Saio do trabalho às 16h30min, mas devido a um tremendo mau planejamento das rotas dos ônibus de Piracicaba, consegui chegar ao protesto somente as 17:30, e o Gigante já estava nas ruas!
CAUSA:
Aos 13 anos de idade vi os protestos que levaram o impeachment de Collor e com isso cresci acreditando que o povo, se desejasse, teria pleno poder sobre o governo. Naquela ocasião, o grito nacional era apenas um, mas as causas sempre foram muitas. Aos gritos de Fora Collor, estavam embutidos os gritos de queremos educação, queremos melhores escolas, queremos melhores condições, queremos empregos. Os atuais protestos têm uma característica diferente, hoje gritamos por várias demandas, por várias urgências, mas não são só as macros que estão sendo solicitadas, temos as locais e essas não devem ser esquecidas. Ontem, essencialmente, a população pedia para que as tarifas baixassem, a verdade é que o transporte público em Piracicaba (eu sou um usuário regular) é caótico, diversas vezes já fiquei nos pontos esperando o ônibus que passa lotado e não para, faço referência aqui ao Sônia e ao Perimetral que são os que uso com frequência, além do preço abusivo, temos que sofrer a espera em pontos que não acolhem da chuva e nem do sol, quando muito tem uma base de lata, mas o próximo a minha casa tem a apenas uma bola pintada de amarelo no chão. Isso agravado a trajetos ruins que não facilitam em nada a vida de quem precisa ir a mais de um lugar.
Reconheço e compartilho o pedido de outras causas, educação, saúde e segurança e todas as demais carências de uma sociedade penalizada pelo abandono dos governantes. Enquanto os nossos governantes recebem verdadeiras fortunas se comparadas ao salário da maioria da população, temos que engolir, goela abaixo, o descaso aplicado sobre as causas sociais e urgentes.
A luta pela qual fomos às ruas não é só pelo transporte, não mesmo, mas vejo urgência que essa seja atendida para que a população seja menos explorada. Enquanto o governo sabe, muito bem, que o transporte público deveria ser livre, para que a população se apropriasse da cidade. O transporte é o meio que leva os trabalhadores a produzirem riquezas, por que mesmo tem que ser tão caro? Por que mesmo tem que, sequer, ser pago?
Embora sejam muitas as causas, mas hoje temos que negociar essa, a qual o Prefeito se recusa a revisar.
A LUTA:
O Reaja de Piracicaba e o Pula Catraca começaram o movimento que pede a redução do preço da tarifa do “busão” muito antes de qualquer movimento ser televisionado, e manifestos começarem. Essa luta é de toda a população, os que usam carros sabem como o trânsito em Piracicaba está complicado, e como é difícil andar pelas ruas seja a pé, seja de ônibus, seja de carro.
A luta é de todos!
O PROTESTO:
A onda de protesto que surgiu em todo o Brasil, chamada de “o Gigante acordou” renovou o espírito dos Piracicabanos que foram as ruas ontem.
Ao chegar ao terminal central, após o atraso devido à necessidade de pegar dois ônibus, vi o número de pessoas e uma felicidade súbita tomou conta de mim, era um fenômeno novo, feito por uma juventude diferente da que viveu o impeachment de Collor, diferente em interesses, em pensamento e atitudes, mas não diferente em causas, ouvi os mesmo gritos sobre educação, segurança, trabalho, fome, corrupção. Isso é triste, porque ainda vivemos em um país onde a maioria dos governantes esqueceu-se do povo!
As ruas foram tomadas e os hinos eram lindos, eram emocionantes, contive minhas lágrimas, mas não contive meus arrepios.
A ponte com elevador foi tomada! Aquela identificada com uma placa ADM 2009 -2012.
