As razões que levam uma pessoa ao vegetarianismo são diversas, inclusive algumas vezes, religiosas. No meu caso não, apenas nasci assim.
Esse esclarecimento é importante, porque por diversas vezes tive que explicar que não é por religião, filosofia de vida ou razões médicas, simplesmente faz parte de mim, é o que sou: vegetariano.
Vegetariana é a pessoa que não se alimenta de carnes, embora comam derivados de leite e utiliza-se de acessórios que provém de animais, (xampus, corantes alimentícios, batons, carteiras e sapatos, entre outros). Vegana é a pessoa que “tenta” não usufruir e nem consumir nada derivado animal.
Acredito que o simples fato da existência, nos obriga a matar animais, a torturá-los e a extingui-los. Ao ler esse artigo, você está usando energia e um computador e para tal animais morreram na geração desses recursos, exatamente por essa razão não creio que o veganismo seja possível, o fato de termos nascido já é o início da condenação de diversas vidas de outros seres.
Portanto, vai à contra mão, quem condena os carnívoros, tanto à contra mão, também, os que condenam os vegetarianos, pois é impossível viver sem matar, destruir ou torturar.
Essa não é uma disputa de quem é mais evoluído, (acreditem: há quem ache que os vegetarianos são seres mais evoluídos), em média, estamos todos no mesmo nível de evolução, ocorre que, e digo isso de forma bem displicente, alguns vegetarianos são mais sensíveis as causas humanas e dos animais.
Outro mito acerca do vegetarianismo, é que todos possuem uma alimentação saudável, uma inverdade, pois alguns substituem a proteína animal por carboidrato e não comem verduras, conheço muitos vegetarianos acima do peso. Para os que querem aventurar-se nesse modelo de vida, sugiro que comecem inserindo, aos poucos, proteínas vegetais e verduras, falo aos poucos para que o paladar se habitue e seu corpo também.
Embora, e definitivamente, alguns vegetarianos/veganos sejam bem chatos e inconvenientes, eu concordo com tudo o que é dito por eles: Temos a obrigação em diminuir o sofrimento animal. Não é pelo fato de que não temos como evitar a mortandade dos animais, que não temos a obrigação ética de amenizá-la.
É uma questão moral, mas muito, além disso, é uma questão de sobrevivência humana.
A televisão mente para nós, quando diz que precisamos salvar o mico leão dourado da extinção por ele ser um animal lindo e que tem direito a viver. A verdade não dita é que se continuarmos matando os animais da forma que o fazemos, nós é quem seremos extintos! A vida resistirá, ela já sobreviveu a coisas muito piores do que nossa estadia na Terra.
Precisamos diminuir os impactos, e não só para salvar os animais, mas sim para nos salvarmos. O que causa a morte animal não é apenas o prato com um bife da sua mesa, mas a garrafa pet que você descarta no lixo orgânico, os móveis e roupas que você troca mensalmente, o papel e a sacola plástica que usa indiscriminadamente e os excessos que não tem fim.
Defendo sim a mudança de alimentação, parte porque se fôssemos aos matadouros, não conseguiríamos mais ver a carne em nossos pratos e muito menos comê-las:
Visitei uma granja em certa ocasião e descobri que os pintinhos, (aqueles mesmo que tem os bicos queimados, vivem em constante iluminação para se alimentarem de água e comida modificadas que os tornam adultos em semanas, prontos para o abate), quando não cresciam, suficientemente rápido, eram jogados ainda “vivos” em uma grande trituradora para virarem ração para cachorro, juntamente com penas e resto de outros frangos que já foram ao abate. A cena é apocalíptica, embora as paredes sejam brancas o cenário é mórbido e sujo.
Nasci vegetariano, mas se não tivesse nascido, eu o tornaria a ser, facilmente, bastando para isso um pouco de consciência.
Devemos diminuir os impactos contra os animais, não só os causados por nossa alimentação cruel, mas também por nosso consumismo desenfreado que originam tanta tortura e sofrimento animal, isso sem falar no sofrimento humano, basta verificar como são produzidos os bens que consumimos, a energia que é gerada para fabricá-los e as embalagens que são utilizadas.
Repito: A simples existência humana é motivo de tortura e matança animal, mas temos a obrigação moral de diminuirmos os impactos causados a eles e a natureza, o que consequentemente nos garantirá sobrevida mais longa nesse planeta.
