O capitalismo e seu pilar central, o monstruoso consumismo, são dos mais horrorosos filhos do demo. Não existe paz nem decência sem justiça social! O planeta tampouco suporta a rapina feroz desses regimes torpes de poder (nem de outros similares). Isso posto, confesso não entender por que a escritora cubana Yoanis Sánchez, a qual inclusive defende o desembargo econômico a Cuba e uma das tão parcas vozes críticas a aspectos políticos da Ilha (afinal vive lá), é assim tão temida por alguns grupos de esquerda. Agente da Cia não é. Se fosse nunca saberíamos dela. Estaria infiltrada na cúpula do poder noutra bem silenciosa posição. Dizer-se que seja financiada pelos americanos? Esses facilitarão a dispersão de seu trabalho creio, mas como ela se beneficia injustamente se vive em Cuba até o momento, nas regras sociais e políticas daquele país? Que raios de privilégios tão grandes os EUA podem proporcionar-lhe naquelas condições? Não é um contra senso?
Yoanis pode aparecer mal acompanhada em público, pois reacionários e mal intencionados braços do imperialismo aproveitar-se-ão ferrenhamente da ocasião, com ou sem o consentimento da jornalista. Mas o que isso muda para Cuba ou para o mundo no bojo da dinâmica internacional? Por outro lado mesmo no Brasil há bastante gente boa que, por intrincados mecanismos do poder, acaba apoiando figuras podres também e com eles aparece.
Tanto espalhafato agressivo contra Sánchez soa muito passional, muito “Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia”, e lembra um pouquinho os chiliques que alguns segmentos da Igreja Católica tiveram por causa do livro “O Código da Vinci”, uma ficção provocadora, antes de tudo. Também Yoanis é apenas uma blogueira, quem sabe até mentirosa, farsante e ambiciosa ficcionista. E daí? Como suas palavras e idéias poderiam desestabilizar um bem sucedido regime político, o qual todo o povo cubano apóia integralmente? Mulher poderosa essa, não? Enormes temores causa aqui e ali! Além do mais, as manifestações de alguns segmentos da esquerda são pouco inteligentes. Conseguiu-se apenas promover e propagandear um documentário que, se exibido normalmente, passaria sem se fazer notar quase, e conseguiu-se projetar sua autora. O trabalho da mesma será agora muito acessado e assistido.
Quanto a Cuba em si, país que tem história de lutas idealistas bem sucedidas e de grandes heroísmos, e que não merece sofrer os embargos internacionais, creio que como tudo na vida e em nosso mundo, fica situada numa linha comparativa. É ao mesmo tempo, única, maravilhosa, exemplar, ruim e triste. Depende comparando-se com o que.
Eloah Margoni é Médica e Ambientalista
Jean-Louis Buffet
26 de fevereiro de 2013
É curiosa nossa maneira de pensar. Quando se trata de uma ideologia de esquerda, os que matam a sangue-frio em seu nome (é sabido ser o caso do “herói” Che Guevara, tão incompreensivelmente idolatrado pela juventude) estão apenas a serviço da propagação de uma ideia e as vidas tiradas são como sacrifícios necessários, agora quando o que está em questão é uma ideologia de direita, os que tiram vidas são pura e simplesmente assassinos comuns… É mesmo muito curiosa nossa maneira de pensar!
Anônimo
26 de fevereiro de 2013
A diferença está no fato que um matou por um ideal da união e da igualdade de possibilidades, independentemente da quantidade de ouro no berço familiar, e os de direita lutam e matam, muitas vezes através dos instrumentos da violência legalizada do estado capitalista, leia-se polícia, em prol da ideologia do direito à usura, da propriedade privada e outros beneficios individuais. Os heróis assim se tornam por lutar pelo coletivo, não pelo individual ou o “coletivo restritivo”, segmentos sociais de investimento. Todos que matam são assassinos, mas aí está a diferença entre um assassino qur luta por um causa da elite.
Anônimo
26 de fevereiro de 2013
…da elite e um assassino que luta por um causa popular. O assassino de direita vai ser reconhecido pela elite o assassino popular vai virar um martir. Com exceção dos militares que viraram martires históricos, mas esses fazem parte da história oficial, a história que nos contam. Mártires dificilmente reconhecido e idolatrados pela populacao. O martir popular pode ser um adsassino mas vai continuar sendo um martir por sua luta. quanto a blogueira é lamentável.. Bem provavel que seja financiada por grupos de direita. Uma pena mas cuba não ia resistir pela eternidade com um bloqueio tao severo. Nenhum pais produz tudo o que precisa. Comércio e fundamental. Ainda mais pra cuba que e um pais tao pequeno. Paises maiores nao teriam suportado tanto rempo de embargo. Cuba e um exemplo.
Evandro
27 de fevereiro de 2013
O preço da democracia, os tolos também tem direito a fala.
Antonio Camarda
28 de fevereiro de 2013
Um dos melhores artigos que já li sobre Yoanis Sánchez , posicionando de forma responsável o capitalismo e o comunismo como bem diz a autora filhos do demonio . E estes filosofos tupiniquins ficam endeusando um ou outro desses meios a muito fracassados, e protestando contra alguém que não esta a mando de ninguém e sim de sua consciência, o que falta a tantos por aqui. Estes que protestam é que na verdade estão sendo manipulados e não perceberam ainda. Parabéns Eloah Margoni.