
Fonte da imagem: http://m.jornaldepiracicaba.com.br/mobile/noticia.php?id=2356
Alguns de meus artigos são considerados “polêmicos” e eu mesmo recebo este adjetivo às vezes, além de outros menos educados (e para dizer a verdade, dependendo de quem me dá o adjetivo, eu fico honrado). Mas o que publiquei a semana passada (O role dos indesejáveis) foi um dos que mais gerou debates, pelo menos na internet, através do Blog e das redes sociais. Dentre as críticas que o artigo recebeu havia algumas bem pesadas, como uma que afirma que o que os jovens praticantes dos “rolezinhos” são todos “aspirantes a traficantes e bandidos”. Não vou rebater aqui esta afirmação ou outras críticas, mas propor outra questão. Os jovens dos “rolezinhos” são acusados principalmente por fazerem “bagunça”, correrem, gritarem e, no limite, brigarem entre si e afrontarem outros freqüentadores dos shoppings. Não são comuns registros de furtos, roubos ou depredações. Mesmo brigas entre os próprios jovens são relativamente raras. Até agora, pelo menos dentro do que eu consegui pesquisar, praticamente não ocorreram fatos mais graves do que a aglomeração, a correria nas dependências do shopping e o pânico dos lojistas. Logo o que fica das críticas, se não for preconceito puro e simples, é a aversão à bagunça, ao barulho e ao tumulto.
Concordo com estas críticas. Também acho que tumultos, correrias e brigas são indesejáveis. Mas o que acontece quando tais tumultos são criados por jovens das classes médias e altas? As críticas são iguais? Alguns exemplos: em Piracicaba os calouros de uma conceituada faculdade são submetidos durante meses a trotes bem violentos e humilhantes. Em maio eles são “libertados” em uma passeata seguida de festa. Eu vi pessoalmente, em várias destas passeatas, jovens caindo de bêbados, molestando transeuntes a pé ou de carro e até quebrando placas, coletores de lixo e bancos de praça. Em uma ocasião, eu assistia à “comemoração” na praça central e um dos calouros correu em minha direção fugindo de uma briga. Eu estava em companhia de dois guardas municipais que assistiam impotentes à confusão e o calouro veio até nós pelos guardas. Estava com os joelhos e cotovelos esfolados e sangrando. Era um jovem inteligente, sabe? Havia apanhado dos veteranos numa briga e, inconformado nos disse: “esta é a elite do Brasil. Os estudantes da melhor universidade brasileira…” No dia seguinte esperei ler nos jornais um artigo ou notícia criticando a baderna e a depredação dos bens públicos, mas não havia nada além da notícia de que a passeata havia ocorrido. Que eu saiba ninguém foi detido também e segundo os guardas (que haviam sido meus alunos) não havia resposta para um reforço e nem instruções para coibir os abusos.
Não foi só isso. Também vi outros estudantes, participantes de jogos universitários das faculdades de direito, caindo de bêbados nas ruas, assediando garotas e mulheres e ameaçando brigar com os homens. Um deles, de fala prejudicada pela bebida, chegou a tentar paquerar as filhas de um primo que estavam com o pai e a mãe dentro do carro. Uma das meninas tinha dez anos, a outra doze. Concentrações em frente a bares e boates, jovens acelerando seus carros e motos potentes, queimando pneus no asfalto, brigando entre si, tomando as ruas também foram coisas que cansei de ver, de presenciar. Tudo isto, a meu ver, é agressão, baderna, desrespeito, falta de educação, destruição de patrimônio público, intimidação e até crime. Mas praticamente não vejo críticas e questionamentos a estas atitudes dos jovens universitários e/ou mais ricos. Estes todos não parecem ser considerados “baderneiros”, mas apenas jovens querendo se divertir. Nas palavras de um pai cujo filho se envolveu em uma briga feia, agredindo seriamente outros, “foi apenas molecagem, coisa de jovem…” E assim fica, assim é. Se você é pobre, da periferia e faz bagunça no shopping, é um “aspirante a traficante” que tem que aprender a respeitar os outros e a propriedade alheia. Mas se você é jovem de classe média e alta, estudante universitário, motorizado e com dinheiro para gastar nos bares e restaurantes, é apenas um “garoto pondo energia para fora” ou “participando de uma festa universitária tradicional”. A noção de certo e errado está, portanto, condicionada ao seu lugar na sociedade e o “role” das elites, nunca vira tema de debate nacional…
Evandro Mangueira
29 de janeiro de 2014
É isso ai Amstalden, concordo com você, as críticas são pela classe e não pelo fato ocorrido.