Questione: Por que alguns animais você escolhe para amar, como cachorros, gatos e papagaios, e outros você os come, como vacas, coelhos e codornas? A explicação pode ser econômica, mas a única coisa que nos leva a continuar a prática de tais atos é a falta de questionamento.
Não condeno os que se alimentam das focas que vivem na Antártida, embora nunca entenderei o que humanos fazem naquele lugar, mas creio que o número crescente de humanos na Terra, o nosso desejo de exclusividade e a industrialização da morte e tortura animal, devem ser reavaliados, ou o que entrará em extinção será a nossa raça, e não adianta a televisão dizer o contrário, os lixos acumulados, os esgotos não tratados, as epidemias estão aí para provar que você tem que desligar a TV e pensar por si só.
Evandro Mangueira é escritor, autor do livro Arcanjo Gabriel.
rikaferreira
14 de outubro de 2013
Republicou isso em Rika Ferreira.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Rika Ferreira, obrigado por republicar o artigo. Um forte abraço
rikaferreira
14 de outubro de 2013
Eu comungo das ideias, a vida dos animais precisa ser respeitada. A colega dispensa a foto, eu também não tenho estômago, mas a realidade é boa para nos fazer acordar, falar o que sentimos.
Sou veemente contra os maus tratos a vida de qualquer animal, ainda que eu entendo que existe a necessidade de alimentação, poderia tudo ser feito com respeito, nenhum animal merece a vida que levam.
Ainda que eu seja a favor dos direitos humanos, veja a vida humana como preciosa, também entendo que a nossa “raça” poderia permitir que as outras tenham o mínimo de dignidade. Não entendo a dificuldade do tal ser racional ser tão frio com a vida alheia, dos nossos semelhantes e de toda criatura. O que fazer?
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Por que sermos tão frios? Acho que essa é a chave! Obrigado por contribuir.
Carla Betta
14 de outubro de 2013
Evandro: eu dispenso essas fotos! Mas, as pessoas precisam saber o que se passa! Além de torturas e maus tratos, a atividade pecuária é altamente poluente. Fumei uns anos e parei de fumar há mais de 25 anos! Quando completou um ano que eu não fumava, dei uma tragada em um cigarro, por curiosidade, e passei muito mal. Não como carne 99% das vezes há mais de 6 anos. Certa vez, cheguei em casa MORTA de fome e não havia nada pronto em casa. Comi UMA rodela fina de salame antes de começar a cozinhar. O resultado foi um mal-estar TÃO grande, que nem cozinhei, nem nada, passei a tarde com dor de cabeça um um quarto escuro. Detalhe: eu NÃO sofro de enxaqueca.
Se esses produtos me fazem TÃO mal, visivelmente, então são muito tóxicos mesmo!!
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Carla, quanto a foto, fiquei receoso, eu tenho ânsia só de ver. Ao enviar as fotos perguntei ao Amstalden se eram chocantes demais, isso porque eu não tenho parâmetros mesmo, para mim uma pena sendo arrancada é chocante, mas minha mãe degola galinhas contando piadas então não sei mesmo o que chocam as pessoas. Quanto ao mal que a carne faz, eu não sei por experiência, mas quando criança eu comia salsicha achando que era feita de papelão (acredite, minha mãe me enganou muitas vezes para que eu comece carne), quando descobri que não era papelão eu parei de comer, tive nojo. Minhas experiências acabaram nessa fase ingênua, então não saberia dizer os males no organismo, mas fico feliz que tenha compartilhado tal experiência.
Debora F. Rossini
14 de outubro de 2013
Depois que vi aquele documentário “A carne é fraca” do Instituto Nina Rosa numa aula sobre direito dos animais, fiquei chocada. Desde então eu restringi meu consumo a peixe e frutos do mar e ainda consumo os derivados dos demais animais. Acho importante essa transição, afinal passei 25 anos consumindo carne.
Legal mesmo seria se as pessoas buscassem sabem e entender o processo do abate do gado, de porcos, da engorda dos pintinhos, dos casacos de pele, dos testes de cosméticos, mas a ignorância é uma benção, né! Além disso, essa crueldade toda não tem o objetivo primeiro de alimentar a raça humana (antes fosse), mas visa o simples lucro.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Debora Rossini, obrigado pela colaboração.
De fato é o lucro que gera tanta dor. Só gostaria que alguns veganos/vegetarianos não fossem tão radicais com quem está tentando amenizar o consumo de derivados animal.Mas o que está fazendo é o que considero certo, Diminuir sempre que possível.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
Cadeia Alimentar: leões são carnívoros, caçam, matam, se alimentam e ninguém julga isso.