Até esse momento vi muita alegria, muito sorriso e bastante civismo, mas a partir desse ponto vi pela primeira vez o perigo, dois rapazes descendo a rua com pneus, máscaras (camisetas) e sacos de folhas, eles foram até uma árvore milenar, próxima a biblioteca municipal. Um dos carros tocava a música “Sociedade Alternativa” de Raul Seixas, vi pessoas falarem com os rapazes, mas não os vi acender o primeiro fósforo.
Chegamos à casa de lei, e lá já existia um confronto, pessoas gritavam, e alguém jogou uma bomba (tipo de são João) e percebi que os policiais ficaram agitados, muitos faziam pressão, e vendo a cena, até entendi porque os vereadores se acovardaram e saíram da câmara cinco horas antes do evento acontecer. Nessa hora começamos um grito de “sem violência”, era ecoado forte e tomando proporções de todo o movimento, os ânimos acalmaram ao redor da casa de lei, mas ao meu lado dois mascarados gritavam apenas a parte do “violência”, notando que algo estava acontecendo, juntei-me ao grupo que dispensava a multidão, pedido para que fossemos todos a praça central. Aparentemente o confronto estava sendo diluído, e todos voltavam a sorrir e a vibrar, imaginei que essa era à hora de cantar o hino nacional, decidi por ir para casa sem o hino, pois esse não saía e o grupo na praça só aumentava.
Chegando ao terminal central, aguardei por volta de 15 minutos pelo Sônia e nesse momento ocorreu o inesperado, o terminal foi tomado pelas pessoas e em volta muitos gritos de “Que coincidência, sem policia não tem violência”, preciso, por uma questão de tranquilidade de consciência, dizer que não vi atitudes opressoras por parte dos policiais, não na parte de dentro onde eu estava, soube depois a respeito das balas de borracha.
O Terminal teve suas portas fechadas e seu espaço foi invadido por carros das diversas frotas existentes, homens fortemente armados desceram dos carros e a população, reduzida, lá de dentro entrou em pânico.
Nessa hora fiz contato externo, e comecei um diálogo com Amstalden e outros que estavam on no facebook.
Os arredores do terminal foram tomados, e a população dava ordem para sairmos de dentro do galpão, mas nessa hora os portões já estavam fechados e as saídas bloqueadas por ônibus e policiais.
Dentro estavam em sua maioria mulheres, mas tinha um homem com um bebê, e uma grávida, minha atenção foi voltada para eles, uma vez que de fora eram lançadas bombas (tipo são João) e pedras (tipo aquelas portuguesas para calçadas). Claramente, o confronto havia começado. O barulho lá fora, eu imaginava o que era, mas não posso relatar além de minhas suspeitas, pareciam tiros e nas portas eram lançadas pedras.
O pânico nessa hora foi completo entre os usuários do terminal, principalmente porque ninguém nos informava o que deveríamos fazer.
Os ônibus começaram a sair, e nós permanecíamos lá dentro, fui até um motorista e perguntei para onde ele ia, fui informado que era para uma garagem, falei para a população que estava próxima de mim para entrarmos no ônibus, houve resistência do motorista, ele dizia não poder deixar entrar.
A negociação demorou minutos e conseguimos entrar no ônibus.
Esse saiu por trás, onde a população já diminuía a concentração, localizando-se na frente do terminal.
O nosso ônibus passou a margem da movimentação, mas fomos atacados com alguns chutes. Pude ver no meio da multidão, outros ônibus e uma grande agitação e fogo, não consegui identificar o que ocorria, pois tentava manter a calma das pessoas que estavam comigo.
Ao sairmos de lá, senti a perda do meu orgulho, senti um pouco de vergonha tomando conta de mim e abatido desanimei. Mas, fui retomado pelo orgulho, estávamos fazendo história.
Ao chegar à minha casa, soube da depredação nas ruas e lojas, através da internet.