Marlene
29 de janeiro de 2014
Moro aqui num bairro de classe média, Parque Prado/Campinas. Ontem pela minha janela observei uma horda de adolescentes de classe média, moradores do bairro, caminharem em grupo aqui pelo bairro….eles chutam o lixo, as grades, gritam, saem correndo, derrubam os cones de sinalização, falam palavrões de forma compulsiva e gritados, empurram, mexem com quem está passeando pelas ruas (que mudam de calçada antes de chegar ao grupo, fingem que nada está acontecendo…) e isso fica normal pois são os filhos da classe média aqui do bairro….adolescentes queimando energias…..perfeito suas colocações Luis Fernando!
Gleison
29 de janeiro de 2014
Mais uma vez preciso. Parabéns Amstalden!
fabiocasemiro
29 de janeiro de 2014
Engraçado como os rolezinhos nos põe para pensar. Interessante como estética é algo que realmente pode expressar contradições: é pelo veículo da estética no sentido mais amplo que o grito da contradição (de classes, aqui) emerge… Veja, Luís:
Gostei do vídeo feito pelo UOL. É uma meninada bonita, a fim de curtir… Qual a diferença real entre o discurso da molecada e do “rei do camarote”? Ambos tem na ostentação estética, seus valores fundantes.
Tb não gosto da estética que ostentam… Mas fico feliz com a manifestação: é um grupo social se expressando, colocando sua voz…
Nossa sociedade deveria ver os rolezinhos com felicidade, com júbilo!…rs
Já vinha pensando sobre: meu próximo artigo será sobre Rolezinho e Cinema…
Aguarde!..rs
Parabéns pelo texto!
Marcelino Agostini
29 de janeiro de 2014
“É uma meninada bonita, a fim de curtir…” E claro, uma meninada sem conteúdo algum, que pensa em “sair, beber, ficar, vestir como periguete”, como diz uma das “rolezeiras” no vídeo. Um pai aprovaria este comportamento em sua filha?
Concordo com você, Fábio, isso é tão vazio e fútil como o “Rei Do Camarote”. Não consigo ver os “rolezinhos” com felicidade, o que dirá JÚBILO!!! Esse vídeo apenas comprova o erro de quem considera esses jovens pessoas com atitude, defendendo seu espaço, seu ideal. São mentes vazias apenas. É o apodrecimento da cultura(?) brasileira.
Antes que eu seja alvejado por moralistas por ser tão radical, quero salientar que não me refiro à violência e ao crime. Mas é natural que, em aglomerações, sempre haja grupos de marginais infiltrados, como cita uma das “Rolezeiras”. Eu me aprofundo mais nesse assunto em comentários dos textos “O Rolê dos Indesejáveis” e “Vídeo de domingo – Chopis Centis”, caso queiram ver.
Alexandre Diniz
29 de janeiro de 2014
Vou citar uma reportagem feita em 2012:
“Na Universidade Presbiteriana Mackenzie, o público é de elite e o funk atrai milhares de pessoas às sextas-feiras, fechando ruas tradicionais entre as regiões da Consolação e de Higienópolis, um dos metros quadrados mais caros de São Paulo. Como os jovens das periferias, também buscam diversão. O sexo rola dentro de carros com vidros escuros, mas as drogas são consumidas nas ruas. Além de não sofrer nenhuma sanção policial, a festa algumas vezes conta com o apoio da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) que fecha os acessos dos carros às ruas para garantir a segurança.”