A única coisa que os seres humanos fazem de diferente é a automação dessa cadeia, uma vez que precisam suprir exigências alimentares de milhões de pessoas.
Infelizmente nem todas os envolvidos em abates de animais os fazem de maneira humanitária, e isso me parece incontrolável até o momento. Mas abatedouros que possuem fiscalização federal são obrigados a cumprir normas humanitárias de forma a reduzir e minimizar o sofrimento animal, o que me parece menos doloroso que ser abatido por um leão ou por uma machadada!
Até o momento não acredito que uma alimentação baseada só em produtos de origem vegetal seja capaz de suprir todas as necessidades do organismo humano. Ainda não conheço nenhum vegetal que substitua as proteínas da carne, e tenho conhecimento do quanto elas são importantes para nossa saúde o bom funcionamento do organismo.
Portanto, sempre que se discute um assunto tão polêmico, é legal mostrar os 2 lados da moeda.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Olá Anirene Galvão, que ótimas as suas colocações, e sabe de uma coisa? Concordo com você!
Então a solução é diminuir a raça humana!
Qualidade de vida, com menos escravidão humana e menos matança animal!
Hoje o sistema precisa de um número crescente de pessoas no planeta para gerar riqueza para alguns, mas não é o que nós, os humanos, precisamos, isso é o que o sistema precisa, não as pessoas.
Podemos diminuir os impactos, isso podemos e pode começar hoje.
Carla Betta
14 de outubro de 2013
Anirene, não como carne há mais de 6 anos e este ano decidi fazer um exame completo, solicitei ao médico que analisasse níveis de proteína, cálcio, etc Segundo o médico, estou ótima, até um pouco acima do peso por conta das irresistíveis guloseimas. Quando decidi não ingerir mais carne, li muitos artigos de médicos e nutricionistas e cheguei à conclusão que não seria saudável ser vegana, mas comendo ovos e queijos, estaria me nutrindo saudavelmente. Portanto, seria legal que vc se informasse. Ressalvo que pouco gosto e pouco consumo soja.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
PS: com relação as fotos, o que assusta as pessoas é o sangue, porque neste ponto aí o animal já foi devidamente insensibilizado, está morto e não sente mais nada!
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Desculpa, mas se o que choca nessa foto é o sangue, eu devo rever meus conceitos, pois o que me choca é o humano que aparece tranquilo e fotogênico nessas imagens, se eu estivesse no lugar dele, estaria deitado em meio ao sangue recogitando até a ultima dose do meu sugo gástrico.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
Carla, até porque a soja está longe de ser um bom substituto da carne.
Mas o que escrevei ai não foi de conhecimento popular não. Eu faço doutorado em qualidade de carnes pela USP de Piracicaba, então sou bem informada de seus benefícios ao organismo.
Carla Betta
14 de outubro de 2013
Desculpe minha ignorância. Ao contrário do Evandro, eu deixei de comer carne por várias razões e uma delas é a religião. Devo supôr, então, que os milhões de pessoas vegetarianas estão mal nutridas? Têm alguma deficiência alimentar? Tenho lido artigos, revistas, mas todas populares e não especialistas e nem científicas que afirmam o inverso. Mas, além das estatísticas, tenho sentido na pele, na carne e no espírito os efeitos de uma dieta vegetariana. Suponho que seria grande revolução se todos se tornassem vegetarianos, não é apenas uma questão dietética, nem gastronômica, revolucionaria as relações econômicas e consequentemente, as relações de poder de uma parte significativa da sociedade. Mas, mais do que isto, vislumbro seres humanos mais sensíveis ao sofrimento animal e penso que isto pode significar uma grande evolução espiritual para a humanidade. Também acredito que podemos ser mais justos, mais atentos às necessidades dos animais, portanto, podemos extrair o leite, os ovos sem torturá-los, porém, ao menos para mim, abate é abate, matar é matar. Além disto, há estudos sobre o efeito estufa que esta cadeia alimentar carnívora provoca em nosso planeta. Nada mais adequado e sensato que o vegetarianismo, portanto. Também penso como o Evandro, há que se respeitar as opções alheias, procurando abri-lhe os olhos sem desagradável insistência, mas valorizando cada passo dado, como, por exemplo, este movimento autointitulado “Segunda sem carne” e que propõe exatamente o que o nome diz. Prazer em conhecê-la, Anirene, ainda que discordemos uma da outra.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
É Carla, para mim matar é matar, não importa as razões.
