-na-bunda do povo e de sobremesa deixou um pusilânime como herdeiro. Um almofada que sabe nada da dura realidade do povo. Esses sim são badeineiros do bem estar do povo. Subvertores da ordem. Ordem que só se consegue com justiça social. Esses dois senhores deram todo apoio ao automóvel, ao condomínio fechado, aos empresários, ao capital internacional e aos empreiteiros. O principe herdeiro tem canela de vidro e sua gestão será uma catástrofe porque não tem ginga e nem tino de estadista. Se tivesse teria contornado toda essa situação. Piracicaba precisa de gente muito mais inteligente e sensível no seu comando.
Eduardo Stella
21 de junho de 2013
Totó … impecável …
Luís Ferrari seu ex aluno EEP C. Comp.
21 de junho de 2013
Prof. acho que é vc no G1 olha http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/fotos/2013/06/confira-novas-imagens-do-protesto-em-piracicaba.html#F848657
Victor Mandi
22 de junho de 2013
Professor.
Seguindo a mesma linha do discurso “vc tem trabalho eu não, vc tem carro eu não” relato oq um amigo me contou quando, no protesto em São Paulo, tentou acalmar os ânimos de um manifestante que xingava e atirava pedras em policiais (possivelmente vandalizava espaços públicos ou privados).
Este meu amigo foi argumentar que com violência as manifestações saem perdendo e perguntou pq daquilo tudo. Este manifestante respondeu: “Esses filhos da puta (PMs) mataram meu pai, bateram em mim, destruíram e queimaram minha casa e de todo mundo…. VC TAVA EM PINHEIRINHO gritando “sem violência” seu bosta?”
Se este relato serviu para REFLETIR (não justificar) e interessou sugiro ler o texto abaixo:
http://revistasamuel.uol.com.br/blogs/agora/ataques-a-prefeitura-um-relato-diferente-sobre-a-violencia/
Victor Mandi
22 de junho de 2013
Mariana Motta, o texto que vc passou é muito interessante mesmo.
Neste momento que estamos passando, tão importante quanto ir as ruas (se não mais), é refletir ao máximo a todo o momento e se informar muito. Se vc ficou intrigada com o texto da Marília, sugiro e peço (a todos) a leitura deste outro texto:
http://papodehomem.com.br/corrupcao/
Carla Betta
22 de junho de 2013
Relato sensível e emocionante sobre uma população desagradada e descontente, que se sente motivada a se manifestar pelos fatos coletivos anteriormente acontecidos e que nos revela: somos o Brasil. Mas, me preocupo com o rumo que os acontecimentos tomarão. Ainda não sentei para escrever por absoluta falta de tempo, mas também por uma sensação de que “alguma coisa está fora de ordem” e que tem algo no ar que eu não estou percebendo. Este texto serve a mim para colorir um quadro ainda mal desenhado em minha cabeça. Obrigada, Amstalden!