Fonte:
http://www.apublica.org/2012/09/funk-periferia-sao-paulo-drogas-debora-falabella/
Carla Betta
29 de janeiro de 2014
Fico tão sem vontade de comentar nada… Fico tão triste! “É esta juventude que quer tomar o poder? Como, se vocês ainda estão planejando matar amanhã o velho que já morreu ontem? Nunca mais coloco músicas em festival”, explodiu Caetano Veloso, debaixo de vaias, no encerramento da fase paulista do III Festival Internacional da Canção” É ESTA A JUVENTUDE, que vive “como nossos pais?” Como assim? Eu sou “mais jovem” que essa turma? QUE TRISTE!… Pobres ou ricos, a mesma falta de questionamento, de novas atitudes, de transformações! Mas, em se tratando do artigo: são mesmo: 2 pesos e 2 medidas! Como sempre pergunto: O QUE NÓS ESTAMOS FAZENDO PELA NOSSA JUVENTUDE?
Evandro Mangueira
29 de janeiro de 2014
Carla, respondendo sua pergunta, acredito que pouco. Os valores desses jovens, são valores implantados, não são deles de fato. Não creio que poderia ser diferente vivendo com uma sistema televisionado que vivemos! Gostei de alguns comentários das rolezeiras, acho que se eu tivesse a idade deles seria um rolezeiro tmb, Paquerar, beijar, pegar what sapp, seja qual for a ordem é muito bom! Falta, talvez, um pouco mais da maturidade, de conhecimento, de perceber o mundo em nossa volta, mas na idade deles como nós pensávamos? Se eu não me engano, fiz muito rolê, pena que naquela época não existia o what sapp, nem o face! Falar que todos os jovens não contêm conteúdo ou que estamos perdendo “cultura” é uma bobagem, a cultura é renovada o tempo todo, não estamos perdendo-a, estamos transformando-a. Temos jovens (e muitos adultos) fúteis, temos sim, mas não foi sempre assim? Ou alguém acha que na época da ditadura todos os jovens sabiam o que estava acontecendo? Ou que todos estavam nas ruas lutando contra o monstro da lagoa? Não! A sociedade sempre foi assim, constituída de rolezeiros, de pessoas que impedem os rolezeiros de entrarem e de POUCOS, muito poucos, que analisam e esmiúça até o último grão do assunto. (esse último é onde acho que estamos)
andregorga
30 de janeiro de 2014
Valeu, amigo Amstalden. Nos últimos textos você tem se superado! Viu o vídeo sobre aquela manifestação num shopping em Sampa, em 2000? (eu postei o link no meu comentário anterior). Quanto aos “rolezinhos”, penso que tudo se resume na velha questão levantada por um tal de senhor Karl Marx: “luta de classes”. Aqui se manifestando no campo ideológico (cada classe olhando para seu umbigo e querendo que foda-se o resto…kkkkk!).
Thiago
30 de janeiro de 2014
Professor Amstalden, parabéns pelo texto muito bem escrito. No entanto, tenho que discordar em alguns pequenos pontos. Espero poder criar uma discussão saudável sobre o assunto.
A princípio, gostaria de me posicionar brevemente sobre os “rolezinhos” divulgados na mídia. Sempre tentei entender ou colher informações sobre os dois lados de um empasse ou discussão, visto que o crescimento intelectual deve-se muito à discussão e pontos de vista diferentes. Também não acredito que jovens, independente de sua classe social, características físicas ou mesmo vestimentas deveriam ser barrados ou discriminados em lugar algum. No entanto, é preciso entender o ponto de vista de um ambiente privado (de acesso público), onde há exercício de leis “adequadas ao local”.
Ou seja, caso o dono do estabelecimento ou seus trabalhadores sintam-se ameaçados ou mesmo utilizem desta razão como máscara para motivos cobardes, não podemos fazer muito além de tentar abrir os olhos dos alheios e influenciar através de argumentos válidos a decisão da nossa “Justiça brasileira”.
Voltando ao Interior Paulista.
Fui estudante da “Escola” de Piracicaba citada acima e pude participar, inclusive organizar, vários eventos de caráter universitário e esportivo durante a graduação. Posso dizer que muitos destes acontecimentos contribuíram e muito para meu crescimento, mesmo que tão pequenos quanto o citado em seu texto.