Ah, eu estou bem de saúde aos meus 34 anos sem carne.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
Evandro, isso é muito complicado. É o emprego dele! Talvez ele não tenha qualificação para trabalhar em mais nada.
Realmente abatedouros não são os locais mais agradáveis de se estar, mas muitas vezes não resta outra opção e a pessoa acaba se acostumando. Passa a ser um trabalho automatizado, em série.
A minha opinião é que o sofrimento deve ser reduzido ao minimo! As operações devem ser realizadas da maneira mais humanitária possível, porque depois que o animal já está morto, que é esse momento do sangue ai, ao meu ver já não faz muita diferença.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Anirene, ótima discussão mesmo, então acho que como sociedade devemos rever essas atividades que tornam um humano tão insensível. Ninguém merece isso.
Mas conhecendo a história e lendo a respeito dos sacrifícios humanos, escravidão, holocaustos, acredito que alguns humanos são como os leões que você citou: Selvagens.
Para mim, o produto final faz toda diferença, não é porque o couro do meu sapado já não tem sistema nervoso que anula o crime contra o animal que era dono dele.
Quanto a natureza, não tenho olhar de que ela é linda e perfeita, mas não critico porque isso é natural, como não critico o comedor de focas supracitado. Mas a criação para matar, sem chance alguma de sobrevivência é muito cruel. O Leão seleciona, mas a vida se ajusta, ele não ataca quando não está com fome, nem ataca por prazer. Bem diferente de nós que em escala produzimos, criamos, fazemos nascer e matamos, sem chance alguma a eles.
Entendo que essa é sua profissão, e como parte desse sistema cruel que vivemos, você também precisa da sua fatia da economia, e os animais são o seu produto que gera o seu lucro. Ainda continuarei achando que o sistema está errado e que não precisaríamos de tanta morte programada.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
Evandro, pelo que você escreveu aqui imagino que não tenha presenciado um abate. Então saiba que existem pessoas bem piores que você pode imaginar.
Realmente tem gente que mata por prazer, que não segue a legislação, e que aumenta o sofrimento do animal.
Se vocês se assustam com essas fotos, podem acreditar que a realidade é bem pior.
Mas, o que insisto, é que existem maneiras e leis que amenizam esse sofrimento e, que se forem seguidas à risca, não causam sofrimento ao animal.
O animal sofre quando está no curral, na seringa, no box de atordoamento. Depois que foi insensibilizado e abatido, que é o caso dessas fotos ai, ele não sente mais nada.
Eu tenho outras preocupações com os processos seguintes porque sou engenheira de alimentos e prezo pela saúde dos consumidores, mas são tópicos que fogem desse assunto.
Enfim, eu também respeito muito a opinião de vegetarianos, e acho muito produtiva discussões como essa.
Mas eu também tenho a minha opinião e não é por falta de opção. Eu escolhi trabalhar com carne e gosto, sou feliz com o que faço e não me imagino fazendo outra coisa. E não sou má, nunca abati por prazer, rs.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Vou citar parte do meu próprio texto:
“Portanto, vai à contra mão, quem condena os carnívoros, tanto à contra mão, também, os que condenam os vegetarianos, pois é impossível viver sem matar, destruir ou torturar.”
Não penso que você seja má, as razões que lhe levaram a escolher essa profissão não necessariamente vão para o campo do sadismo. As pessoas não se dividem em polaridades más e boas, até porque o fato de eu ser vegetariano não obrigatoriamente me torna uma pessoa boa. Mas o sistema de produção é cruel, esse é sádico e mau, muito mau.
Não só o que produz alimentos, mas todo o resto.
O sistema visa lucro, unica e exclusivamente, até a geração de cursos como o seu doutorado está pautado em geração de lucro, se existe uma demanda é porque o sistema capitalista exige e gera lucro, senão sua profissão não existiria pode acreditar. Se existe é porque o sistema permite.
Os empregos devem ser visto em outro campo de análise, nesse caso, a forma programada de fazer nascer, criar e matar é cruel e longe de ser aceitável, mesmo com padrões de humanização.
Não vejo humanização em morte alguma, a não ser na eutanásia.
Anirene Galvão Tavares Pereira
14 de outubro de 2013
Evandro, tomo a liberdade de compartilhar seu artigo.