OS DESORDEIROS:
Entendo que o movimento representava a grande insatisfação de todos os brasileiros e todas as brasileiras, e que, a exemplo do mundo todo, não existe protesto sem confronto, mas o de Piracicaba estava muito lindo e não merecia os últimos acontecimentos. Precisamos resgatar a culpa dos fatos, a verdade é que o número de jovens revoltosos era um número bem pequeno, mas não posso culpá-lo, eu mesmo já tive muita vontade de sair quebrando tudo diante tanta injustiça que vejo, mas também não posso apoiá-los, pois acredito que essa causa também é contra a violência e que os fardados também são vítimas.
Existiram os oportunistas, os que saquearam as lojas e depredaram patrimônios públicos e particulares, esses são, sem dúvidas, uma responsabilidade da polícia, que durante todo o trajeto não se fez presente, apenas protegendo o santo patrimônio do terminal central. Oportunistas, como esses saqueadores, estão presentes em todos os protestos que ocorrem Brasil a fora, mas a minha pergunta aqui é: São eles os únicos culpados?
O sistema de governo que vivemos marginaliza, há anos, uma parcela muito grande da população, a educação, a única ferramenta capaz de transformar, é sucateada, sem falar no sistema de educação continuada que é uma piada.
Esses “vândalos” são reflexos de uma sociedade doente, de um povo esquecido e de um momento histórico ao qual temos que rever o valor que, efetivamente, existe entre os bens e os humanos. Um governo que faça pelo social é disso que precisamos, precisamos desses jovens “vândalos” de volta para a nossa sociedade, pois essa energia que eles detêm deve ser usada para o bem do nosso país.
Eu não acredito que somos degradados filhos de Eva, acho sim que fomos esquecidos e enlatados no sistema, acredito que esse momento serviu para mostrar que temos uma juventude revoltada, que temos uma juventude abandonada, marginalizada, carente de educação, de conhecimento crítico e esperança nos nossos governantes.
O ataque as lojas, só mostra o desejo de consumo que esse sistema inseriu em nossa sociedade, e que é mais culpa de um todo do que do individual!
Precisamos lutar por igualdades, por equidades.
Transformar esse país em nação, e recuperarmos esses jovens.
O patrimônio não pode valer mais do que o humano, do que a necessidade que temos de saúde, educação e dignidade.
Não é possível se sentir digno quando se tem fome, quando se vê na TV pessoas repletas de luxo e seus filhos doentes em salas lotadas de hospitais.
Vejo sim uma mancha de sangue em cada um dos protestos, mas vejo muita coisa acontecendo, estamos trazendo o jovem para o interesse político, para a vontade de se viver no Brasil, resgatando as palavras de nossa bandeira, “Ordem e Progresso”, resgatando a nossa dignidade.
A causa é válida, a luta é de todos e todas e o Brasil é do povo e para o povo!
Não vamos mais aceitar uma falsa democracia, esmolas para a população, escolas sucateadas, professores redentores do sistema apenas com giz na mão e barrigas vazias, famílias vivendo abaixo da linha da pobreza e jovens sendo entregues ao tráfico e as drogas.
NÃO! Esse é o grito de ordem, não queremos mais ser representado por partidos, mas sim por pessoas que fazem pelo povo e para o povo.
Evoco a força do povo, a esperança do jovem a experiência dos velhos e o conhecimento de quem teve oportunidade de educação, para lutarmos juntos, e para acalmarmos os ânimos de quem foi tão vítima do sistema quanto eu e você.
Evandro Mangueira é Funcionário Público, Escritor e Colunista deste Blog.
Vinícius Formaggio
22 de junho de 2013
Muito bom Evandro !!! falou tudo…
Carla Betta
22 de junho de 2013
Relato espetacular e comentários inteligentes e inteligíveis! Mas, me preocupo com o rumo que os acontecimentos tomarão. Ainda não sentei para escrever por absoluta falta de tempo, mas também por uma sensação de que “alguma coisa está fora de ordem” e que tem algo no ar que eu não estou percebendo. Grata, Evandro, suas colocações muito me enriquecem. Seus textos têm sido agradáveis surpresas.