Compreendo a visão de uma pessoa de fora da movimentação e posso entender como alguns ficariam até horrorizados, uma vez que formado também pude observar o evento desta perspectiva. Entretanto, quero lembrar que a beleza do ser humano está em sua diversidade, tanto física quanto psicológica… e uma das desvantagens desta beleza é que não há como prever as ações de todas as pessoas, muito menos suas exaltações em uma celebração fervorosa. O que acontece nestes casos (e posso afirmar que ocorre em Piracicaba) é o controle destas massas, não só pela polícia, mas pelos próprio alunos que organizam o evento. O trabalho e cuidado envolvido é árduo e não haveria este acontecimento se as pessoas envolvidas não se julgassem capazes de contê-lo.
Quero colocar que não só os alunos de Piracicaba, mas de muitas outras faculdades que tive o prazer de conhecer são convidados e até “obrigados pelo trote” (que o professor citou) a participarem de ações de caridade como campanhas de agasalho e alimentos, que arrecadam milhares de peças de roupa e toneladas de comida para inúmeras instituições.
Outras ações desenvolvidas pelos mesmos grupos são a campanha de arrecadação de livros e ações sociais. No caso de Piracicaba há dias de campo para crianças de escolas públicas da cidade, onde é passado conteúdo de consciência ambiental e social entre outros.
Um último ponto que quero colocar, e acredito que seja a resposta às suas indagações, é que posso assegurar que os baderneiros são repreendidos e, muitas vezes, obrigados a arcar com o prejuízo que causaram (seja pela lei ou pela orientação de veteranos).
Obrigado pelo texto e abertura para este tópico.
Att.
Thiago
blogdoamstalden
31 de janeiro de 2014
Olá Thiago
Antes de mais nada, obrigado por comentar e pelo seu elogio. O objetivo do Blog é exatamente o da reflexão e isto pressupõe o debate e a dúvida (duvide, logo pense).
O que você diz sobre o shopping é verdadeiro. É um local privado e lá, mais facilmente, se exerce a discriminação. Também não gosto de aglomerações e tumultos e já manifestei minha discordância várias vezes aqui. Porém o ponto central dos textos não é este e sim o de que existe, apesar de muitos negarem, uma tensão social. O espaço do shopping “chama” todos, mas não quer “todos”. Também existe o tratamento diferenciado em relação a quem tumultua e mesmo ao que se considera “tumulto”.
Quanto aos seus comentários sobre o trote e a passeatas dos estudantes, tenho outras considerações. Primeiro: é bom saber que existe alguma organização. Mas o que eu relatei são coisas que vi pessoalmente e acho que, pelo menos na maioria do que vi, o controle, seja da polícia seja da organização, não foi muito eficiente. Talvez seja preciso melhorar.
Você fala, e muito bem, da bela diversidade física e psicológica do ser humano e da sua imprevisibilidade. Concordo e aplaudo a observação. Porém existe uma diferença. O “motivo” da celebração e seus métodos condicionam as atitudes. Se a festa em si já pressupõe o consumo alto de álcool, a farra e até a liberação de uma tensão causada pelos meses de trote, então o resultado será mais propenso ao exagero, ao conflito do que a uma festa mais pacífica.
Quando estudante da Unicamp, participei também de passeatas, festas, manifestações etc. Diretas Já, Fora Collor, reivindicações estudantis específicas, participei de quase todas. Era a época da ditadura e em pelo menos uma vez a tropa de choque da PM nos confrontou. Bem, sempre havia, dentro da diversidade que você cita, alguns que ultrapassavam os limites, mas eram tão poucos que nem precisávamos intervir. O ambiente não os “desbloqueava” (este é um fenômeno sociológico, o desbloqueio, mas isto é outro assunto). Nunca tivemos problemas, nem quando o choque nos confrontou. Sabe o que fizemos? Sentamos todos no chão, milhares de pessoas, em frente às câmeras da imprensa. Demonstramos que não estávamos agredindo. Resultado, o choque parou… se imobilizou. Por que era assim? Porque havia outra cultura e outro objetivo. Não era a farra pela farra ou a agressividade como linguagem ou valor, era a mobilização. Ok, não falei das festas. Mas lá também era muito, muito pacífico. Vez ou outra uma briga, mas sempre localizada. Nossa cultura estudantil, na época, até pela truculência da ditadura que reprovávamos, execrava a violência, o trote e principalmente o trote violento. Hoje, lá também, parece que isto mudou. Está mais agressivo. Seria a mudança de uma cultura? Eu acredito que é uma hipótese plausível.