Acredito que temos muito a ganhar quando trocamos conhecimento e nos envolvemos em debates como esse.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Agradeço por esse gesto. É maduro e sábio da sua parte, afinal crescemos com o debate de pessoas tão educada e informada como vc se mostrou ser.
Valmir Rodrigues
14 de outubro de 2013
Achei muito interessante, e concordo com o ponto de vista de todos, porém diariamente vejo pelos diversos veículos de mídia, o sofrimento de centenas quiça, milhares de seres humanos, crianças, idosos, que muito ainda tem por viver ou muito por nós fizeram, será que não seria o caso de resolver um problema por vezes, sei que os animais sentem dor, mas me dói indiretamente ver idosos a espera de socorro médico para aliviar suas dores, angustia, ou mesmo ali a espera condenados a morte, por uma sociedade inerte??. Será que muitos que leram ou ainda lerão esse tão nobre artigo, já foram as ruas lutar por uma sociedade mais justa ?? De qualquer forma é minha singela opinião e parabéns pelo artigo.
Carla Betta
14 de outubro de 2013
Walmir, tenho amigas próximas e uma prima que amo, que são defensoras dos animais domésticos, recolhendo animais abandonados, promovendo campanhas de doação de sangue para cães e gatos e já me fiz pergunta parecida com a sua. Concluí que DEUS (ou o destino ou…) nos fez TÃO diversos uns dos outros! Se podemos encontrar sósias na aparência, continuamos a ser diversos em tantas características, por isto penso que a cada um cabe a sua função, seja ela qual fôr, seja qual seja a missão que escolher em sua vida. O importante, penso eu, é não cruzarmos os braços e agirmos, ainda que não seja em passeatas, mas em algo que possa promover a melhoria da qualidade de vida (e veja quão amplo é este conceito) de algum grupo necessitado.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Concordo Carla.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Oi Valmir Rodrigues, obrigado por contribuir. Já estive nas ruas (e não só nelas) para lutar por direitos de todas e todos, já estive em hospitais, em centros de atendimentos e em muitos lugares, não creio que a luta deva ser segmentada, cada um deve contribuir como pode e como consegue. Todos devem fazer algo, que seja útil.
Talita
14 de outubro de 2013
Olá, parabéns pelo artigo. Não tive a “sorte” (na falta de palavra melhor) de nascer vegetariana como você. Tornei-me vegetariana há pouquíssimo tempo e tenho me sentido incrivelmente bem. No entanto, é muito difícil tolerar as piadas e os pessimistas que dizem “não faz diferença alguma”. Frequentemente eu preciso reafirmar a mim mesma que faz diferença, sim, e a mais significativa virá ao longo dos anos, quando (quem sabe) a minha atitude puder inspirar alguém (uma pessoa só já seria suficiente). Penso que consumir animais é cultural e uma mudança dessa natureza sempre leva muito tempo.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Obrigado Talita por contribuir, sim é cultural, quantos churrascos somos convidados? Precisamos mesmo comer tanta carne em um único dia? Estou contente que seja vegetariana, disse um anônimo uma vez: “Não importa a velocidade, mas sim a direção em que se caminha”.
Fred Nobre
14 de outubro de 2013
Que ótimo artigo e que discussão saudável. Confesso que não estou preparado para abolir a carne do meu cardápio mas imagino que um dia, talvez um pouco distante, trataremos os animais como seres provenientes da mesma fonte, do mesmo “criador”. Não sou religioso, porém espiritualista e particularmente gosto de estudar a evolução dos seres humanos. Venho notando uma mudança significativa no comportamento das pessoas e claro o crescimento dos vegetarianos e veganos. Muitas crianças nascem hoje como você Evandro, com a consciência do que esta fazendo. Isto está dentro de você e nem sua mãe foi capaz de mudar. Muito interessante!
Meu filho, de 08 anos gosta de carne porém nunca teve contato com imagens como essa. Penso que se ver não irá mais comer carne pois houve um dia em que estávamos numa peixaria e ele viu os peixinhos mortos na “vitrine”. Hoje ele não consegue comer peixe. Coisa que absolutamente jamais aconteceu comigo. Enfim, reafirmo que não estou preparado para abolir a carne do meu cardápio e compartilho o meu prazer de um bom churrasco com a Anirene mas admiro muito as pessoas que não tem esse hábito e/ou necessidade, se é que posso me expressar desta maneira.