Evandro Mangueira
22 de junho de 2013
Carla, tive uma bela discussão sobre os acontecimentos obscuros por trás de tudo isso, com uma amiga que está nos EUA nesse exato momento, pedi a ela para transpor o seu pensamento aqui, em forma de comentário, talvez te ajude (nos ajude) bastante. Espero que ela o faça, pois será enriquecedor.
Evandro Mangueira
22 de junho de 2013
A tempo, devo informar que acalmar os ânimos, não quer dizer diminuir a luta, os protesto e muito menos, se necessário, atos mais violentos. Quando digo acalmar os ânimos dos “vândalos”, digo direcionarmos a energia deles para a luta, para o manifesto e não para depredação gratuita e perigosa para eles mesmo. Mas não devemos fugir a luta, jamais, se for inevitável o confronto, não serei eu o contra.
Ligia
22 de junho de 2013
Querido, como conversamos aí vai meu parecer. Aviso a todos que venho com muita humildade expo-lo e que meu tom é brando, desejoso por dialogo e troca.
Evandro,
Eu ja não acredito que estas manifestações me representam.
Lhe digo que tenho medo! Muito medo! E esclareço que sigo receosa com os resultados catastróficos que esse movimento despolitizado possa causar. E com o despolitizado me refiro a falta de consciência histórica e política de seus integrantes. Essas pessoas não se deram conta que o slogan que defendem (‘ O gigante acordou’) é o mesmo que foi usado na Marcha da Família, que foi um movimento católico conservador de direita que antecedeu ao golpe militar, exatamente por falta dessa mesma consciência política.
Eu acredito que devemos ter reivindicações claras e que possam de fato ser executadas.
Eu prefiro a democracia a ditadura e acredito que os partidos devam existir, bem como devem levantar suas bandeiras, assim como todos os demais movimentos sociais.
Eu não quero fazer parte dessa marcha que preza pela moral e pelos bons costumes. Não acredito nessa paz moralista que preza pela integridade e defesa do patrimônio público e privado, mas que agride o ser o humano todo dia, toda hora. Que permite que as classes populares sejam massacradas pela policia enquanto todo mundo dorme. E que assim alimenta e solidifica a desigualdade e a discriminação social.
Eu nao sou a favor do autoritarismo. Não peço para ninguém abaixar suas bandeiras e não queimo os ideais alheios (e isso também é violência!). E entre seguir um grupo de ‘Anonymous’ e seguir um partido com plano político e história pública, não hesito em escolher o segundo.
Pelos muitos vídeos e relatos que acompanhei da manifestação de Piracicaba tiro a seguinte conclusão: era carnaval! Pq pra mim andar na rua entoando musicas como a da propaganda da FIAT (que vem manchada com o sangue de tribos indígenas e tantos de tantos outros para a construção de estádios e da copa) numa cidade fantasma ( pq os prédios comerciais e instituições políticas como a Câmara dos Vereadores estavam vazios!) pra mim é desfile e não luta.
A luta não é bonita como todo mundo diz, o nome é auto-explicativo. Ela
é dura, é difícil e é sim truculenta. Precisa incomodar e precisa ser vista pra ter efeito!
Não condeno ou apoio a Inquisição que estão fazendo com as pessoas q saquearam as lojas do comércio. Essa gente é estuprada todo os dias de inúmeras e diferentes maneiras. E dai quando eles reagem vcs os condenam?? (A prova de que vcs são menos explorado que eles reside no fato de não o terem o feito!)
Eu não acredito no sistema militar brasileiro, a nossa segurança tb precisa de reforma. E por isso não vou compactuar com a ação da PM quando ela tiver que dispersar os mais variados conflitos, sejam em manifestações, seja na favela.
Nao quero usar uma ferramenta como a internet pra ficar discutindo que cor de camiseta deve-se usar numa manifestação. Se vamos pensar em manifestação, vamos discutir política e não vestuário. Vamos estudar, compartilhar, se conscientizar e construir algo real. Pq o utópico é bonito, mas não eficaz!