Em relação a sua ex escola especificamente, ótimo saber das atitudes solidárias no trote. Mas, meu amigo, infelizmente, o lado “B” do trote está lá. Eu vi e vejo ainda e não aceito de forma alguma. No ano passado, eu estava em uma lanchonete de açaí perto da escola quando um grupo trouxe um rapaz, todo pintado, careca, franzino, de óculos para dentro do local. Ele foi apresentado a um outro veterano e, ajoelhado, foi humilhado em frente a todos. Thiago, me perdoe, mas isto não é brincadeira e nem a diversidade de reações. É a cultura da escola que se perpetua. Este mesmo garoto, neste ano, vai “dar o troco”, fazer o que lhe fizeram, e assim um círculo vicioso se perpetua. E eu não posso aceitar isto.
Thiago, vocês são sim, estudantes da melhor universidade do país. E como tal tem mais responsabilidades do que acreditam. Entraram lá por seu mérito, mas este mérito é socialmente definido. A maioria estudou em escolas particulares, fez cursinho e não teve uma infância pobre. No entanto, toda a população pagou por seus estudos. No caso de nossas faculdades estaduais, através do ICMS. Cabe a vocês honrar este financiamento social, e não desmerecê-lo através de trotes estúpidos ou passeatas que acabam em agressões.
Mas você me deu duas idéias.
Vou convidar um professor da escola para escrever sobre os trotes e vou, eu próprio escrever um artigo sobre isto.
Agradeço imensamente por ter enriquecido o Blog e me dado a oportunidade de iniciar este diálogo. Fique a vontade para escrever, você mesmo, um artigo também, se quiser, e publicar aqui.
Grande Abraço.
Amstalden
Alan Milanez
31 de janeiro de 2014
“É por causa da classe social”, “É por causa da raça”, “É porque sofreu na infância”, Motivos pra justificar os erros, de todos os lados na internet. Um estuprador não esta isento de ser estuprador porque foi estuprado quando criança, já passou da hora de tentar justificar os erros e sim lutar pra que eles sejam tratados igualmente, independente de quaisquer fatores. Ficar tocando na ferida, lembrar das diferenças sociais não irão resolver quaisquer problema, só piorar, gerar mais e mais raiva, e é nisso que todos pecam.
Pra mim quaisquer que seja o motivo pra querer ser mais que os outros, é algo repulsivo, e não é um comportamento que se possa generalizar um determinado grupo, é a natureza medíocre do ser humano, infelizmente.
Thiago
5 de fevereiro de 2014
Muito bem, Professor. Me alegra o fato de concordarmos em vários aspectos da discussão.
Também agradeço pela resposta bem redigida e a oportunidade do diálogo.
Vou ser breve agora, mas volto a escrever numa outra oportunidade.
Quando me lembra da cena que foi publicada e transmitida em inúmeros jornais da época (manifestantes sentados vs. tropa de choque), entendo o que quer dizer por solução para problemas como este. No entanto, sabemos que esta não seria uma prática válida para o quadro pintado na passeata.
Com isto em mente, acredito que seja importante a procura por soluções mais criativas e eficientes em eventos como os realizados em Piracicaba, mas não acho que erradicar a celebração dos alunos seja uma alternativa (sei que não sugeriu isso, mas já ouvi esse tipo de comentário).
Como o senhor colocou, mesmo nas festas que frequentava havia uma briga ou outra. Isso pode ser diminuído, mas dizer que nunca irá acontecer chega a ser prepotente vindo de um organizador de eventos. Acredito que não possa estar sendo feito o melhor, mas sei que cada dia os alunos que organizam comemorações ou competições em Piracicaba, tem atentado mais para o fator “segurança” e espero que em breve esses parâmetros satisfaçam a maioria.
Observei que já publicou o texto sobre o trote. Quando tiver um tempo a mais para ler e refletir sobre o artigo, volto a escrever sobre o assunto.
Mais uma vez, obrigado.
Thiago