Admiro mais ainda as pessoas que respeitam a opinião de todos promovendo discussões inteligentes como essa. Sempre há um grande crescimento.
Abraços a todos.
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Fred Nobre, obrigado por contribuir.
Que felicidade saber que seu filho de 8 anos não come carne. tem um vídeo lindo no youtube, deixo em homenagem ao seu filho:
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Perdão, ele come carne, mas tem consciência diante o fato da morte.
Fred Nobre
14 de outubro de 2013
Olá Evandro, talvez eu tenha me expressado mau. Ele não gosta de peixe por ter visto peixes mortos no açougue. Mas carne ele ainda come. Creio que se ver as imagens postadas e ver um abatedouro é bem provável que não coma mais. Mas obrigado pelo vídeo. Adorei. Um forte abraço
Fred Nobre
14 de outubro de 2013
Isso!! Rssss
Tássia
14 de outubro de 2013
A questão é o seguinte, alguém aqui usa shampoo, creme, sabonete, maquiagem, perfume, bolsa, sapato, roupa de couro, come doces, etc, etc, etc…..???? Então me desculpem mas vocês estão ajudando a matar os animais!!!! Vamos fazer o seguinte? Vamos parar de se hipócritas ou abrir mão de tudo isso e viver de algodão!
Evandro Mangueira
14 de outubro de 2013
Olá Tássia, eu até iria argumentar sobre seu comentário, mas como você não leu o artigo, não o farei.
Caso queira ler o artigo, podemos dialogar.
Fred Nobre
15 de outubro de 2013
Realmente Evandro! A Tássia não leu o artigo nem os “posts” posteriores.
Anônimo
15 de outubro de 2013
Acho que a Tássia os deixou sem argumentos! Ahh, antes que esta seja a desculpa, eu li o artigo e todos os posts.
Fabiane Costa
15 de outubro de 2013
Acho que a Tássia os deixou sem argumentos! Ahh, antes que esta seja a desculpa, eu li o artigo e todos os posts.
Evandro Mangueira
15 de outubro de 2013
olá Fabiane Costa!
Devo presumir então que tanto você quanto a Tássia não entenderam o que leram, claro que isso pode ser uma falha no artigo, uma vez que ao me propor a escrever para o público tenho a obrigação de ser claro, muito claro. Então peço desculpas por não ter atingido tal patamar.
O Argumento da Tássia (o que me levou a crer que ela não havia lido) encontra-se na 10ª linha em diante do meu artigo, irei transpor aqui:
“Acredito que o simples fato da existência, nos obriga a matar animais, a torturá-los e a extingui-los. Ao ler esse artigo, você está usando energia e um computador e para tal animais morreram na geração desses recursos, exatamente por essa razão não creio que o veganismo seja possível, o fato de termos nascido já é o início da condenação de diversas vidas de outros seres.
Portanto, vai à contra mão, quem condena os carnívoros, tanto à contra mão, também, os que condenam os vegetarianos, pois é impossível viver sem matar, destruir ou torturar.
Essa não é uma disputa de quem é mais evoluído, (acreditem: há quem ache que os vegetarianos são seres mais evoluídos), em média, estamos todos no mesmo nível de evolução, ocorre que, e digo isso de forma bem displicente, alguns vegetarianos são mais sensíveis as causas humanas e dos animais.”
1 – Nem um dos que comentaram o artigos pareceu-me não saber dessa parte, acho que falo por todas e todos que comentaram, quando digo que é óbvio que não é possível viver sem matar;
2 – A proposta que trago com o artigo é de reflexão e não de agressão, embora confesso que com relação as imagens acho que errei também;
3 – Sendo o artigo público e vinculado na internet, tenho o prazer de discutir o assunto com quem quer que seja, basta para isso ter argumentos, desmerecer o artigo insultando o autor é a tática mais antiga de falta de argumento; (estou me referindo ao fato da Tássia nos (me) chamar de hipócrita e também ao fato de você insultar nossa capacidade argumentativa);
4 – O texto não tem pretensão, ou pelo menos eu acreditei que não tivesse, de induzir pessoas a virarem vegetarianos/veganos, uma vez que eu critiquei severamente os vegan e os vegetarianos que transformam essa vivência em religião, e olha que fiz isso com dor no coração porque tenho ótimos amigos que fazem do veganismo uma religião e eu os admiro muito, tanto pelo que são, como pelo que pensam;
5 – Fiquei extremamente feliz com a participação da Anirene Galvão, que soube , inteligentemente argumentar contra o artigo, e digo que isso fortaleceu minhas crenças de que é possível convivermos pacificamente mesmo divergindo;
6 – Sua opinião e a da Tássia são bem vindas, a única coisa que senti foi um pouco de austeridade, bastava trazer as ideias de forma mais branda, que o diálogo seria possível, mas entendo a idade, vocês devem ser jovens e a juventude tem essa característica;
7 – Com relação a voltar ao tempo da pedra lascada, não imagino tamanha impossibilidade, jamais proporia que usássemos somente algodão, seria inviável economicamente, além de não ser muito digestivo, talvez pudêssemos usar o óleo.