E por fim, esse nacionalismo não é meu! O nosso hino nacional é uma composição monárquica, bem como a bandeira brasileira que traz as cores dos brasões das famílias que massacraram nossos nativos. Não sairei cantando-o por aí e gritando que sou brasileira com orgulho quando não sou. A minha luta não é pela pátria, é pelo povo!
Evandro Hion Novello
22 de junho de 2013
Ligia, depois de dois dias decorridos sobre a manifestação, e de noites mal dormidas pensando sobre o assunto, fiquei muitissimo feliz e me sinto retratado no seu texto.
Manifestação não é micareta, e não venha desmoralizar quem SOFRE todo o dia e não tem mais paciencia… muita gente na rua é bonito, MAS uma grande torcida dentro do estadio TAMBEM é bonito, temos que ser EFETIVOS e RESPONSAVEIS.
Conheça seu inimigo…
Não quero reivindicações vazias fruto da indignação… quero o produto fervido, fermentado e destilado de uma população que sofreu, se organizou e foi para a luta com consciencia…
Não quero dar a oportunidade de me chamarem de “bando de crianças esperneando em parada” quero que sintam medo e que fiquem com a mesma sensação que eu tenho de que existe alguma coisa errada.
Enfim, isso é lição de casa pra quem participou e vai continuar na luta… não desmereço quem se juntou e ainda esta “verde”, obrigado por se indignar e isso nos torna em alguns nivel irmãos, mas politica se faz diferente do que estamos acostumados de presenciar, se faz com responsabilidade, muita reflexão e propostas concretas a serem ouvidas…
Abraço !
Evandro Mangueira
22 de junho de 2013
Não falei que ela tinha com o que contribuir?
Lígia, obrigado por transpor aqui suas valiosas ideias.
Eu concordo em tudo o que disse, preciso confessar que no início, também me indignei com as bandeiras oportunistas que surgiam no movimento, mas você está recoberta de razão, não devemos desprezar o valor de luta histórica, de movimento social feito dia à dia, com sangue, tortura e morte. Mas tenho que admitir, que o movimento pacífico também é uma forma de lutar, não conseguiríamos colocar nas ruas tanta gente se o movimento fosse inteiro agressivo. Recentemente falei sobre a Parada do Orgulho LGBT, reafirmo aqui a minha visão, de que um número grande de pessoas nas ruas, revitaliza a minoria que luta efetivamente e dá legitimidade a causa. O grupo que de fato é politizado, tem que perceber o apoio da massa, mesmo que ainda tão despolitizada.
Tenho mais uma coisa a confessar, nunca imaginei que um dia, em época de copa da federação, meu facebook estivesse tão cheio de assuntos políticos. Em outro artigo, falei sobre a “modinha” que nós, macacos que somos, imitamos; mesmo sendo “modinha” ser manifestante, os jovens voltaram a falar de política. Eu trabalho com 7 estagiários, e nunca os vi prestarem tanta atenção em minhas visões políticas, como também me preguntarem sobre assuntos que envolvam a política nacional. Estamos formando opiniões, estamos trazendo os jovens para o cenário de visibilidade política, estamos mostrando para o mundo que não somos o povo do carnaval, mas se da fome, miséria e doença. Que existem bilhões sendo levado para fora em baixo dos olhos do governo atual, que também ajudei, com votos a colocar lá. Eu entendo quando gritam “sem bandeira”, vimos o Lula tirar o boné e colocar gravata, vimos a Dilma deixar os óculos da época de estudante tortura, para aceitar a Bíblia (em sentido figurado, pelo amor de Deus) dos que representam o PSC (partido sem coração).
Entendo quando não queriam bandeiras, pois o partido de esquerda se vendeu por santinhos eleitorais. Não ouvi um único pronunciamento da Presidenta, contra o Feliciano, mesmo sem poder de destituir o cargo, deveria repudiar publicamente contra ele. Não posso culpar que não crer nas bandeiras.