1. Li na imprensa que Piracicaba não está preparada para casos de desastres naturais. Faltam estratégias. Já em 2006 houve um ciclone de maior intensidade que o do dia 21 passado. De lá pra cá nada fizeram nesse sentido. Aqui, governar é apagar incêndios.
2. Li, também, que desde 2008 uma aposentada de 66 anos vinha pedindo que a SEDEMA removesse uma sibipiruna de dez metros de altura que ameaçava sua casa. Os três pedidos foram indeferidos alegando estar sadia a árvore. No entanto, na tempestade do dia 21 passado a árvore, tomada por cupins e com as raízes podres, caiu danificando a casa da aposentada. E agora, como fica? Que credibilidade têm os técnicos dessa secretaria? Espero que a prejudicada peça indenização. E que sejam responsabilizados o secretário de seu pessoal, afinal, dar laudo falso é crime.
3. Aumentam casos de meningite, gripes e doenças respiratórias por causa de ambientes fechados e do clima seco. Piracicaba nada pode fazer para reverter a baixa umidade do ar, porém, poderia muito bem ter seus efeitos amenizados se tivéssemos mais parques com árvores altas e cuidado melhor dos lagos e ribeirões. Nossa política ambiental é ruim e a Secretaria de Defesa do Meio Ambiente deixa muito a desejar. Tanto que canavieiros e empresários do setor imobiliário detonaram quase tudo o que havia de nascentes, córregos e matas. O Executivo concretou e asfaltou onde podia para dar vazão ao automóvel, que envenena mais ainda o ar, e nossa floresta urbana morre lentamente por causa do desleixo e descaso tanto do poder público quanto da população, apesar de honrosas exceções. Portanto, cada cidade tem o que seu povo merece.
4. Na Folha de São Paulo li que a cultura do carro nos EUA vive marcha a ré. Total de jovens que não dirigem no país dobrou em 30 anos. Nova economia, além de concentrar emprego nas cidades, faz carro perder seu status de objeto de desejo, dizem estudos; ciclovias e transporte público recebem investimentos. As montadoras estão preocupadas. Pelo jeito Piracicaba e sua obtusa elite caminham para trás. Quem manda escolher políticos com mentalidade do século passado e que pelo jeito nem jornais gostam de ler?
5. O JP diz que em Piracicaba a cada dia, 4 casas são invadidas por ladrões. De Janeiro a junho/13 foram 689 ações criminosas. A polícia recomenda portas e janelas resistentes, trancas e fechaduras e confiáveis, travas de segurança, trincos e cadeados, grades internas, serviços de vigilância particular, sistema de monitoramento, guarda-costas cadastrados na Polícia Federal, câmeras de segurança e olhar bem antes de abrir o portão. Resumindo, cada um que se vire e banque sua própria segurança.
6. Falando nisso, o tão badalado progresso econômico virou arapuca. O cidadão que caiu nessa e ajuntou muita coisa tem que viver trancado em casa; se tiver na rua tomar cuidado para não ser assaltado ou sequestrado; não ocupar as duas mãos com sacolas; segurar a bolsa debaixo do braço; sair à noite a pé e sozinho nem pensar; não esnobar roupas ou tênis de marca, carrões e jóias; não se fiar em qualquer um e, se for assaltado e abusado não reagir, mesmo que tenha que amargar pelo resto da vida o trauma da humilhação. Como disse Papa Francisco “… não haverá harmonia e felicidade para uma sociedade que ignora, que deixa à margem, que abandona na periferia parte de si mesma. Uma sociedade assim simplesmente empobrece a si mesma; antes, perde algo de essencial para si mesma”.
Blog do Amstalden 
Carla Betta
17 de agosto de 2013
Li em um livro do Roberto Shinyashiki que na época das carroças e consequentemente dos cavalos, Londres estava lotada de bosta de cavalo e todos se alarmaram com aquela tragédia citadina maldizendo o progresso. Veio o automóvel. Acredito no HOMEM e quem é pessoa de fé não pode deixar de acreditar, já que fomos feitos à semelhança de DEUS. Sinto um tom pessimista em suas colocações. O mundo não é um mar de rosas, ou talvez o seja, já que as rosa têm espinhos. Considero super importante suas denúncias e sua indignação mediante tantos equívocos de consequencias tão desastrosas! Mas, nada estanca o progresso, nem a nossa indignação. Portanto, penso que é melhor e mais producente olhar para a frente e crer que as soluções aparecerão. Como pessoas de fé que somos sabemos quem comanda esta nau é JESUS, que -mesmo em meio às tempestades- segura firme o leme. Não soçobraremos. Mas, também creio que Ele já parou a tempestade uma vez e agora quer que sejamos menos “homens de pouca fé” e nos valorizemos mais, tendo auto-confiança o suficiente para nos movimentarmos, “colocarmos as mãos na massa” para pararmos as tempestades.