8 – Acredito que o que a doutora Anirene propôs, seja talvez a solução imediata, amenizar o processo de dor e sofrimento, porque pelo que sabemos da humanidade, e diante os argumentos de vocês, o churrasco continua sendo de primeira ordem;
9 – Jamais imaginei mudança alguma brusca, e por isso mesmo argumentei:”Para os que querem aventurar-se nesse modelo de vida, sugiro que comecem inserindo, aos poucos, proteínas vegetais e verduras, falo aos poucos para que o paladar se habitue e seu corpo também.”
10 – Sugeri em todo o artigo, e nos comentários, que analisemos nossas atitudes, sequer sugeri que alguém torna-se vegetariano.
11 – Eu sou uma pessoa bem argumentativa, sabe? Não comentei nada porque achei que a Tássia não havia lido mesmo, mas como você dá fé que ela leu, peço desculpas pois o texto deveria ter sido claro, bem claro, e só posso supor que ele não foi.
Alexandre Diniz
15 de outubro de 2013
Esse post ta bombando!!
Pra contribuir, já perceberam que muita gente (inclusive eu) estão presa à alimentação carnívora? Exemplo, diga para uma pessoa “você vai ficar alguns dias sem comer carne.”. Meu, essa pessoa se desespera!!! (é igual eu com cerveja! rsss)
Evandro Mangueira
15 de outubro de 2013
Alexandre, obrigado por trazer bom humor a esse post!!!
Carla Betta
15 de outubro de 2013
Excelente argumentação, Evandro! Não poderia ser mais claro em seus 11 tópicos! Cada vez admiro mais vc!
Alexandre, devemos supôr que comer carne e beber cerveja são vícios? Hábitos que levam à dependência? Hum… ….
Fernando
16 de outubro de 2013
Bom eu não vi nada que nos últimos 200 anos fosse anormal, o ser humano ele tem arcada dentaria tanto para um ser carnívoro como herbívoro, eu escolho o que como e eu escolho comer o que tem, se tiver carne como carne se tiver frutas raízes como também, eu não deixaria de me alimentar seja la do que for por nenhum motivo a não ser extinção, e digo mais a unica carne que não consumiria é a do próprio ser humano pois essa sim faz mal =/, em relação de como os animais são abatidos sim isso sim acho incorreto mas o consumo de sua carne jamais, e olha que não sou cristão ein, pq está escrito na bíblia que isso é a coisa mais normal do mundo.Se alguém tiver algo a dizer diga a si mesmo pois infelizmente não podemos mudar atitudes das pessoas, somente mostrá-las o que acontece a verdade de como o ser humano é cruel com sigo mesmo e especies alheias
Evandro Mangueira
17 de outubro de 2013
Fernando, obrigado por colaborar.
Concordo com você, cada um come o que quer, já ouvi falar de pessoas que inclusive comem carne humanas (tem gente que come coisa “pior”, já ouvi falar que tem quem coma fezes humanas), mas como você mesmo disse, acada um pesa o que se escolhe fazer. Também não sou cristão, e não entraria em uma ideologia religiosa jamais, é um assunto que eu não discuto a não ser que entre no campo da política. Discordo, no entanto, com o final da sua contribuição, creio que podemos sim mudar as pessoas, já presencie mudanças, não só no campo da alimentação, mas concordo plenamente que não é pela força e sim pela consciência que é algo individual.Sim o humano é bem cruel. abraços
Carla Betta
17 de outubro de 2013
Uai, Fernando, não havia escravidão? Não havia opressão à mulher? Mulheres e crianças não eram vista como -coisas-? Assim como são vistos os animais hoje? Em 200 anos, nada mudou? … …. … Argumentação fraca a sua, mil desculpas por ser tão crua na colocação, mas é. Eu não vivo em um casulo, nem em uma redoma de vidro para apenas monologar e acredito que a discussão das idéias é saudável e pode sim levar à conscientização e às mudanças. Então, não posso discutir sobre os maus-tratos em idosos? Sobre o mal atendimento na saúde pública? Enquanto eu estiver criticando o que o OUTRO faz é adequado? Quando a discussão passa por pela possibilidade de EU ter que mudar meu comportamento não vale mais? Eu não brinco mais? Desculpe estar sendo jocosa, acredite, não é nada pessoal. O seu posicionamento conferiu-me a possibilidade do questionamento que ora faço. Há pesquisas e estudos que comprovam ser a pecuária a segunda atividade que mais interfere na poluição do planeta e no aquecimento global. Definitivamente, está não é uma questão de foro íntimo!
Evandro Mangueira
17 de outubro de 2013
Sim Carla, não é de foro íntimo e sim, concordo com você, em duzentos anos muita coisa mudou.
Edevandro
16 de janeiro de 2014
Bom, Evando o seu tópico ate agora foi o mais concreto e coerente que eu li, a três dias venho fazendo um estudo sobre este assunto, e pode ver que você colocou todas as situações envolventes, sem fazer do uso de condição e escolha pessoal, mas levando
a refletir esse tema em relação a vários aspectos da sociedade.
Penso no seguinte, não só a carne que me consome, como também o dinheiro que me controla, e por ai vai, o individuo não tem a capacidade de controlar o que tem, e sim
aquilo que ele tem acaba o controlando, tornando uma pessoa compulsiva, viciada
gananciosa, orgulhoso e etc. Dentro do estudo que fiz sobre veganismo, proteção
de animal, meio ambiente, analisei , refleti, cheguei a uma ideia de que quanto mais queremos concertar o que já destruímos, mais vamos destruir.
Falo porque mesmo que todos homens da terra um dia não comecem nenhum tipo de
carne ou derivado, não usasse o animal para trabalho ou qualquer outra coisa. de consumo, teríamos que substitui-lo pro outra coisa na natureza para a sobrevivência, onde eu acredito que pode acontecer que resolvemos em parte a causa de dor e sofrimento dos animais, porem o nosso solo, a terra a água, as matas, continuaria sendo destruída, e os próprios animais não teria muito espaço para sobrevivência acarretando ate a própria extinção.
É o que você diz, estamos caminhado na nossa própria extinção, penso não só pelo consumo dos animais, mas por todo e qualquer consumo, principalmente por tudo
aquilo que é extraído da natureza como exemplo o próprio petróleo, os minerais
e etc. tudo isso sera escasso um dia, e não sobrara nada, temos que amenizar o
nosso consumo, primeiro fazendo um controle de natalidade humana em todo o
planeta para ai sim diminuir o consumo, vejo muitas pessoas intencionada em
alguma causa, porem muitas vezes não estão preparada para o propósito que
de sua luta.
Pra finalizar, minha opinião é o seguinte, só a natureza pode si salvar, pois o homem
a cada dia e época que passa vive cada vez mais no mundo da hipocrisia.
Com relação ao veganismo, protetores de animais, espero que não faça do movimento
o mesmo que a religião fez, deixou de lado sua a essência (Fé, espiritualidade, amor) e
se tornou algo dominante e ditador através de seus dogmas e doutrinas, não aceitando
as diversas ideias opostas.
E que cada individuou possa escolher que quer ser, vegetariano, carnívoro ou onívoro que é o meu caso, naturalmente tendo a sua sã consciência em tudo, não só apenas por uma causa ou outra, deixo minha opinião e reflexão, faço também estudo sobre outros aspectos da sociedade e da vida, tais como politica, comportamento, religião esse foi o primeiro, entre outros.
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Abraços.
Evandro Mangueira
17 de janeiro de 2014
Olá Rapaz, seu nome é Edevandro? Somos quase charas!
Obrigado pela contribuição. Sim concordo com várias partes do seu pensamento. Eu escrevi um texto sobre o natal e o consumo, tenho outros textos nesse blog que é um blog formado por vários colunistas, com diferentes linhas de pensamentos. Seja sempre bem vindo para opinar. Abraços
Edevandro
5 de fevereiro de 2014
Eu que agradeço, pela contribuição deste assunto, respeitando as varias opiniões e levando a uma conscientização de consumo de acordo com estilo de vida de cada ser humano. Vou olhar outros artigo seus e do próprio blog.
Abraços, quase chara mesmo!